Titulo: DEMOCRACIA:
Aprender a ser, aprender a fazer - PLANO
de FORMAÇÃO para o GREMIO ESTUDANTIL[1]
“O
voto universal é a aparência do governo popular. Os eleitos acabam por
emancipar-se da dependência do povo, e a política torna-se ciência oculta que a
população não entende.” (TRAGTENBERG, 1982)[2]
Instituição proponente: EE Prof. Isaac Schraiber –
Antonio
Carlos de Oliveira – vice diretor – 03/04/15
Introdução/Justificativa:
O
Brasil é uma REPUBLICA, “res-publica”, coisa pública, que tem sido sempre e
cada vez menos, pública para ser privada. Como sociedade democrática de
economia capitalista organiza sua forma de governo baseada na democracia
representativa. O povo elege seus representantes para o legislativo e
executivo. Os legisladores escrevem as leis e fiscalizam a aplicação das mesmas
pelos que a executam, o executivo. Teoricamente, os eleitos representam o povo,
os eleitores, assim sendo deveriam atender aos anseios e necessidades dos
eleitores.
Os
vários partidos que se sucedem nos governos das mais diferentes esferas
municipais, estaduais e federal, tem agido no sentido de primeiro beneficiar a
si mesmo, depois os investidores das suas campanhas, seus correligionários e se,
mas esse “se” é um grande “se” mesmo, restar tempo, dinheiro e vontade política,
seus eleitores, o povo. Para garantir suas benesses criam as mais diversas
estratégias para se perpetuar no poder, garantir seus privilégios, a seus
padrinhos e apadrinhados.
A
escola é um “micro cosmos” que tendem a reproduzir o que acontece no “macro
cosmos”, assim de forma semelhante ao que acontece com os adultos, os jovens
também prometem mundos e fundos, para se elegerem, depois, rapidamente esquecem
ou percebem que não podem cumprir suas promessas[3].
Como
afirma Aráujo (2004, p.70):
“Não
trabalhamos com o conceito de que devemos eleger para mandatos anuais nossos
representantes de classe, ou de grêmios estudantis, ou os representantes
docentes que participarão dos conselhos, etc. Por exemplo, numa forma de
transposição perversa da política partidária para o espaço escolar, mais de uma
vez presenciei eleições escolares em que crianças ofereciam vantagens (e coisas
materiais) a seus colegas, se lhes dessem o voto para representante de classe.
Não é esse tipo de formação que almejamos. Costumo fazer uma analogia de que
nosso objetivo não é “o de formar pequenos politicos, que assumem a função de
representar a sociedade, mas quando estão no exercicio de suas
responsabilidades, representam apenas a si mesmos e a seus proprios
interesses”.[4]
Assim
faz-se necessário rever essa forma de Democracia Representativa investindo
sempre e cada vez mais no máximo possível de DEMOCRACIA DIRETA.
Deixando explicito que o eleito representa seus pares, o eleitor. O eleito
precisa estar sempre em contato com o eleitor discutindo os itens a serem
sugeridos na pauta, não decidindo sem consultar seus eleitores, a não ser que
essa delegação já tenha sido previamente realizada.[5]
Em caso de desrespeito ao desejo do eleitor, garantido sua plena defesa, o
eleito poderá perder seu cargo e uma nova eleição ocorrerá.
Considerando
tudo o que até aqui foi exposto observamos que o conceito “DEMOCRACIA” até pode
ser ensinado, contudo a vivência DEMOCRÁTICA DIRETA é algo que precisa ser
apreendido, quanto mais cedo se iniciar esse aprendizado e quanto mais
profunda, crítica, diversificada for essa vivência, mais rica e, portanto, mais
apreendida poderá ser.
Nesse
sentido que além de sugerir um passo a passo concreto para organização do
GREMIO ESTUDANTIL é necessário momentos de formação e acompanhamento.
A
DEMOCRACIA DIRETA é algo que precisa ser vivenciado, o passo a passo norteará
os porquês e como dessa organização. Os momentos de formação poderão ser
utilizado para o auto conhecimento, fortalecimento do grupo e, dentro do
possível preparação para alguns dos desafios que virão. O acompanhamento, por
exemplo, mensal poderá servir para manter a coesão evitando a dispersão do
grupo, discutir o cotidiano da escola, verificar e corrigir as dificuldades que
o grupo vivencia.
LUTAR PARA SE ORGANIZAR, SE ORGANIZAR
PARA LUTAR[6].
Um aparte
farei um brevíssimo relato da experiência que vivi como participante do grêmio
estudantil para destacar o quanto essa experiência foi importante, nossa ação
foi de luta, embate, um passo significativo para ao aprendizado político, de
organização na escola ou no bairro, enfim em geral.
Em 1985
vindo do movimento punk, fui para o antigo 2º grau (atual ensino médio) na EE
Orlando Silva, localizada no mesmo bairro onde resido, lá encontrei outros jovens
com quem me associei para atuar no então Centro Cívico Escolar. Nessa época
existia a figura do professor orientador do centro cívico que recebia 20 horas
aulas mensais. Teríamos de nos reportar a ele para fazer o que desejássemos.
Nossa primeira deliberação foi dispensa-lo de tal função.
Como não
concordávamos com a denominação e a finalidades do Centro Cívico que foi criado
na ditadura civil/militar em substituição aos grêmios estudantis, deliberamos,
assim como em outras escolas, por criar a comissão “pró grêmio estudantil” e
colocar nomes fictícios na ata do C.C. assim a direção não teria como nos
identificar e não legitimaríamos essa forma de organização resquício da
ditadura.
Durante os
três anos do antigo 2º grau nos mobilizávamos com frequência, fizemos greves
durante todo esse período por problemas de infraestrutura (telhado caindo,
troca de iluminação com lâmpadas inadequadas, muro quebrado, etc), também por
falta de transparência e de espaço para o dialogo com a direção, de democracia,
e ainda por conta das dificuldades de ensino de alguns professores.
Deliberávamos
a greve, mas íamos à escola e desenvolvíamos as mais diferentes atividades com
jogos, musicas grupos de estudo, assim pretendíamos deixar claro que nossa ação
não era simplesmente para matar aula.
Publicamos
um boletim semestral, às vezes até bimestral do Grêmio intitulado “Aos gritos –
para não dizer que não grite na escola”. O Professor de matemática, Pedro,
trabalhava com manutenção de fotocopiadoras e reproduzia nosso boletim que era
entregue um para cada aluno. Fizemos greve “contra” o Pedro que tinha muitas
dificuldades didáticas, militante do PCdoB ainda assim foi uma das muitas
figuras generosas que conheci como aluno.
Em mais de
um exemplar tratamos a direção como “fascista, autoritária, reacionária” e
apresentávamos nossos argumentos para justificar tais palavras e nossas
propostas. Acredito que devido a nossa força para mobilização nunca sofremos
individualmente ou coletivamente nenhum tipo de intimidação ou repressão.
Qualquer
problema na escola e um de nós passava na sala dos outros e no intervalo
rapidamente conversávamos e respondíamos de imediato, no máximo no dia seguinte
fazíamos uma reunião do grêmio, consultávamos outros colegas de turma e assim
construíamos nossas intervenções.
Percebemos
ainda no 1º ano que quando questionávamos a direção de formas mais incisiva a
resposta era “o Conselho de Escola ou a Associação de Pais e Mestres
deliberou”, assim nos organizamos e a partir do 2º ano fomos ocupando espaço
tanto no Conselho quanto na APM o que fez toda diferença ampliando nossa força
de mobilização, agora falávamos também com pais, professores e funcionários e
nossas deliberações tinham caráter legal o que imprimia mais legitimidade as
nossas ações.
Tivemos
situações em que contrários à postura da direção, muitas vezes nos finais de
semana, íamos à casa dos pais dos alunos falar com eles, explicar a posição da
direção e a nossa e convida-los para participar da reunião do Conselho ou da
APM, a partir dessa atitude se não ganhávamos da direção empatávamos e a mesma
tinha de negociar.
Conforme
sugestão do professor Luiz Carlos de Historia, chegamos a organizar comissões
de trabalho e uma dessas pretendíamos
analisar os planos de ensino dos professores para dialogar com eles sobre os
conteúdos e as estratégias de ensino. Pretendíamos porque nunca praticamos era
um pouco além de nossa capacidade de organização, conhecimento e
disponibilidade de tempo.
Certa feita
a Professora Vilma de Física tentou por varias vezes explicar dilatação de
sólidos, não conseguiu e na insistência da pergunta de um colega ela perdeu a
paciência e o chamou de burro, ele a tratou por ignorante. Outro colega da sala
que estudava no SENAI pediu licença foi à lousa e explicou, a maioria entendeu,
a professora ficou quieta.
Após uma
analise da situação sugerirmos fazer uma avaliação da escola. A direção e os
professores concordaram. A reunião começou pelo aluno chamado de “burro”
relatando o fato e a professora se desculpando, vários alunos comentaram as
aulas e os professores nossas posturas. Foi mágico. Não era uma disputa era um
momento de dialogo, de mutuo reconhecimento, de respeito. Todos saímos
fortalecidos.
No 3º ano
formamos um grupo de estudos que se reunia às vezes no sábado outras no domingo
para se preparar para o vestibular. Também tínhamos consciência de nossa saída
da escola e já começávamos a preparar o grupo que nos substituiria, estávamos
com eles, éramos referencia como liderança, mas não éramos mais o grêmio,
tentávamos trazê-los para a participação, integra-los, coloca-los a frente das
discussões e ações.
Nessa época
sabíamos que tínhamos um espaço dentro da escola e do bairro, com colaboração
da diretora da escola “EE Andre Nunes Jr” usamos seu mimeografo a tinta para
fazer um manifesto e panfletar na porta das escolas do entorno convidando
outros jovens para se organizarem e participarem conosco. Só a nossa escola
tinha o 2º grau no bairro, nas demais os alunos eram mais jovens, ainda assim
foi uma importante experiência de dialogo e fortalecimento do grêmio.
Nessa época
ficamos sabendo que pessoas do Conselho de Escola da EE Prof. Alfredo Aschar
(bairro de São Matheus) estavam convidando pessoas dos outros conselhos de
escolas da região para uma reunião. Em varias oportunidades discutimos os
problemas específicos das escolas, os problemas dos bairros onde morávamos,
muitos deles também comuns. Organizamos algumas ações conjuntas. Foi uma
experiência breve, mas de um aprendizado importantíssimo.
No 1º ano
fizemos uma tentativa frustrada de contato com jovens punks universitários da
USP, do curso de historia, ligados ao movimento anarquista, não conseguimos,
eles não nos compreenderam, achavam que queríamos criar uma instancia de mando,
de direção na escola.
O apoio veio
de um colega de bairro, também oriundo do movimento punk, estudante do curso de
ciências sociais da Faculdade Fundação de Santo Andre, foi do centro Acadêmico
deles que veio o modelo de estatutos que utilizamos[7].
Ao longo
desses anos nosso maior contato foi com jovens da Convergência Socialista, um
corrente trotskista que atuava dentro do PT.
Apoiei a iniciativa de convidar os militantes do PT no bairro para
participar das reuniões do grêmio. Eles indicaram uma companheira e essa troca
de experiência também foi super importante.
Talvez o
contexto de ebulição política dos anos 1980, talvez porque a corrente Teologia
de Libertação da Igreja Católica ter investido durante mais de uma década na
organização das CEBS (comunidades eclesiais de base) e ter muita influência no
bairro, talvez porque convivíamos com inúmeros sindicalistas organizados nas
comissões de fabricas das montadoras do ABCD, talvez por sermos todos filhos de
trabalhadores, moradores da periferia, jovens que muito cedo começaram a
trabalhar, talvez porque assim como eu vim do movimento punk, muitos outros
eram atuantes na Igreja católica progressista e depois no PT (núcleo do
bairro), talvez porque muitos de nós já fossemos militantes políticos seja
pelos movimentos culturais, sindical, talvez porque tivemos excelentes professores
nessa época, enfim essa experiência com o Grêmio estudantil foi uma das mais
significativas de minha vida, de um aprendizado incrível. O que li seja por
necessidade da militância, por exigências acadêmicas, sugestão dos professores
são ainda marcantes em minha formação.
Para alunos
de uma escola de periferia que não tinha nada, sequer tinha uma sala de
leitura, não dispunha de nenhum equipamento de som ou TV, etc. Mesmo numa época
em que praticamente não existia nenhum tipo de incentivo estatal e que nossas
famílias tinham poucos recursos para nos ajudar, ainda assim a maioria dos
colegas que concluíram o 3º ano fizeram algum tipo de curso universitário.
Muitos hoje são professores.
Publico alvo: Todos os alunos da escola,
especificamente os que formarem a COMISSÃO PRÓ GRÊMIO ESTUDANTIL e depois da
eleição a Comissão Administrativa e demais participantes.
Objetivos:
- Vivenciar situações de DEMOCRACIA DIRETA.
- Realizar momentos de formação para os jovens
interessados em participar do grêmio estudantil.
- Criar momentos de acompanhamento e “monitoramento”
do grêmio colaborando para que mantenham suas ações até o final do
“mandato” e nova eleição.
- Estimular o contato com outros grêmios e
organizações estudantis.
Metas
Realizar
momento de formação a cada mês ou bimestre.
Estimular
maior entrosamento entre os jovens participantes verificando quantos se mantém
do grupo original e quantos se aproximam desse grupo.
Trabalhar
para estimular o florescimento de outras lideranças estudantis que deem
continuidade ao processo no ano seguinte.
Mais
engajamento, participação e envolvimento dos alunos no cotidiano escolar em
todas as ações sugeridas pela escola e outras que o grêmio venha a criar.
Procurar
estabelecer contato com outros jovens de outras escolas para estimular a
formação de outros grêmios ou de organização coletiva de diferentes grêmios.
Atividades:
Organização
(passo a passo):
Convite para comissão pró grêmio
estudantil: Um responsável indicado pela escola passa nas salas de aula e convida
de dois a três alunos de cada turma para participar de uma reunião, sendo que
desse grupo sairão às pessoas que formarão a comissão pró grêmio.
No momento
do convite solicitar que tragam caderno e caneta para anotar o que consideram
relevante ou dúvidas, é necessário criar o hábito de organização para
participar de reuniões.
Sugerimos
sempre que tentem formar um grêmio com pelo menos dois alunos de cada turma,
assim terão mais abrangência e facilidade de mobilização. Esse grupo elege um
1º e 2º secretário e tesoureiro, bem como 1º e 2º secretário de atas. Por
exemplo, 12 turmas em cada um dos três períodos, seriam 24 alunos, 6 desses
compõem a comissão responsável pelo grêmio do período. Os demais poderão
assumir outras responsabilidades de acordo com as comissões de trabalho que
criarem. É desse núcleo de 6 eleitos por período que saem os membros da
comissão administrativa que tem 10 membros com seis cargos, os mesmos citados
anteriormente, todos os demais podem se organizar em quantas comissões de
trabalho necessitarem.
Inicialmente,
esse primeiro contato pode ser feito por período, até porque seria difícil já
reunir muitos jovens dos três períodos (manhã, tarde e noite) de uma só vez.
Segundo porque a base dessa proposta é a organização por período e depois para
a escola.
Deixar
pronto uma lista de presença com nome série, fone para contato e e-mail, depois
solicitar que algum dos presentes digite e envie essa lista para os demais,
assim já saberão quem são os interessados nessa fase inicial e tem como manter
contato mesmo fora da escola.
Sugerir a
criação de um blog, página no face book ou comunidade no watsap para facilitar
a comunicação entre o grupo e para com os demais alunos da escola. Necessário
criar uma comissão ou verificar quem será o responsável por essa fase.
Formação: Fazer uma
rápida exposição sobre o que é um grêmio estudantil, seus objetivos e
possibilidades em termos de mobilização para luta. Talvez propor uma dinâmica
inicial perguntando “o que sabem ou entendem sobre grêmio estudantil” e a partir
daí, aproveitando a fala deles, ir construindo uma argumentação demonstrativa
que fundamente nossa percepção do que é e qual a importância do grêmio.
Estatutos: Temos os
Estatutos (anexo 1) aprovados pelos participantes dos anos anteriores. Entregar
uma cópia para cada representante de turma.
Formação: Fazer uma
rápida exposição sobre o que são estatutos e para que servem, ou então, dividir
os estatutos partes e sugerir que em dupla façam a leitura e expliquem o seu
entendimento para os demais. Observamos que essa fase pode ser difícil pela
falta de conhecimento do que são os estatutos, porem a dinâmica já pode ser um
momento importante de entrosamento e troca de impressões. Cabe a quem mediar
esse momento ter a sensibilidade para trazer as questões para discussão, para
que eles cheguem as suas conclusões, não simplesmente dar as respostas.
Deixar claro
que os Estatutos refletem um momento de organização e mobilização, que nas
Disposições Gerais esta explícito que podem ser modificados sempre que houver
necessidade, assim com o estudo e o tempo caso decidam podem modificar os
estatutos.
Algumas
questões básicas:
Perguntar se
todos os presentes desejam participar, caso não, verificar se podem passar as
informações para os demais colegas de sala e tentar trazer outros
representantes dessa turma. Fazer nesse momento é importante, pois permite a
pessoa ter tempo para pensar se deseja ou não participar.
Os alunos,
especialmente do ensino fundamental, deverão trazer uma autorização assinada
pelos responsáveis para poder participar.
Organização, próximos passos: Entregar
uma cópia para cada representante de turma do documento “propostas para comissão pró grêmio
organizar chapa e 1ºs passos” (ANEXO 2).
Nele está explicitado de forma resumida a questão da explicação do grêmio e
estatutos.
Também tem a
sugestão de três tarefas básicas:
1ª tarefa: Verificar
se todas as salas estão representadas no momento da reunião, caso falte alguma,
deverão se organizar para entrar em contato com os colegas, verificar o motivo
da ausência, tentar persuadi-los a participar e colocá-los a par de tudo que
foi discutido.
2ª tarefa: fazer uma relação dos interessados em
cada turma, sugiro que limitem o número de pessoas que poderá de fato
participar em dois no máximo 3 por sala, afinal 4 alunos por sala já serão 48
no período, número importante, mas é uma pequena multidão o que torna difícil
sua mobilização e a coordenação das reuniões.
3ª
tarefa: fazer
levantamento das propostas do período é importante sentar com eles para
analisar essas propostas, algumas são interessantes e outras nem tanto.
Exemplo: os participantes do grêmio propõem levar os alunos para uma atividade
fora da escola, mas legalmente quem é o responsável? A Escola pode contribuir
disponibilizando um profissional? Algum responsável da família de um desses
jovens assume essa responsabilidade? Haverá um custo? Quem pagará? Quem
receberá e registrará tudo? Fará o acerto com a empresa do ônibus? Comprará o
lanche?
Existem
propostas que são específicas de um período, porém existem outras que dizem
respeito a dois ou mais passa então a ser importante fazer uma (ou mais)
reunião com representantes dos 3 períodos para verificar entre as propostas e
reivindicações as que são comuns e deverão ser encaminhadas pela COMISSÃO
ADMINISTRATIVA do grêmio.
A organização estudantil assim como um
“sindicato” se inicia pela constatação de problemas que mobilizam os
interessados na sua resolução, ou seja, pela luta dos seus direitos. Para
garantir assim como conquistar direitos é necessário organização e luta. Então
a primeira pergunta é QUAL (IS) PROBLEMA (S)? Geralmente são: FALTA ESTRUTURA
(problemas com o prédio, equipamentos, etc) FALTA DE DEMOCRACIA problema quanto
às atitudes autoritárias dos profissionais da escola ou direção. QUALIDADE DE
ENSINO. Aspectos da qualidade de ensino que precisam ser modificados. NO
ENTORNO. Aspectos do entorno da escola ou outros do bairro que mobilizam o a
comunidade escolar para a luta pela transformação. ENTÃO QUAL (IS) PROBLEMA (S)? ONDE OCORREM?
COM QUE FREQUÊNCIA? QUAIS SÃO OS ENVOLVIDOS? É DE NOSSA GOVERNABILIDADE? Temos
condições de resolvê-los? Identificado o problema qual nosso PLANO DE AÇÃO?
Quais nossos objetivos com esse plano? Quais ações desenvolveremos? Quais as
diferentes estratégias mais indicadas para as ações com esse nosso público
alvo? Como avaliaremos essas ações? Qual o cronograma para o desenvolvimento de
todos esses passos? Como monitoraremos o passo a passo do processo? QUAIS O(S)
FOCO(S)?
Não é uma
tarefa, mas a sugestão que durante esse processo já devem prestar atenção nos
colegas para irem decidindo quem tem mais perfil para ser o representante da
comissão administrativa do período e desses quem fará parte da comissão
administrativa geral da escola. Reafirmo que de acordo com as particularidades
e problemas é como se tivéssemos três grêmio, um por cada período da escola.
Como mediador dessa situação sempre
deixei claro:
Meu
compromisso com os alunos sempre é de acompanhá-los até o momento da eleição,
contudo, caso surja como momento de discussão críticas em relação aos
profissionais da escola solicitarei licença para que o façam entre eles, e
assim tentar evitar mal entendido que eu possa estar “usando” o grêmio para
atingir algum profissional.
Explicar que
assim que o grêmio esteja eleito eles assumem e o mediador designado pela
escola fará o acompanhamento no sentido de:
Verificar quais dificuldades
estão vivenciando na organização do grupo e colaborativamente ajudar a refletir
sobre como para superá-las;
Informar quais propostas
de ação estão em andamento na escola e quem é o responsável para que eles
possam discutir e decidir se vão colaborar ou não;
Diagnosticar problemas
nas turmas que eles representam e levar esses para discussão nos momentos de
formação / organização coletivo dos professores ou das reuniões da equipe
gestora da escola;
Ouvir sugestões
de ações do grêmio para a escola ou ações no entorno, apresentar nos momentos
coletivos e verificar o posicionamento dos profissionais da escola.
Nas escolas
onde o grêmio não é tão combativo nossa percepção é que sem acompanhamento eles
vão se afastando até se separarem e o grêmio cair no esquecimento, adotamos
como prática fazer uma reunião por mês com os participantes de cada período
para ao menos tentar mantê-los juntos e minimamente organizados.
Temos outros
documentos trazido por alunos (anexo 3 e 4) sobre os passos para organização do
grêmio, eleição e atas que disponibilizamos a título de informação e formação.
Outros momentos de formação
Os profissionais:
É inegável
que existe resistência à organização do grêmio estudantil. Ainda que não seja
explícita, implicitamente os profissionais da escola reclamam, criticam e tentam
colocar uma série de restrições, muitas delas totalmente sem sentido.
Mesmo não
sendo verdade “são os alunos que saem da sala o tempo todo”, “onde já se viu
permitir que esse ou aquele participe, ele não quer nada”, “estão questionando
o meu trabalho”, enfim todos acham importante desde que seja para que os alunos
atuem da forma como esses profissionais acham que é o correto. É como dizer que
é importante ser crítico, como muitos colocam em seus planos de trabalho,
“formar cidadãos críticos”, essa criticidade é aceita desde que não seja
direcionada a mim e ao meu trabalho.
Para que
diminua essas resistências, aumente a adesão e participação acredito ser
importante que primeiro os profissionais tenham acesso aos mesmos documentos
que os futuros participantes do grêmio, segundo que discutam a importância
dessa organização para a escola e para a formação de jovens lideranças tanto na
escola, como no bairro e na vida. Finalmente para que outros venham aderir a
ideia de colaborar na orientação desses jovens, desde que não seja de forma
prescritiva.
Os participantes do grêmio:
O ideal
seria a formação começar pela sensibilização. Contudo devido a urgência do
tempo (fevereiro/março - formação da comissão pro grêmio até a eleição) faz-se
necessário, usar a organização da comissão e a discussão sobre os estatutos até
a eleição como momentos iniciais dessa formação.
Depois
realizaremos algumas oficinas, cujas sugestões são:
Sensibilização sobre o que
é política e qual a sua importância para o avanço da Democracia Direta[8].Traremos em forma de cartão (anexo 5)
algumas frases de uma série de pessoas proeminentes que lutaram, cada qual a
sua maneira para transformar a sua realidade.
Eles serão orientados sobre os
objetivos (discutir qual a importância da nossa participação na política,
diferenciação entre POLITICA e política partidária). Depois se organização em
duplas ou grupos, dependendo do tamanho do grupo inicial, a seguir receberão um
cartão com a frase mencionada, vão ler, discutir e fazer uma síntese que apresentarão
para os demais grupos, depois faremos um debate sobre os aspectos positivos e
negativos da ação política.
O essencial será perceber que ação
política, a participação política é muito mais, mas muito mais mesmo do que o
ritual de simbolicamente colocar um voto em uma urna, ela é a forma própria de
cada ser humano se fazer presente e responsável pela sua própria vida e a dos
demais, sejam seus familiares, amigos e colegas ou não, estejam esses próximos
ou não.
Entre as frases: (anexo 5)
- O
analfabeto político Brecht
- Albert
Einstein “ A vida é como jogar....”
- B.
Brecht “Nós vos pedimos....”
- “No Caminho Com Mayakowsky”
- M. L.
King, “O que mais me assusta ..... e Nossa Geração .....”
- M. L.
King, “A maldade de uma minoria.... e Egoísmo social…. “
- Bourk e
Arnold
- Houxle, Batmam e Galeano
- Provérbio
Africano
- Albert
Einstein “Não basta ensinar...”
- Provérbio
chinês
- “Era
uma vez quatro pessoas...”
- Você é
muito importante (X da questão)
- Nunca
desista
Discussão
dos textos: (anexo
6)
b) O
VOTO E AS ILUSÕES – Mauricio
Tragtenberg
c) Chomsky e as 10 Estratégias de
Manipulação Midiática
Com os
textos pretendemos discutir
a questão da representatividade pois verificamos que “o eleito se emancipa do
eleitor, e esse acaba vendo a política como ciência oculta que não entende e
por isso mesmo não tem interesse em participar”[10].
É nosso objetivo que os participantes
entendam que é necessário cada um assumir a responsabilidade pelos seus atos,
delegando o mínimo possível e quando necessitar fazê-lo tendo claro para quem,
porque, por quanto tempo e quais mecanismos concretos de controle social sobre
o eleito, o processo de destituição e defesa se for necessário.
Faremos esse momento de “Formação” com
alunos interessados no grêmio e os representantes de turma.
Como teremos ao menos um encontro por
mês ou no máximo a cada 40 dias, pretendemos discutir um texto a cada encontro.
Existem outras possibilidades de
textos contudo não iremos relacioná-los.
Exibição de Filme:
Podres Poderes. Comedia. Duração 97
minutos. 1996. RioFilme. Marisa Orth, Antonio Fagundes, Sergio Mambert, Otavio
Augusto (anexo )
O Objetivo é utilizar de diferentes
recursos e estratégias para discutir a questão da POLITICA, assim o filme é
outro desses recursos e com ele pretendo demonstrar essa visão mais comum e
equivocada do entendimento da política.
Exibirei o filme, depois faremos uma
roda para discutir os aspectos mais significativos que já tenho preparado em
forma de um roteiro de discussão.
Até o momento da exibição procurarei
fazer outras pesquisas para trazer outras possibilidades, ainda que não seja
para assistirmos juntos, ao menos como indicação para eles.
Execução de músicas: (anexo 7)
Formar grupos de 04 pessoas. Enquanto trabalhamos ficamos ouvindo as
músicas.
1)cada dupla recebe uma letra diferente, le e escreve o que entendeu,
depois comenta para os demais.
2)a seguir fazemos uma grande roda de conversa e discutimos qual a
diferença entre a política partidária tal qual estamos vivenciando e a nossa
participação na politica cotidiana.
Comunidade
Carente – Zeca pagodinho - 2003 - Acústico MTV- Universal
Inútil - Ultraje A Rigor
Inútil - Ultraje A Rigor
Luís Inácio
(300 picaretas) - Mobral
- Os Paralamas do Sucesso - Composição: Herbert Vianna
Que País É
Esse - Legião Urbana - Composição:
Renato Russo
Nossa
Realidade em Forma de Protesto - Barão
Vermelho - Composição: Marília Carolina/Crisóstomo
Pimentel
Desemprego -
Desordem - Vossa Excelência -
Titãs
Insatisfação - Não
Devemos Temer - Proletários
- Subúrbio Operário - Vou
Fazer Cocô - Eu não gosto do governo - Miseráveis Ovelhas - Garotos Podres
Aos Donos da
Minha Nação - Assombração de Barraco - É
Ladrão Que Não Acaba Mais -
Vítimas da
Sociedade - Bezerra da Silva
Ei
Presidente - Gog
REPRESENTANTES
DE TURMA
Alguns
profissionais insistem em interferir no processo de organização do grêmio estudantil
tentando transformá-lo em algum tipo de extensão dos seus ideais de escola e
aluno, todos estudiosos, comportados, nada ou pouco críticos, especialmente
quando são com os profissionais da escola.
Isso é um
desastroso engano pois os considerados “desajustados socialmente”, estariam
excluídos. Talvez esses em condição diferente de aluno na sala de aula possam
trazer contribuições importantes para a organização e mesmo para a escola,
indiferente disso o grêmio é uma organização de estudantes e cabe a eles
decidirem quem pode ou não participar.
Para somar
com o grêmio, mas em condições de organização diferente sugerimos a organização
dos alunos REPRESENTANTES DE TURMA, esses são eleitos pelos colegas de sala, 04
por exemplo, e desses 02 são selecionados pelos professores.
São uma
espécie de monitores da sala, contudo não tem nenhuma função quanto ao aspecto
disciplinar, pois essa é uma RESPONSABILIDADE do adulto profissional ali
presente, eles são os parceiros dos professores e dos Professores Coordenadores
nos encaminhamentos dos projetos e outras ações pedagógicas na sala de aula.
Até
recentemente nos reuníamos uma vez por mês para avaliar a limpeza e organização
das salas e outros espaços da escola, fazer um acompanhamento dos projetos e
ações pedagógicas que a escola se propôs a realizar, corrigir as falhas se
algum profissional deixar de fazer a sua parte nessas ações.
Eles junto
com o grêmio são os que trazem as informações e avaliações sobre o que está
acontecendo no cotidiano escolar, sendo que são para eles, num primeiro
momento, que orientamos e prestamos contas das nossas ações bem como daquelas
coletivamente deliberadas.
Para
facilitar e orientar sua colaboração três dias antes da reunião entregamos a
nossa sugestão de pauta que basicamente é: a)limpeza e organização da sala e
outros espaços; b)relação com colegas de sala e escola; c)relação com
profissionais da escola; d)avaliação ações (projetos e atividades);
e)sugestões. Quanto a esse ultimo item solicitamos que nos entreguem com
antecedência para podermos repassá-los para todas as turmas a fim de que todos
possam ter um posicionamento sobre as sugestões.
Adotamos
como regra tanto na reunião do Grêmio como dos Representantes solicitar que
eles nos passem os contatos eletrônicos assim no momento que terminamos as
sugestões de pauta bem como os relatórios e outros documentos enviamos para que
todos (inclui professores, direção e demais profissionais) tenham acesso e
possam estar preparados para a reunião.
Pretendemos
ainda na primeira reunião fazer
formação específica de sensibilização sobre a importância da participação deles
e dos demais colegas que queiram colaborar.
Cronograma;
Durante
a avaliação no final do ano letivo a atuação do grêmio deve fazer parte dos
diferentes momentos e instrumentos de avaliação como diagnóstico do que
aconteceu e preparação para novas intervenções, assim no início do ano seguinte
é necessário trazer essa reflexão para discussão, análise e preparação de
outras intervenções para o ano que se inicia.
Também
é o momento oportuno para verificar quem será o encarregado de colaborar e
acompanhar o grêmio durante o ano letivo que se inicia, considerando a
proposta, organização por período, talvez seja necessário mais de um profissional,
esses precisam estar em constante contato para dar uma orientação comum aos
alunos dos diferentes períodos.
|
Período
|
Ação
|
Responsável
|
|
Final
do ano letivo
|
Encerramento
da avaliação do grêmio Participantes grêmio. Alunos da escola.
Profissionais
|
Alunos
do grêmio, alunos da escola e profissionais
|
|
Início
do ano letivo
|
Com
a síntese da avaliação iniciar processo de organização da comissão pro grêmio
|
Um
ou mais profissionais que assumam tal responsabilidade
|
|
Fev/març
|
Organização
comissão, orientações, divulgação, eleição. Formação.
|
Um
ou mais profissionais e alunos da comissão pro grêmio
|
|
Abril
|
Sensibilização
|
Um ou
mais profissionais e alunos da comissão pro grêmio
|
|
Maio
|
Texto
|
Um ou
mais profissionais e alunos da comissão pro grêmio
|
|
Junho
|
Filme
|
Um ou
mais profissionais e alunos da comissão pro grêmio
|
|
Agosto
|
Musica
|
Um ou
mais profissionais e alunos da comissão pro grêmio
|
|
Setembro
|
Texto
|
Um ou
mais profissionais e alunos da comissão pro grêmio
|
|
Outubro
|
Texto
|
Um ou
mais profissionais e alunos da comissão pro grêmio
|
|
Novembro
|
Inicio
avaliação
|
Um ou
mais profissionais e alunos da comissão pro grêmio
|
|
Dezembro
|
Termino
avaliação e sugestões ano seguinte
|
Um ou
mais profissionais e alunos da comissão pro grêmio
|
Avaliação e monitoramento;
Em
toda reunião será passada uma lista de presença, pelos números já podemos ter
um indício de como está a participação no grêmio.
Os
registros das reuniões serão outro indício do que está sendo realizado.
Resultados esperados ou produtos
envolvidos;
Melhorar
a organização dos estudantes no grêmio estudantil.
Fortalecer
lideranças estudantis.
Apoiar
a intervenção dos alunos no cotidiano escolar.
Estimular
que os alunos assumam o controle do grêmio e deem continuidade ao processo no
ano seguinte.
Colaborar
para colocar os jovens que participam do grêmio da escola em contato com outros
grêmios, grupos de jovens, entidades estudantis, grupos e lideranças no bairro.
Custos do projeto:
Inicialmente
os custos serão com reprodução de fotocópias, utilização de equipamentos de
data show ou TV que a escola já dispõem.
Equipe técnica envolvida;
Um ou
mais profissionais da escola, alunos da comissão pró grêmio estudantil.
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
Ana
Beatriz Barbosa, SILVA. BULLYING – MENTES PERIGOSAS NAS ESCOLAS -,
RJ, Objetiva , 2010
Apostila do curso básico de capacitação em mediação. Instituto Mediare:
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Pratico para professor. Moderna. SP. 2002
ARAUJO, Ulisses F. e AQUINO, Julio Groppa. Os Direitos Humanos na sala
de aula. Moderna. SP. 2001
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caminho para a resolução de conflitos.
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1987
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a uma pedagogia de ação direta. Imaginario e faísca. SP. 2006
CARTENTER
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UNESCO, Telecom, Kellogg, BID. Brasilia. 2001
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GESTÃO DO CONFLITO ESCOLAR: da
classificação dos conflitos aos modelos de mediação, , Publicado em “Ensaio:
Avaliação de políticas Publicas, Educ, Rio de Janeiro, v.15, nº 54, p.11-28,
jan/mar. 2077
CHRISPINO,Álvaro. CHRISPINO,Raquel S. P. Políticas Educacionais de
Redução da Violência:Mediação do Conflito Escolar.Ed:Biruta.Sãp Paulo, 2002.
COLOMBIER, MANGEL e PERDRIAULT. A. Violência na Escola. Summus. SP
CORTI, Ana Paula - FREITAS, Maria Virgínia de - SPOSITO, Marilia Pontes.
O Encontro das culturas juvenis com a escola. Ação Educativa. SP. 2001
Direitos da Criança e do adolescente. Governo do Estado de SP. SP. 1993
DOLTO, Françoise. Quando os pais se separam. Jorge Zahar. RJ. 1991
DOLTO, Françoise. Como orientar seu filho. Francisco Alves. RJ. 1992
FANTE, Cleo. Fenomeno Bullying. Verte. SP. 2005
FREIRE, Paulo e outros. Disciplina na escola: autoridade X
autoritarismo. EPU. SP. 1989
FURTADO, Nina Rosa e outros. Limites - entre o prazer de dizer sim e o
dever de dizer não. Artmed. Porto Alegre. 2009
GHANEM, Elie. Democracia: uma grande escola. Ação educativa - Unicef –
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GONZALEZ, Elias Nunes. Conselho de Classe participativo. Loyola. SP.
1987
GUIMARÃES, Marcelo Rezende. Por uma cultura de paz. Disponível
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Instituto NOOS. Projeto Escola de Mediadores.Disponível em:
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ISA-ADRS e MEDIARE.Curso de mediação e resolução pacífica de conflitos
em segurança pública.Brasília:Ministérios da Justiça,2007.
KINNEY, Jeff. Diario de um
banana. V&R. SP. 2010
OLIVEIRA, Maria Lucia de. A Rebeldia e as tramas da desobediência.
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SAVATER, Fernando. Ética para meu filho. Martins Fontes. SP. 1996
SAVIANI, Dermeval. Escola e democracia - nº 05. Autores associados. SP.
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SEIDEL, Daniel (Org.).Mediação de conflitos: a solução de muitos
problemas pode estar em suas mãos.Brasília:Vida e Juventude,2007.
SOARES, Ricardo. Valentão. Moderna. SP. 1999
Projeto
Escola de Mediadores,
organizado pelos Institutos Viva Rio, Mediare e NOOS. Disponível em:
TRAIN,
Alan. Ajudando a criança agressiva. Papirus. Campinas. 1997
Manual
do Grêmio Estudantil - Alunos
www.alunos.diaadia.pr.gov.br/.../gremio_estudantil/manualgremio.pdf
Legislativo, assegurado o funcionamento dos
Grêmios Estudantis pela Lei.
7398, como... O Grêmio Estudantil não
tem caráter político-partidário,
Cartilha
Grêmio Estudantil.indd - Secretaria de Estado de ...
https://www.educacao.mg.gov.br/.../%7B535D0CA0-5DA5-46EC-AA3B...
Lei Complementar Nº 444, de 27
de dezembro de 1985
-Comunicado SE, de 26/09/86;
-Comunicado CEI / COGSP, de 27/11/87;
-Publicação: "A organização do Grêmio Estudantil" da Secretaria de Estado da Educação, 1998. Pode ser encontrado na Secretaria da Educação, nas escolas estaduais e nas Diretorias de Ensino. -Vídeo: Grêmio Estudantil, da FDE: tel. (0xx11) 3158-4255.
-Comunicado SE, de 26/09/86;
-Comunicado CEI / COGSP, de 27/11/87;
-Publicação: "A organização do Grêmio Estudantil" da Secretaria de Estado da Educação, 1998. Pode ser encontrado na Secretaria da Educação, nas escolas estaduais e nas Diretorias de Ensino. -Vídeo: Grêmio Estudantil, da FDE: tel. (0xx11) 3158-4255.
Lei Complementar Nº 444, de 27 de dezembro de 1985
Esta lei dispõe sobre o Estatuto do Magistério Paulista. Em seu artigo 95º, ela fala sobre o Conselho de Escola (sua composição, atuação, atribuições): § 1º – A composição a que se refere o “caput” obedecerá à seguinte proporcionalidade: I – 40% de docentes; II – 5% de especialistas em educação, excetuando-se o Diretor de Escola; III – 5% dos demais funcionários; IV – 25% dos pais de alunos; V – 25% de alunos.
Lei Nº 8.069, de 13 de julho de 1990
O Estatuto da Criança e do Adolescente, no artigo 53º inciso IV, garante o direito dos estudantes de se organizar e participar de entidades estudantis.
Lei Nº 7.844, de 13 de maio de 1992
Esta é a lei que regulamenta o direito à meia entrada para estudantes em eventos de ordem cultural.
Lei Nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996
Esta lei estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. A partir dela, estão garantidas a criação de pelo menos duas instituições, a Associação de Pais e Mestres e o Grêmio Estudantil, cabendo à Direção da Escola criar condições para que os alunos se organizem no Grêmio Estudantil. A lei determina ainda a participação de alunos no Conselho de Classe e Série.
ESCLARECE
SOBRE A IMPLANTAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DOS GRÊMIOS ESTUDANTIS - Comunicado CEI / COGSP, de
27/11/87 -
FILMES
QUE DISPÕE SOBRE A CRIAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DOS GRÊMIOS
Filme Horas
de Tensão - Parte 1 - Gremio estudantil da Escola Professor Jairo Grossi
Filme Horas
de Tensão - Parte 2- Gremio estudantil da Escola Professor Jairo Grossi
Jornal Futura - A
importância do Grêmio estudantil
Grêmio
estudantil incentiva alunos a aprender e conviver melhor em escola
http://www.une.org.br/acesso
http://www.overmundo.com.br/overblog/gremio-estudantil-diferencas-e-atribuicoes
Textos: (outras sugestões)
Assembleia
escolar – Um caminho para a resolução de conflitos, Ulisses F.
Araujo, Moderna, SP, 2004 (comentários A.C.O.)
GESTÃO
DO CONFLITO ESCOLAR: da classificação dos conflitos aos modelos
de mediação, Álvaro Chrispino (texto e comentários A.C.O.)
Adolescência
e Rebeldia
Freud
Explica – Antonio Carlos de Oliveira
Híp Hop como Utopia - Spensy Pimentel “IN” ANDRADE, Elaine Nunes de (Org) Rap e
educação Rap é educação – Selo Negro, SP
1999 (pp. 103 a
105)
A
política do rebelde - tratado de resistência e insubmissão,
pág.84, livro de Michel Onfray, editora Rocco.
ANEXO 1 ESTATUTOS
ESTATUTO DO GRÊMIO ESTUDANTIL DA EE PROF. ISAAC SCHRAIBER
CAPÍTULO I
Da Denominação, Sede, Fins e Duração
Art. 1º - O Grêmio Estudantil GEISAC é o Grêmio da EE.
Prof. Isaac Schraiber, a Rua Álvaro do Prado, 165, Capital/SP, da Diretoria de
Ensino Região Leste 3 fundado em 2005 com sede no próprio estabelecimento
escolar e duração ilimitada.
Parágrafo único - As atividades do
"Grêmio" reger-se-ão pelo presente Estatuto, aprovado em Assembléia
Geral ou pelo Conselho de Representantes de Sala convocada para esse fim.
Art. 2º - O Grêmio tem por objetivos:
I - congregar o corpo discente da
Escola Estadual Prof. Isaac Schraiber:
II - defender os interesses individuais
e coletivos dos alunos da Escola;
III - incentivar a cultura literária,
artística e desportiva de seus membros,-
IV – aprovado pela Comissão
Administrativa do Grêmio e Conselho de Representantes de Sala, promover a
cooperação entre administradores, professores, funcionários e alunos, no
trabalho escolar, buscando seu aprimoramento;
V - interessar o corpo discente pelas
atividades escolares e associativas;
VI - realizar intercâmbio e colaboração de caráter
cultural, educacional, cívico, desportivo e social com entidades congêneres;
VIl - aprovado pela Comissão
Administrativa do Grêmio e Conselho de Representantes de Sala cooperar na
organização de eventos promovidos pela Escola;
VIII - promover torneios, palestras,
reuniões, excursões, festivais e outros eventos de caráter social e educativo;
IX - lutar pela democracia, pela
independência e pelo respeito às liberdades fundamentais do homem, sem
distinção de raça, cor, sexo, nacionalidade, convicção política ou religiosa;
X - representar os alunos nos fóruns
internos de deliberação da Escola.
CAPÍTULO
II
Dos Meios e Recursos
Art. 3º - Os meios e recursos para
atender aos objetivos descritos no artigo anterior serão obtidos através de:
I - contribuição de seus membros;
II - contribuição de terceiros;
III - renda auferida em promoções da
entidade.
Art. 4º - A Comissão Administrativa do
Grêmio será responsável pelos bens patrimoniais da Entidade e responderá por
eles perante a Assembléia Geral dos Estudantes ou Conselho de Representantes de
Sala.
CAPÍTULO
III
Da Administração e dos Sócios
Da Administração e dos Sócios
Art. 5º - A administração do Grêmio ficará a cargo de uma
Comissão Administrativa, composto por 9 (nove) membros, todos eles alunos
regularmente matriculados e freqüentes na Escola, eleitos pela Assembléia Geral
dos Estudantes por aclamação, Voto
Secreto em urna.
Art. 6º - Os Membros da Comissão
Administrativa, escolherão entre si, o Primeiro
e Segundo Secretários, Primeiro e Segundo Tesoureiro.
Art. 7º - Serão considerados sócios
todos os alunos regularmente matriculados e freqüentes na Unidade Escolar;
§ 1º - No caso de transferência, o
aluno estará automaticamente excluído do quadro gremista.
§ 2º - aprovado pela Comissão
Administrativa do grêmio e Conselho de Representantes de Sala as sanções
disciplinares aplicadas pela Escola ao aluno estender-se-ão às suas atividades
como gremista dentro do recinto escolar
Art. 8º - Serão direitos do Associado:
I - participar de todas as atividades
do Grêmio;
II - votar e ser votado, observadas as
disposições deste Estatuto;
III - participar das Comissões
Auxiliares;
IV - encaminhar observações, sugestões
e moções a Comissão Administrativa do Grêmio;
V - propor mudanças e alterações
parciais ou completas ao presente Estatuto sempre que reunir 50% +1 de
assinaturas dos Representes de Sala.
Art. 9º - São deveres do Associado:
I - conhecer e cumprir as normas deste
Estatuto;
II - comparecer às reuniões;
III - colaborar com a Comissão
Administrativa do Grêmio e dependendo da situação com professores e direção do
estabelecimento;
IV - zelar pela disciplina e aplicação
ao estudo;
V - integrar quando solicitado, as
Comissões Auxiliares ou desempenhar-se de encargos que lhe forem atribuídos.
Art. 10 - Os sócios serão distribuídos
em Comissões Auxiliares que ficarão encarregadas dos vários setores de
atividades, numa harmoniosa divisão de tarefas, atendendo aos interesses e
habilidades de seus membros.
Parágrafo único - Cada Comissão
Auxiliar terá seu Secretario eleito pela própria Comissão, o qual fará a
ligação desta com a Comissão Administrativa do Grêmio. Dependendo do caráter
dessa comissão ele poderá ter representantes de um único período ou dos três
períodos de estudantes da U.E.
Seção I
Das Assembléias Gerais
Das Assembléias Gerais
Art. II -A Assembléia Geral dos Estudantes é o órgão
máximo de deliberação da Entidade e compõe-se de todos os sócios do Grêmio.
Art. 12 -A Assembléia Geral reunir-se-á
ordinariamente:
I - no dia 11 de agosto de cada ano,
nas comemorações do Dia do Estudante;
II - mensalmente, conforme cronograma.
Parágrafo único - A convocação para as
reuniões será feita através de edital do Secretario da Comissão Administrativa
ou por 50% + 1 dos Representantes de Sala, divulgado com antecedência mínima de
48 (quarenta e oito) horas.
Art. 13 - A Assembléia Geral deliberará
por maioria simples de votos, sendo obrigatório o quórum mínimo de 5% dos
alunos da Escola para a sua instalação, realizada em 1ª convocação.
Parágrafo único - O cronograma anual
das reuniões ordinárias da Assembléia Geral deverá ser homologado pelo Conselho
de Escola e não poderá provocar prejuízo de aulas, salvo em caso de necessidade
extrema quando o assunto será encaminhado e discutido com a direção e
coordenação da escola para sua aprovação;
Art. 14 - Compete à Assembléia Geral:
I - aprovar e reformular o Estatuto do
Grêmio,-
II - eleger a Comissão Administrativa
do Grêmio;
III - discutir e votar as teses,
recomendações, moções, adendos e propostas apresentados por qualquer um de seus
membros;
VI - apreciar as atividades da Comissão
Administrativa.
Seção
II
Do Conselho de Representantes de Sala
Art. 15 - Compete ao Conselho de
Representantes de Sala:
I - receber, considerar e aprovar os
relatórios e a prestação de contas da Comissão Administrativa;
II - aprovar a constituição de
Comissões Auxiliares, incluindo a Comissão Eleitoral;
III – Encaminhar junto aos colegas de
sala todas as discussões sugeridas pela Comissão Administrativa ou outras que
considerar pertinentes, desde que sejam antes discutidas, consideradas e
aprovadas pela Comissão Administrativa. Ou por 50% + 1 dos seus membros, os
Representantes de Sala.
IV – O Conselho de Representantes de
Sala será eleito por seus pares em sala de aula.
Seção III
Da Comissão Administrativa do Grêmio
Da Comissão Administrativa do Grêmio
Art. 16 - Compete a Comissão
Administrativa:
I - discutir e votar as propostas da
Assembléia Geral e do Conselho de Representantes de Sala e do Primeiro
Secretario;
II - zelar pelo cumprimento do Estatuto
e deliberar sobre os casos omissos;
III - elaborar um Plano Anual de
Trabalho;
IV - propor a designação das Comissões
Auxiliares e acompanhar suas atividades,
V - reunir-se, ordinariamente, pelo
menos 1 (uma) vez por quinzena.
Art. 17 - Compete ao Primeiro
Secretario:
I - presidir às sessões da Comissão;
II - convocar e presidir às reuniões
mensais da Assembléia Geral dos Estudantes;
da Reunião dos Representantes de Sala.
III - elaborar propostas de ações;
IV - movimentar, de comum acordo com os
demais membros da Comissão Administrativa, os fundos do Grêmio;
V - visar as contas e relatórios
apresentados pelo Tesoureiro;
VI - cumprir e fazer cumprir as disposições
estatutárias;
VIl - representar o Grêmio na Escola e
fora dela.
Art. 18 - Compete ao Segundo
Secretario:
I - auxiliar o Primeiro Secretario no
exercício de suas funções;
II - substituir-se ao Primeiro
Secretario nos casos de ausência eventual ou impedimento temporário, bem como
nos de vacância do cargo.
III Compete ao Segundo-secretário:
IV - lavrar atas das reuniões da
Comissão Administrativa dos Representantes de Sala e da Assembléia Geral;
V - elaborar avisos, editais,
relatórios,
VI - redigir e assinar, juntamente com
o Primeiro Secretario, a correspondência oficial do Grêmio;
IV - manter em dia os arquivos da
Entidade.
Art. 19 - Compete ao Segundo-secretário
substituir-se ao Primeiro e auxilia-lo nos encargos.
Art. 20 - Compete ao Primeiro-tesoureiro:
I - ter sob seu controle direto todos
os bens do Grêmio;
II - manter em dia a escrituração de
todo o movimento financeiro do Grêmio;
III - assinar, juntamente com o
Primeiro Secretario, os documentos e balancetes;
IV - escriturar o livro-caixa;
V - apresentar juntamente com o
Primeiro Secretario, a prestação de contas a Comissão Administrativa, aos
Representantes de Sala e à Assembléia Geral.
Art, 21 - Compete ao Segundo-tesoureiro
substituir-se ao Primeiro e auxiliá-lo nos encargos.
CAPÍTULO
IV
Das Eleições
Das Eleições
Art. 22 – A Comissão Administrativa
será, conforme o disposto no Art. 5º, eleito pela Assembléia Geral por
aclamação, por voto secreto, dos Estudantes, sendo requisitos para inscrição de
candidatos:
1 - ser brasileiro nato ou
naturalizado;
II - estar regularmente matriculado na
UE e freqüentando as aulas.
Art. 23 - O período de inscrição dos
candidatos será contado a partir do primeiro dia letivo, indo até o 30º dia do
primeiro bimestre; o período de propaganda irá do 30º ao 40º dia letivo
subseqüentes.
Art. 24 -As eleições serão realizadas
no 41º dia letivo do ano.
Art. 25 - A apuração dos votos ocorrerá
no mesmo dia da realização da eleição, e a posse dos eleitos, no dia imediato
ao da apuração.
Parágrafo único -A Mesa apuradora será
presidida pelo Diretor da Unidade Escolar em exercício na época da realização
da apuração ou por um Professor conforme indicação dos alunos e composta por
uma Comissão Eleitoral constituída por 3 (três) professores indicado pelos
Representantes de Sala e 3 (três) alunos eleitos pela Assembléia Geral dos
Estudantes ou pelos Representantes de Sala.
CAPÍTULO V
Disposições Gerais e Transitórias
Disposições Gerais e Transitórias
Art. 26 - O presente Estatuto poderá
ser modificado mediante proposta da maioria absoluta da Comissão
Administrativa, por 50% + 01 dos alunos representantes de classe ou da
Assembléia Geral.
Parágrafo único -As alterações serão
discutidas pela Comissão Administrativa e aprovadas pela Assembléia Geral,
através da maioria absoluta dos votos ou pelo Conselho de Representantes de
Sala.
Art. 27 - O Grêmio constituído fora da
data prevista no presente Estatuto terá caráter extemporâneo e deverá obedecer
aos prazos contidos nos Arts. 24 a 26, sendo que todo o processo devera estar
lavrado em ata no livro de atas do grêmio
Parágrafo único - O mandato
caracterizado no artigo anterior terá sua vigência cessada no 42º dia letivo do
ano seguinte, quando se dará posse ao novo Comissão Administrativa eleito,
segundo as datas previstas no presente Estatuto.
Art. 28 - Serão considerados eleitos os
candidatos ou chapas que conseguirem maior número de votos.
§ 1º - Em caso de empate, respeitado o
número de 9 (nove) membros da Comissão Administrativa, haverá nova eleição no
prazo de 1O (dez) dias letivos, concorrendo ao novo pleito somente os
candidatos e chapas inscritos e que obtiveram o mesmo número de votos.
§ 2º - Em caso de fraude comprovada, a
Mesa apuradora dará por anulado o referido pleito, marcando-se nova eleição no
prazo de 10 (dez) dias letivos, concorrendo todos os candidatos anteriormente
inscritos.
Art. 29 -A posse da Comissão
Administrativa do Grêmio ocorrerá no dia imediato ao da apuração dos votos.
Art. 30 -A duração do mandato da
Comissão Administrativa do Grêmio será de 1 (um) ano, iniciando-se no 42º dia
letivo do ano escolar e indo até a posse da nova Comissão Administrativa
eleita.
Art. 31 - Excepcionalmente, em caso de
o Primeiro e o Segundo e o Tesoureiro terem menos de 18 (dezoito) anos de
idade, a abertura e movimentação da conta bancária do Grêmio ficarão sob a
responsabilidade de um pai de aluno, de um membro do Conselho de Escola ou da
APM e/ou de um professor titular de cargo na Unidade Escolar indicado pelos
alunos.
Art.
32 -Após a eleição da primeira Comissão Administrativa do Grêmio Estudantil, a
Comissão Pró-Grêmio deverá encaminhar a Comissão Administrativa a ata das
eleições e a cópia do Estatuto aprovado pela Assembléia Geral ou Conselho de
Representantes de Sala sendo que os estatutos deverão ser encaminhados para o
conhecimento do Conselho de Escola;
Art. 33 - Revogadas as disposições em
contrário, este Estatuto entrará em vigor após sua aprovação pela Assembléia
Geral do corpo discente ou dos Representantes de Sala da Unidade Escolar.
ANEXO 2 – PASSO A
PASSO
PROPOSTAS PARA COMISSÃO
PRO GREMIO ORGANIZAR CHAPA E 1ºS PASSOS
Propostas:
1)Convidar
dois alunos por sala que estiverem interessados em participar do grêmio,
posteriormente outros também poderão, mas esses são os que levarão as
informações para os demais colegas nas salas.
2)Passar
lista de presença com NOME, SERIE, FONE PARA CONTATO E ENDERÇO ELETRONICO.
Posteriormente poderemos enviar os documentos referentes ao grêmio pela
internet e a comissão pró grêmio poderá usar os telefones para estabelecer
contatos.
3)Explicar
rapidamente as finalidades do Grêmio estudantil: Organizar os alunos para lutar
pelos seus direitos, conforme a legislação vigente e os seus estatutos.
4)Explicar
o que são os ESTATUTOS e como funcionam (ler rapidamente alguns tópicos que
podem ser mais difíceis de compreender).
5)Explicar
como se da à organização do Grêmio estudantil.
a)Sobre a eleição:
*cada
período forma um grupo de 12 ou 24 alunos (preferencialmente 2 representantes
de cada sala), esses serão os
responsáveis pela ação do grêmio no período, eles indicam 03 ou 04 alunos
(comissão representante pelo grêmio no período com 1º e 2 º secretários e
tesoureiro e o secretário de atas) para participar de uma chapa (podem ou não
ser os mesmo da comissão do período de preferência que sejam) que terá a mesma
organização nos três períodos. Assim o período tem autonomia para realizar o
que é específico e uma vez por mês fazem reunião dos 10 que compõem a comissão
administrativa do grêmio e representam os vários períodos para avaliar o que
esta sendo feito verificar o que é comum a todos, fazer propostas de
encaminhamentos coletivos e informar sobre as iniciativas especificas de cada
período.
*Nos
estatutos aprovados não existe diretoria, ela dirige, mas sim comissão
administrativa, a comissão não dirige, mas administra os interesses coletivos,
também não existem todos aqueles cargos comuns em outros grêmios, do ponto de
vista legal o grêmio precisa ter um representante que é o 1º ou 2º secretario e
um responsável pelas finanças o 1º e 2º tesoureiro, porem ele também deixa
claro que apesar desses cargos todos tem os mesmos direitos e deveres e para
todos os demais participantes esses organizarão as comissões de trabalho que
forem necessárias e as representarão perante o grêmio.
A
outra possibilidade seria abrir o período de inscrições para a formação de
chapas, que dificilmente conseguiriam ter representatividade nos três períodos
e o grupo vencedor acabaria atuando em somente um, o que deixaria os demais sem
trabalho de organização, com essa alternativa procuramos pelo menos para esse
ano, nesse primeiro momento contornar esse problema, com mais experiência
talvez eles consigam se organizar de forma mais adequada.
b)Verificar
se todos os presentes estão de fato interessados em participar, esses já
poderão ser a COMISSÃO PRÓ GREMIO, responsável pelos trabalhos até o momento da
eleição quando é dissolvida. Um representante é o responsável e o outro seu
suplente.
c)A
comissão fica responsável por levar as informações para os colegas de sala e os
ajuda a se organizarem nas discussões.
A
PRIMEIRA TAREFA dessa comissão é verificar se todas as salas estão
representadas, as que não estiverem precisam ser visitadas e os interessados
convidados.
A
SEGUNDA TAREFA e fazer uma relação dos interessados, sugiro que limitem o
numero de pessoas que poderá de fato participar em dois ou três alunos por
sala, afinal 4 alunos por sala já serão 48 no período é uma pequena multidão o
que torna difícil sua mobilização e as reuniões.
TERCEIRA
TAREFA fazer levantamento das propostas especificas do período, depois fazer
reunião com representantes dos 3 períodos para verificar entre as propostas e
reivindicações as que são comuns e deverão ser encaminhadas pela COMISSÃO
ADMINSITRATIVA
A
organização de uma organização estudantil assim como um “sindicato” se inicia pela constatação de
problemas que mobilizam os interessados na sua resolução, ou seja, pela luta
dos seus direitos. Para garantir assim como conquistar direitos é necessário
organização e luta. Então a primeira pergunta é QUAL (IS) PROBLEMA (S)?
Geralmente são: FALTA ESTRUTURA (problemas com o prédio, equipamentos, etc)
FALTA DE DEMOCRACIA problema quanto as atitudes autoritárias dos profissionais
da escola ou direção. QUALIDADE DE ENSINO. Aspectos da qualidade de ensino que
precisam ser modificados. NO ENTORNO. Aspectos do entorno da escola ou outros
do bairro que mobilizam o a comunidade escolar para a luta pela
transformação. ENTÃO QUAL (IS) PROBLEMA
(S)? ONDE OCORREM? COM QUE FREQUENCIA? QUAIS SÃO OS ENVOLVIDOS? É DE NOSSA
GOVERNABILIDADE? Temos condições de resolve-los?. Identificado o problema qual
nosso PLANO DE AÇÃO? Quais nossos objetivos com esse plano? Quais ações
desenvolveremos? Quais as diferentes estratégias mais indicadas para as ações
com esse nosso publico alvo? Como avaliaremos essas ações? Qual o cronograma
para o desenvolvimento de todos esses passos? Como monitoraremos o passo a
passo do processo? QUAIS O(s) FOCO(S)?
6)Marcar
a data e horário da próxima reunião. ESCLARECIMENTOS IMPORTANTES: todas as
reuniões realizadas dentro da escola e em horário de aula deverão ser solicitadas
a direção e sugiro que só sejam concretizadas com o consentimento dessa, caso
contrario que se faça em outro local em qualquer dia e horário. Também que
comuniquem as professores quem vai sair da sala para participar, por quanto
tempo, TODOS DEVEM ASSUMIR AS SUAS FALTAS DURANTE AS REUNIÕES.
7)Eleição
durante o mês de abril, posse logo a
seguir.
8)definição
da comissão eleitoral inclusive com indicação de alunos e professores ou
direção.
ANEXO 3 – DEFINIÇAÕ
GREMIO, ELEIÇÃO E ATA
O
que é Grêmio Estudantil ?
Grêmio é uma entidade autônoma, organizada e dirigida exclusivamente pelos estudantes para a defesa e promoção de atividades dos alunos. O Grêmio e a união dos alunos, a favor de melhoras nas condições da escola ou instituição de ensino e a luta dos alunos contra as coisa erradas na escola e a voz do aluno na diretoria na secretaria ou no ministério da educação.
Os estudantes lutaram e conquistaram o Direito de organizar grêmios estudantis nas escolas ( lei n°. 7.398, de 4 de novembro de 1985).
Um grêmio organizado pode promover: campeonatos, festivais de música, cursos, jornais, excursões, debates, festas, teatro... e muito mais... É ele quem vai cobrar a direção das escolas e de outros órgãos a solução de problemas existentes e tudo que seja-a respeito dos alunos.
Grêmio é uma entidade autônoma, organizada e dirigida exclusivamente pelos estudantes para a defesa e promoção de atividades dos alunos. O Grêmio e a união dos alunos, a favor de melhoras nas condições da escola ou instituição de ensino e a luta dos alunos contra as coisa erradas na escola e a voz do aluno na diretoria na secretaria ou no ministério da educação.
Os estudantes lutaram e conquistaram o Direito de organizar grêmios estudantis nas escolas ( lei n°. 7.398, de 4 de novembro de 1985).
Um grêmio organizado pode promover: campeonatos, festivais de música, cursos, jornais, excursões, debates, festas, teatro... e muito mais... É ele quem vai cobrar a direção das escolas e de outros órgãos a solução de problemas existentes e tudo que seja-a respeito dos alunos.
Você têm esse direito !
Você sabe qual a origem
do Grêmio?
O
Grêmio não surge n escola por acaso, por capricho ou brincadeira: ele surge
sempre devido a necessidade que os estudantes sentem de construir um
instrumento de luta, organização e reivindicação dos seus direitos. Em qualquer
escola que apresente problemas que afetem o estudante, ali é um espaço para
nascer um Grêmio. E essa consciência da necessidade de se organizar os
estudantes vem tendo há muito tempo. A primeira vez que se ouviu falar em
movimento estudantil no Brasil, foi no início deste século, quando os
estudantes se uniram -se aos trabalhadores em solidariedade durante a greve
geral de 1917. Na década de 60 os estudantes já se organizavam em Grêmios, e
mesmo quando veio a ditadura militar (1964) eles não puderam ser sufocados.
Pelo contrário, os Grêmios Estudantis foram um dos mais fortes instrumentos de
luta contra a ditadura, e um dos principais responsáveis pela democratização do
país na década de 80. Eles estiveram ativamente presentes nas lutas pela
anistia aos presos políticos, pelas diretas já (1984) e pelo “Fora Collor”
(1992), demonstrando com vigor a capacidade de mobilização e organização da
classe estudantil brasileira. Essa mesma capacidade de luta foi o que
pressionou o então presidente José Sarney a assinar a lei nº 7.398, em
05/11/1985, que voltava a garantir o direito dos estudantes se organizarem nas
escolas do país. Não pensem nunca que tal lei foi um “presente” do Sarney aos
estudantes: para que ela pudesse ser assinada foi preciso muita mobilização,
passeata, ocupação de escolas e prédios públicos. Foi preciso ter sangue
estudantil derramado, teve estudante assassinado e torturado, foi preciso muito
suor, sangue e disposição de luta. Mas ela saiu e, por isso hoje ninguém pode
proibir que os estudantes se unam, se organizem e lutem por seus direitos,
porque isso nós não “ganhamos”: nós conquistamos!
Como
organizar o seu Grêmio
1°.
Passo
CONVERSANDO COM OS
ESTUDANTES
Você já está convencido de que a formação do grêmio é uma boa, então vamos
começar a conversar com outros alunos sobre a importância do Grêmio Estudantil.
2°.
Passo
A PRIMEIRA REUNIÃO
Um
grupo de alunos devem comunicar a direção da escola, de que está havendo um
processo de formação de Grêmio e solicitar um local e horário apropriado pra
discussão...
3°.
Passo
COMISSÃO PRÓ-GRÊMIO
Essa reunião deve tirar um grupo de 2
a 5 estudantes, que passa a se chamar: COMISSÃO
PRÓ-GRÊMIO. A Comissão encaminhará o processo de construção do Grêmio:1°
apresentando e aprovando em assembléia o estatuto, em seguida marcando a data
da eleição e definindo suas regras (data de inscrição de chapas e da campanha
de divulgação, etc). Cabe também à comissão informar à direção da escola sobre
o andamento do processo de eleição e fazer as solicitações necessárias
(exemplo: uma sala para a sede do Grêmio, lista de votantes etc).
4°.
Passo
A CAMPANHA
Para maior clareza dos alunos é interessante promover um debate onde a (s) chapas
apresentem suas propostas de trabalho das chapas concorrentes.
5°.
Passo
A ELEIÇÃO
Tem direito a voto todos os alunos regularmente matriculados.
Deverão também solicitar à secretaria da Escola a listagem dos nomes dos alunos
votantes. No dia da eleição , ao receber a cédula cada aluno deve assinar a
lista a frente de seu nome. Após a votação a comissão fará a apuração dos votos
na presença de representantes de cada chapa e imediatamente divulgará os
resultados e o nome da chapa vencedora.
6°.
Passo
A POSSE DOS ELEITOS
Depois da apuração e divulgação do resultado a Comissão Pró-Grêmio dever
empossar a chapa vencedora, que agora será o GRÊMIO Estudantil da Unidade
Escolar.
7°.
Passo
OS COMPROMISSOS DNA PRÁTICA
Eleita a Diretoria do Grêmio, ela passa a ter o compromisso de representar a
opinião do estudante de forma clara e independente e colocar as propostas em
prática. Prometeu tem que cumprir!
Estatuto
do Grêmio Estudantil
O Estatuto e o começo de tudo, antes de começar a formar sua chapa ou outra
coisa leia o Estatuto direitinho, após forme uma comissão que irá ser chamada
de comissão pro-grêmio, esta comissão terá o trabalho de discuti-lo e aprova-lo
em Assembléia Geral
com os estudantes esta comissão e formada por basicamente 3 estudantes dos 3
períodos, após passado em assembléia começará o processo de inscrição de chapas
e logo após a Campanha Eleitoral que será organizada pela essa comissão, está
comissão e pro-gremio não é o grêmio ela organiza o processo de grêmio na
escola.
O
estatuto não deixa de ser normas que vc coloca ao grêmio as funções de cada
um, vc vai ver o que cada um faz, qual a sua determinada função. Agora
sem o Estatuto o grêmio não tem valor judicial, precisa dele para ser garantido
por lei. Então é de muita importância !!!!!!
Modelos
de Atas
Após eleito o grêmio, a diretoria do
grêmio, tem que lavrar ou editar uma ata de Posse do Grêmio Estudantil, e se
quiser em Ata de Eleição ...... após isso este documentado comprova a
existência do grêmio estudantil dentro da unidade escola.
Tive
a preocupação de colocar a disposição de todos um modelo de Ata de Posse e uma
Ata de Reunião, pois logo após cada reunião do Grêmio Estudantil tem que ser
escrita.
Obs:
Na hora de escrever na ata lembre sempre que não pode deixar espaços em branco,
tem que escrever tudo por extenso sem números.
Modelo de Ata de Posse
As ___ horas, do
dia ___, do mês de ___________, do ano de ____________, tomou posse a comissão
administrativa do Grêmio Estudantil __________________________, da Escola ________________.
Integram esta diretoria os seguintes membros, nos respectivos cargos:
__________________________, primeiro secretario; __________________________, segundo secretário;
__________________________, segundo tesoureiro; __________________________, segundo tesoureiro;
__________________________, primeiro secretario de atas; __________________________, segundo secretário de atas;
Comissão:__________________________, Responsáveis: ___________________,________________________________
Comissão:__________________________, Responsáveis: ___________________,________________________________
Comissão:__________________________, Responsáveis: ___________________,________________________________
que terá sua sede no referido estabelecimento de ensino, com duração limitada pelos estatutos do Grêmio.
Modelo de Ata de Reunião
As ___ horas, do
dia ____, do mês de ________, do ano de ______, reuniu-se a diretoria do Grêmio
Estudantil ____________________, da Escola _____________________: Na pauta de
reunião foi discutido que __________________ e ______________________, sendo
aprovadas as seguintes propostas a serem encaminhadas:
__________________________, ________________________ e
__________________________ . A reunião o foi presidida por
__________________________ (nome), _______________ (cargo) e por mim,
________________________ (nome), ___________________________ (cargo), que a
secretariei. Assinaturas:
ANEXO 5 – SENSIBILIZAÇÃO
·
O
analfabeto político
·
Albert
Einstein “ A vida é como jogar....”
·
B.
Brechte “Nós vos pedimos....”
- No
Caminho Com Mayakowsky =
- M. L. King, “O que mais me assusta
..... e Nossa Geração
- M. L. King, “A maldade de uma
minoria.... e Egoísmo social…. “
- Bourk e Arnold
- Houxle, Batmam e Galeano
- Provérbio Africano
- Albert Einstein “Não basta
ensinar...”
- Provérbio chinês
- “Era uma vez quatro pessoas...”
- Você é muito importante (X da
questão)
- Nunca desista
O Analfabeto
Político
"O pior analfabeto
É o analfabeto político,
Ele não ouve, não fala,
Nem participa dos acontecimentos políticos.
Ele não sabe que o custo da vida,
O preço do feijão, do peixe, da farinha,
Do aluguel, do sapato e do remédio
Dependem das decisões políticas.
O analfabeto político
É tão burro que se orgulha
E estufa o peito dizendo
Que odeia a política.
Não sabe o imbecil que,
Da sua ignorância política
Nasce a prostituta, o menor abandonado,
E o pior de todos os bandidos,
Que é o político vigarista,
Pilantra, corrupto e lacaio
Das empresas nacionais e multinacionais."
"O pior analfabeto
É o analfabeto político,
Ele não ouve, não fala,
Nem participa dos acontecimentos políticos.
Ele não sabe que o custo da vida,
O preço do feijão, do peixe, da farinha,
Do aluguel, do sapato e do remédio
Dependem das decisões políticas.
O analfabeto político
É tão burro que se orgulha
E estufa o peito dizendo
Que odeia a política.
Não sabe o imbecil que,
Da sua ignorância política
Nasce a prostituta, o menor abandonado,
E o pior de todos os bandidos,
Que é o político vigarista,
Pilantra, corrupto e lacaio
Das empresas nacionais e multinacionais."
Bertolt Brecht
"A vida é como jogar uma bola na parede:
Se for jogada uma bola azul, ela voltará azul;
Se for jogada uma bola verde, ela voltará verde;
Se a bola for jogada fraca, ela voltará fraca;
Se a bola for jogada com força, ela voltará com força.
Por isso, nunca "jogue uma bola na vida" de forma que você não esteja pronto a recebê-la.
"A vida é como jogar uma bola na parede:
Se for jogada uma bola azul, ela voltará azul;
Se for jogada uma bola verde, ela voltará verde;
Se a bola for jogada fraca, ela voltará fraca;
Se a bola for jogada com força, ela voltará com força.
Por isso, nunca "jogue uma bola na vida" de forma que você não esteja pronto a recebê-la.
"A vida
não dá nem empresta; não se comove
nem se apieda. Tudo quanto ela faz é retribuir e transferir aquilo que nós lhe oferecemos"
Albert Einstein
nem se apieda. Tudo quanto ela faz é retribuir e transferir aquilo que nós lhe oferecemos"
Albert Einstein
"NÓS
VOS PEDIMOS COM INSISTÊNCIA,
NÃO
DIGAM NUNCA: ISSO É NATURAL!
DIANTE
DOS ACONTECIMENTOS DE CADA DIA,
EM
QUE CORRE SANGUE,
EM
QUE O ARBITRÁRIO TEM FORÇA DE LEI. EM QUE A
HUMANIDADE
SE DESUMANIZA,
NÃO
DIGAM NUNCA: ISSO É NATURAL!
AFIM
DE QUE NADA PASSE POR IMUTÁVEL!"
(Bertold Brecht)
"Na primeira noite eles se aproximam e colhem uma flor
de nosso jardim
E
não dizemos nada.
Na
segunda noite, Já não se escondem: matam nosso cão, e não dizemos nada.
Até
que um dia o mais frágil deles entra sozinho em
nossa
casa, rouba-nos a lua e, conhecendo o nosso medo, arranca-nos a voz da
garganta.
E
porque não dissemos nada,
Já
não podemos dizer nada."
(...
em No Caminho Com Mayakowsky)
"O
que mais me assusta não é a perversidade dos chamados maus, e sim a omissão dos
chamados bons." (Martin Luther King Jr.)
"Nossa
geração não lamenta tanto os crimes dos perversos,
quanto o estarrecedor silêncio dos bondosos."
quanto o estarrecedor silêncio dos bondosos."
(Martin Luther
King Jr.)
“A maldade de uma minoria rica domina sobre toda a
sociedade, graças ao comodismo de uma maioria honesta e boa, em termos
individualistas, porém egoísta socialmente.” (Martin Luther King Jr.)
Egoísmo
social é aquela atitude passiva da maioria da comunidade, a qual se limita
apenas em receber os benefícios obtidos, graças à luta e ao risco da própria
vida, por parte de uma minoria de idealistas, que milita a favor do progresso
de todos." (M.L.K. Jr.)
O maior castigo para aqueles que não se interessam por política
é que serão governados pelos que se interessam.
Arnold Toynbee – Historiador
Inglês – 1889/1975
"Ninguém comete erro maior do que não fazer nada
porque só pode fazer pouco"
Eduard Bourke, pensador
Irlandês revista "Solidaria Idade", 1999
Não são tanto as tragédias que definem nossas vidas,
mas sim as escolhas que fazemos para lidar com elas. “Batman – Guerra ao Crime
– 05/2000”
"Experiência
não é o que aconteceu com você; mas o que você fez com o que lhe
aconteceu."
(Aldous Huxley)
(Aldous Huxley)
Somos o que fazemos,
mas somos, principalmente, o que fazemos para mudar o que somos. (Eduardo
Galeano)
Antes de
começar o trabalho de mudar o mundo, dê três voltas dentro da sua casa. Provérbio
chinês
Provérbio
Africano: Até que os Leões tenham seus próprios historiadores, as histórias de
caçadas continuarão glorificando o caçador.
“NÃO BASTA ENSINAR AO HOMEM UMA ESPECIALIDADE, PORQUE SE TORNARÁ ASSIM
UMA MÁQUINA UTILIZÁVEL E NÃO UMA PERSONALIDADE. É NECESSÁRIO QUE ADQUIRA UM
SENTIMENTO, UM SENSO PRÁTICO DAQUILO QUE VALE A PENA SER EMPREENDIDO, DAQUILO
QUE É BELO, DO QUE É MORALMENTE CORRETO.”
ALBERT EINSTEIN
Era
uma vez quatro pessoas que chamavam TODOMUNDO,
ALGUÉM, QUALQUERUM e NINGUÉM.
Havia
um importante trabalho a ser feito e TODOMUNDO
acreditava que ALGUÉM iria
executá-lo QUALQUERUM poderia
fazê-lo, mas NINGUÉM o fez.
ALGUÉM
ficou aborrecido com isso porque entendia que sua execução era responsabilidade
de TODOMUNDO.
TODOMUNDO pensou que QUALQUERUM poderia executá-lo,
mas
NINGUÉM imaginou que TODOMUNDO não o faria.
Final
da história: TODOMUNDO culpou ALGUÉM quando NINGUÉM fez o que QUALQUERUM
poderia ter feito.
VOCÊ É MUITO IMPORTANTE
Apxsar de
nossa máquina dx xscrxvxr sxr um modxlo antigo, funciona bxm, com xxcxção dx
uma txcla. Há 42 txclas qux funcionam bxm, mxnos uma, x isso faz uma grandx
difxrxnça.
Txmos o
cuidado para qux nossa xquipx não sxja como xssa máquina dx xscrxvxr x todos os
sxus mxmbros trabalhxm como dxvxm.
Ninguxm txm o
dirxito dx pxnsar: “AFINAL, SOU APXNAS UMA PXSSOA X, SXM DÚVIDA, NÃO FARÁ
DIFXRXNÇA PARA O NOSSO GRUPO”.
Comprxxndxmos
qux, para um grupo podxr progrxdir eficixntxmxntx, prxcisa da participação
ativa de todos os sxus mxmbros.
Sxmprx qux
vocx pxnsar qux não prxcisam dx vocx, lxmbrx-sx da nossa vxlha máquina dx
xscrxvxr e diga a si próprio: “XU SOU UMA DAS TXCLAS IMPORTANTXS NAS NOSSAS
ATIVIDADXS X MXUS SXRVIÇOS SÃO MUITO NXCXSSÁRIOS”.
ESTAMOS PRECISANDO DE VOCÊ
NUNCA DESISTA
Inicia uma corrida entre homens e mulheres.
Eles tinham que subir uma grande torre cheia de obstáculos.
No inicio desta torre havia uma multidão que gritava:
-
Eles não vão conseguir!!! Eles
não vão conseguir!!!
Com esse incentivo a cada obstáculo um desistia.
E a multidão continua berrando!!!
-
Desistam vocês não vão chegar ao topo.
E em pouco tempo mais de 50% dos competidores retornaram.
-
Cuidado, vão Ter que retornar, aquele ultimo obstáculo é o pior de
todos. (clama a multidão)
Ao final da competição todos desistiram.
-
Epa!!!! Tem uma pessoa que conseguiu!!!
Então foram até lá de helicóptero para entrevista-lo.
-
Como você conseguiu vencer?
E o vencedor sorridente nada responde.
Perguntaram novamente?
-
Como você conseguiu vencer? Diga-nos.
O vencedor pegou uma caneta e escreveu na própria mão.
-
Sou surdo.
Não permita que as pessoas
com o péssimo habito de serem negativas derrubem as melhores e mais sabias
esperanças de seu coração,.
Bertolt Brecht. INTERTEXTO. Primeiro levaram os negros. Mas não me importei com isso. Eu
não era negro. Em seguida levaram alguns operários. Mas não me importei com
isso. Eu também não era operário. Depois prenderam os miseráveis. Mas não me
importei com isso. Porque eu não sou miserável. Depois agarraram uns
desempregados. Mas como tenho meu emprego. Também não me importei. Agora estão
me levando.
Mas já é tarde. Como eu não me importei com
ninguém. Ninguém se importa comigo.
Etiene de La Boete: “Posso entender que um homem queira ser rei mas não
que milhões aceitem passivamente ser súditos” Discurso da Servidão Voluntaria.
A verdadeira medida de um homem não se vê na forma como se
comporta em momentos de conforto e conveniência, mas em como se mantém em
tempos de controvérsia e desafio.
Martin Luther King
O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons.
Martin Luther King
Se soubesse que o mundo se desintegraria amanhã, ainda assim
plantaria a minha macieira.O que me assusta não é a violência de poucos, mas a
omissão de muitos.Temos aprendido a voar como os pássaros, a nadar como os
peixes, mas não aprendemos a sensível arte de viver como irmãos.
Martin Luther King
É melhor tentar e falhar, que preocupar-se e ver a vida passar.
É melhor tentar, ainda que em vão que sentar-se, fazendo nada até o final.
Eu prefiro na chuva caminhar, que em dias frios em casa me esconder.
Prefiro ser feliz embora louco, que em conformidade viver
É melhor tentar, ainda que em vão que sentar-se, fazendo nada até o final.
Eu prefiro na chuva caminhar, que em dias frios em casa me esconder.
Prefiro ser feliz embora louco, que em conformidade viver
Martin Luther King
ANEXO 6
Você sabe que um candidato é mentiroso
e tenta enganá-lo quando:
1-
Tem
soluções para todos os problemas e, pior, tenta provar que há recursos e que é
possível resolvê-los todos se for eleito;
2-
diz
que vai realizar mais obras e prestar mais serviços (aumentar as despesas) e,
ao mesmo tempo, afirma que vai reduzir impostos, ou mesmo que não vai
aumentá-los;
3-
gasta
mais tempo em criticar os adversários e as propostas deles do que na defesa de
suas próprias idéias;
4-
estimula
a inveja e a revolta dos eleitores, mostrando quanto é injusto “... tão poucos
terem tanto, enquanto muitos têm tão pouco...”, principalmente quando afirma ao
mesmo tempo que, se eleito, os que têm pouco terão chance de ter muito;
5-
é
incapaz de responder objetivamente a uma pergunta clara e direta ou, ao ser
questionado sobre um fato polêmico ou tema embaraçoso, finge que responde;
divaga sem chegar á conclusão; ou muda de assunto e responde outra coisa,
insultando a inteligência de quem pergunta e de quem assiste ao diálogo;
6-
tem
a incrível capacidade de dizer, sempre, exatamente aquilo que você quer ouvir;
7-
não
faz nenhum inimigo; não favorece nem contraria frontalmente os interesses de
nenhum grupo ou segmento social a campanha;
8-
tenta
mostrar que é “macho” e corajoso, afirmando que recebe ameaças de morte ou
sofreu atentados “covardes”, principalmente se oferecer como prova tiros na
parede da residência, do comitê ou do automóvel;
9-
ao
ser alvo de boatos ou ser criticado por erro ou fato desabonador presente ou
passado, em vez de esclarecê-lo, se esconde atrás da esposa e dos filhos,
tentando fazer-se passar (junto com sua família) por vítima de calúnia e
ataques maldosos e eleitoreiros;
10- se for um candidato situacionista,
nega que a máquina administrativa trabalhe a seu favor (ou, se for ligado a
sindicatos, nega que a máquina sindical esteja a seu serviço);
11- as fotografias que aparecem nos
cartazes e outdoors de campanha mostram um candidato muito mais jovem do que o
que aparece na TV e nos comícios;
12- já tendo ocupado cargos públicos ou
eletivos, ele insiste em criticar e denegrir a classe política, como se não
fizesse parte dela;
13- ele afirma que seu único compromisso é
com o povo (ele sempre terá assumido compromissos com os aliados, apoiadores,
cabos eleitorais etc.);
14- ele tenta parecer mais pobre do que
expressa a sua declaração de bens;
15- sem coragem de atacar diretamente seu
principal adversário, um candidato majoritário cede seu espaço para que seu
vice, ou candidato proporcional “pau-mandado”, faça o trabalho “sujo”,
veiculando a denúncia ou acusação, fingindo nada ter com o fato e insistindo na
necessidade de manter alto o nível da campanha;
16- promete resolver problema fora de sua
alçada (ex-vereador promete congelar o preço de bens alimentícios; deputado
promete reduzir os juros bancários etc...).
Além do significado das palavras, é
preciso compreender o significado das imagens, pois através delas o candidato
também tenta influir na formação de sua imagem junto aos eleitores. Eis o que
vai por trás de algumas delas:
a)
com
criancinhas no colo ou afagando animais: boas índole, sensibilidade;
b)
abraçando
pessoas de outras raças: ausência de discriminação ou de preconceito racial;
c)
trabalhando
com pessoas idosas: valorização da força de trabalho e experiência dos idosos;
d)
candidato
cercado de jovens: modernidade, capacidade de compreensão doa problemas e
aspirações;
e)
candidato
com esposa em eventos: companheirismo, valorização da esposa como pessoa ativa
e atuante (eventualmente, demonstrar que boatos relativos a adultérios ou
desvios de conduta sexual sã falsos);
f)
candidatos
com esposa e filhos em casa: bom marido e pai, equilíbrio e harmonia familiar,
apego aos valores tradicionais;
g)
candidato
em templos religiosos: expressa respeito aos credos;
h)
apoio
de padres, professores: atestado de boa conduta, aval à moral pessoal;
i)
candidato
em mangas de camisa, suando e com cabelo desalinhado: dinamismo, ação,
disposição para trabalhar, simplicidade;
j)
candidato
de terno, com autoridade e personalidades: preparo para funções executivas,
trânsito, influência;
k)
candidato
em reunião de trabalho (sempre de pé ou em posição de destaque): demonstra que
tem equipe, liderança, preparo, conhecimento superior, autoridade;
l)
apoio
de intelectuais: cultura superior;
m) confraternização com gente pobre ou
operários: simplicidade, fácil acesso, ausência de arrogância, humildade;
n)
abraçando
ou beijando mulheres feias: bondade, simpatia;
o)
com
os pais: atestado de bom filho;
p)
com
a família inteira: harmonia e união familiar;
q)
com
artista, atores, cineastas, escritores, desportistas, etc.: aval de que dará
atenção e estímulo ás atividades artísticas ou culturais e desportivas.
KUNTZ,
Ronald
É
especialista em marketing político.
Como
não ser enganado nas eleições/ Gilberto Dimenstein/ Editora Ática/ 1994
O VOTO E AS ILUSÕES
O
voto universal é a aparência do governo popular. Os eleitos acabam emancipar-se
da dependência do povo, e a política torna-se ciência oculta que a população
não entende.
Há
uma grande ilusão popular que o governo representativo eleito pelo sufrágio
“universal” – analfabetos que constituem 50% da população não votam – seja o
governo do povo ou o povo do governo. O regime representativo tem uma história
que é importante conhecer para avaliar o quadro eleitoral atual no País.
No
século 12 as cidades libertaram-se do jugo do Senhor e “juraram” organizar-se
autonomamente para defesa mútua, organização da produção e troca, durante
quatro séculos são o refúgio do trabalho livre na Europa. Os comerciantes criam
“conjurações” para defender-se nas cidades, independentes do Senhor, do Rei e
da Igreja. Elas unem-se por um fórum,onde o povo é reunido pelo badalar dos
sinos para discutir e resolver diretamente na praça seus problemas. O Senhor
que inicialmente é chefe de um “bando” recebendo tributo e vendendo proteção
tornou-se Rei. O “fórum” expulsou-o e
ele refugiou-se em uma nova cidade. Com as guerras vieram os exércitos
permanentes, favoreceu-se a concentração de poder no Estado e as “comunas”
urbanas decaíram e perderam sua autonomia. Nos séculos 14 e 15, formou o Rei o
“Conselho de Nobreza” e o “Conselho do Clero” nascendo assim os parlamentos;
com poder limitado: votação de créditos para guerra, dependiam de sua
aprovação, diferente do poder ilimitados dos parlamentos atuais. Após esmagamento das revoltas camponesas,com o
auxilio dos comerciantes concentra-se o poder do Rei, os subsídios
transformam-se em impostos, a burguesia alia-se ao Rei e os camponeses são
reduzidos à servidão.
A
burguesia para defender-se da desobediência do povo e da recusa a pagar
impostos, na Revolução Francesa, cria a Assembléia Parlamentar, fazendo-se
defensora do governo representativo, onde o povo elege seus “defensores”: é o
governo por procuração. O maior dos preconceitos políticos radica na fé num
governo representativo, por procuração. Sob a Monarquia ou República ele mostra
apenas que o povo não se governa a si próprio. Ele é governado por
representantes vinculados ao poder econômico dominante na sociedade, às
“máquinas burocráticas” dos partidos políticos. No processo eleitoral o povo
abdica de sua própria iniciativa colocando-a nas mãos de uma assembléia de
“eleitos”. As Constituições tradicionalmente desrespeitadas, são refeitas para
uso de todos. Mesmo aqueles que pretendem mudar o regime de propriedade não
ousam tocar no regime representativo, procuram preservar custe o que custar o
governo sob procuração. O Parlamento, torna-se instrumento e intrigas
palacianas, enriquecimento pessoal e carreirismo político.
A
liberdade real implica em não ser representado abandonando tudo aos eleitos,
mas, procurar lutar socialmente por si mesmo através das coletividades
organizadas a partir dos locais de trabalho.
Ação
direta do povo
Muitos
acham que o regime parlamentar nos deu as liberdades políticas, esquecendo que
a liberdade de imprensa, reunião e associação foi arrancada no país matriz do
Parlamento – Inglaterra – através da ação direta do povo. Os operários no
século 19 conquistaram seu direito á greve através da ocupação das manufaturas.
Derrubando as grades do Hyde Park londrino onde era proibida sua entrada,
conquistaram seu direito à palavra na rua. Atribuir aos parlamentos o que é
devido a ação popular é pensar que basta existir uma Constituição para que haja
liberdade e direitos respeitados.
O
regime representativo introduzido na Europa pela burguesia trouxe algumas
vantagens ao povo, porém, o monárquico sob os senhores feudais também o fizera,
nem por isso endeusaremos a Monarquia.
O
regime representativo surgiu com a burguesia e com ela desaparecerá. Qualquer
governo, seja constitucional ou não, tem tendência a alargar seu Poder sobre o
trabalhador e pelo Parlamento tende a legislar sobre tudo e intervir em tudo
que é de sua competência ou não.
O
voto universal é a aparência do governo popular; cada deputado é eleito por
certo número de eleitores; o corpo eleitoral na sua totalidade não é
representado. O parlamentar para transformar um projeto em lei, tem que fazer
concessões, transações, conchavos, onde as considerações clientelísticas e
partidárias predominam. Os deputados, senadores ou governadores, longe do povo,
acabam por aumentar seu poder, emancipando-se da dependência do povo, o de
“todo poder saído do povo” mas que a ele não volta. A política torna-se ciência
oculta que o povo não entende.
Os
candidatos defendem ferreamente seus programas, fa-lo-ão após eleitos?
Nesse
processo político a propaganda dos princípios é substituída pela propaganda das
pessoas. O único interesse dos partidos é a vitória das candidaturas.
A
ilusão eleitoral consiste em pensar que depositando ritualmente um voto numa
urna, o povo detém, algum poder de decisão quando o candidato é escolhido via
“compra da legenda” em dinheiro, indicação via comissão estadual ou federal,
onde tem grande peso o “capital de relações sociais”.
A
ilusão eleitoral, leva o povo á inércia, ao endormecimento, esperando que
alguém lute por ele. No fundo, é uma escola de conformismo social, onde
confunde-se mobilização popular real partindo dos próprios interessados em
defenderem suas reivindicações, com, arregimentação de povo em comício onde
alguém indicado fala por ele.
Administradores
da crise
No
quadro nacional observa-se a existência do PDS e PTB como situacionistas e
PMDB, PT e PDT como oposicionistas.
O
Partido Trabalhista Brasileiro criado por Vargas para conter o povo quando saía
dos limites permissíveis estabelecidos pelo Poder, contou com forte apoio
operário e forneceu a grande maioria dos “pelegos” sindicais e burocratas da
Previdência Social, que infelicitam o País.
O
PMDB tende a transformar-se quanto mais passa o tempo em PMDS. Isso é, em São
Paulo, tenderá a definir os poderes de mando, nas mãos do “clã parental” do
senador Montoro como apoio dos “quadros” do antigos Partido Democrata Cristão.
Os “esquerdistas” do PMDB tenderão a se tornar marinheiros: irão ver navios.
Constituído
como um conglomerado de tendências, essa grande “frente de aliança de classes”
que é o PMDB só não implodirá após as eleições na medida em que seus
governadores eleitos, tenderão nas mãos o poder de nomeação para milhares de
cargos públicos.
O
peso da classe média e da camada intelectual nesse processo político não é
desprezível, assim, via partidária tenderão a ascender como “assessores do Rei”
se constituindo em profissionais da dominação. Terão um discurso muito radical
e uma prática muito medrosa.
Elegendo
governadores em vários estados, o PMDB, nessa fase de crise do capitalismo
mundial, elegerá os administradores da crise, que daqui a um ano ou pouco mais
se verão na opção: reprimir o povo e continuar a testa do Estado ou não fazê-lo
e ser deposto pelo poder federal por não ter “salvaguardado” a ordem.
O
partido dos Trabalhadores que inicialmente constituiu uma esperança de
valorização da auto-organização dos mesmos, ao eleger o caminho eleitoral e
tende a formar, em cada trabalhador vereador, deputado ou senador, um
ex-trabalhador.
Se
não definir com clareza seu objetivo em termos de mudança estrutural, poderá
ser cooptado pelo regime transformando-se em seu “braço esquerdo”.
A
eleição de Mitterrand na França e de Gonzalez na Espanha mostram a tendência do
capitalismo em crise, optar por solução “social-democrática” (reformar para não
mudar). Isso, na França, tem levado Mitterrand a propor o congelamento de
salário e realizar uma política de “austeridade”, na mesma linguagem que o
ministro delfim Neto usa aqui há anos, e economistas do PMDB propõem como
“solução alternativa” para a crise: racionalização. Esse conceito, pode
significar para o trabalhador, a manutenção das condições terríveis de
trabalho, superexploração da sua força de trabalho.
Vença
quem vencer as eleições, nada muda no interior das fábricas, nos campos e nas
oficinas. Nos escritórios nos bancos, nos hospitais.
As
relações hierárquicas de dominação e exploração continuarão as mesmas, só que
administradas por um governo que, em “nome do povo”, poderá pedir-me
“sacrifícios” e, se for o caso, usar o aparelho repressivo do Estado como
usaram-no todos que ocuparam o poder de Cabral até hoje.
Não
há soluções mágicas ou milagrosas. Um bom ponto de partida é definir que só
mediante a ação livre e direta de todos os assalariados, auto-organizados a
partir de seus locais de trabalho, podem esperar ser ouvidos de seus locais de
trabalho, podem esperar ser ouvidos e ter um lugar ao sol. No processo de suas
lutas aprenderão a conhecer-se melhor e conhecer aqueles que em seu nome querem
falar. Não há vida por procuração, cada um tem que viver a sua, assim como, não
há luta por procuração, cada grupo humano tem que auto-organizar-se para travar
a sua luta. A união dessas lutas será mais significativa que qualquer eleição.
A solidariedade é o maior exemplo. O resto é literatura, e má.
Concluindo,
a ilusão eleitoral faz parte da “ilusão do político” onde intelectuais e
políticos tendem a crer como suas (independentes da base econômica) as metas
que se propõem a si e aos outros.
Folhetim
– 14/11/ 1982 - Professor Maurício Tragtenberg
autor de inúmeros livros e já falecido
Chomsky
e as 10 Estratégias de Manipulação Midiática
O lingüista estadunidense Noam Chomsky elaborou a lista das “10 estratégias de manipulação” através da mídia:
1- A ESTRATÉGIA DA DISTRAÇÃO.
O elemento primordial do controle social é a estratégia da distração que consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e das mudanças decididas pelas elites políticas e econômicas, mediante a técnica do dilúvio ou inundações de contínuas distrações e de informações insignificantes. A estratégia da distração é igualmente indispensável para impedir ao público de interessar-se pelos conhecimentos essenciais, na área da ciência, da economia, da psicologia, da neurobiologia e da cibernética. “Manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por temas sem importância real. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado, sem nenhum tempo para pensar; de volta à granja como os outros animais (citação do texto 'Armas silenciosas para guerras tranqüilas')”.
2- CRIAR PROBLEMAS, DEPOIS OFERECER SOLUÇÕES.
Este método também é chamado “problema-reação-solução”. Cria-se um problema, uma “situação” prevista para causar certa reação no público, a fim de que este seja o mandante das medidas que se deseja fazer aceitar. Por exemplo: deixar que se desenvolva ou se intensifique a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de que o público seja o mandante de leis de segurança e políticas em prejuízo da liberdade. Ou também: criar uma crise econômica para fazer aceitar como um mal necessário o retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços públicos.
3- A ESTRATÉGIA DA GRADAÇÃO.
Para fazer com que se aceite uma medida inaceitável, basta aplicá-la gradativamente, a conta-gotas, por anos consecutivos. É dessa maneira que condições socioeconômicas radicalmente novas (neoliberalismo) foram impostas durante as décadas de 1980 e 1990: Estado mínimo, privatizações, precariedade, flexibilidade, desemprego em massa, salários que já não asseguram ingressos decentes, tantas mudanças que haveriam provocado uma revolução se tivessem sido aplicadas de uma só vez.
4- A ESTRATÉGIA DO DEFERIDO.
Outra maneira de se fazer aceitar uma decisão impopular é a de apresentá-la como sendo “dolorosa e necessária”, obtendo a aceitação pública, no momento, para uma aplicação futura. É mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um sacrifício imediato. Primeiro, porque o esforço não é empregado imediatamente. Em seguida, porque o público, a massa, tem sempre a tendência a esperar ingenuamente que “tudo irá melhorar amanhã” e que o sacrifício exigido poderá ser evitado. Isto dá mais tempo ao público para acostumar-se com a idéia de mudança e de aceitá-la com resignação quando chegue o momento.
5- DIRIGIR-SE AO PÚBLICO COMO CRIANÇAS DE BAIXA IDADE.
A maioria da publicidade dirigida ao grande público utiliza discurso, argumentos, personagens e entonação particularmente infantis, muitas vezes próximos à debilidade, como se o espectador fosse um menino de baixa idade ou um deficiente mental. Quanto mais se intente buscar enganar ao espectador, mais se tende a adotar um tom infantilizante. Por quê? “Se você se dirige a uma pessoa como se ela tivesse a idade de 12 anos ou menos, então, em razão da sugestão, ela tenderá, com certa probabilidade, a uma resposta ou reação também desprovida de um sentido crítico como a de uma pessoa de 12 anos ou menos de idade (ver “Armas silenciosas para guerras tranqüilas”)”.
6- UTILIZAR O ASPECTO EMOCIONAL MUITO MAIS DO QUE A REFLEXÃO.
Fazer uso do aspecto emocional é uma técnica clássica para causar um curto circuito na análise racional, e por fim ao sentido critico dos indivíduos. Além do mais, a utilização do registro emocional permite abrir a porta de acesso ao inconsciente para implantar ou enxertar idéias, desejos, medos e temores, compulsões, ou induzir comportamentos…
7- MANTER O PÚBLICO NA IGNORÂNCIA E NA MEDIOCRIDADE.
Fazer com que o público seja incapaz de compreender as tecnologias e os métodos utilizados para seu controle e sua escravidão. “A qualidade da educação dada às classes sociais inferiores deve ser a mais pobre e medíocre possível, de forma que a distância da ignorância que paira entre as classes inferiores às classes sociais superiores seja e permaneça impossível para o alcance das classes inferiores (ver ‘Armas silenciosas para guerras tranqüilas’)”.
8- ESTIMULAR O PÚBLICO A SER COMPLACENTE NA MEDIOCRIDADE.
Promover ao público a achar que é moda o fato de ser estúpido, vulgar e inculto…
9- REFORÇAR A REVOLTA PELA AUTOCULPABILIDADE.
Fazer o indivíduo acreditar que é somente ele o culpado pela sua própria desgraça, por causa da insuficiência de sua inteligência, de suas capacidades, ou de seus esforços. Assim, ao invés de rebelar-se contra o sistema econômico, o individuo se auto-desvalida e culpa-se, o que gera um estado depressivo do qual um dos seus efeitos é a inibição da sua ação. E, sem ação, não há revolução!
10- CONHECER MELHOR OS INDIVÍDUOS DO QUE ELES MESMOS SE CONHECEM.
No transcorrer dos últimos 50 anos, os avanços acelerados da ciência têm gerado crescente brecha entre os conhecimentos do público e aquelas possuídas e utilizadas pelas elites dominantes. Graças à biologia, à neurobiologia e à psicologia aplicada, o “sistema” tem desfrutado de um conhecimento avançado do ser humano, tanto de forma física como psicologicamente. O sistema tem conseguido conhecer melhor o indivíduo comum do que ele mesmo conhece a si mesmo. Isto significa que, na maioria dos casos, o sistema exerce um controle maior e um grande poder sobre os indivíduos do que os indivíduos a si mesmos.
O lingüista estadunidense Noam Chomsky elaborou a lista das “10 estratégias de manipulação” através da mídia:
1- A ESTRATÉGIA DA DISTRAÇÃO.
O elemento primordial do controle social é a estratégia da distração que consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e das mudanças decididas pelas elites políticas e econômicas, mediante a técnica do dilúvio ou inundações de contínuas distrações e de informações insignificantes. A estratégia da distração é igualmente indispensável para impedir ao público de interessar-se pelos conhecimentos essenciais, na área da ciência, da economia, da psicologia, da neurobiologia e da cibernética. “Manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por temas sem importância real. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado, sem nenhum tempo para pensar; de volta à granja como os outros animais (citação do texto 'Armas silenciosas para guerras tranqüilas')”.
2- CRIAR PROBLEMAS, DEPOIS OFERECER SOLUÇÕES.
Este método também é chamado “problema-reação-solução”. Cria-se um problema, uma “situação” prevista para causar certa reação no público, a fim de que este seja o mandante das medidas que se deseja fazer aceitar. Por exemplo: deixar que se desenvolva ou se intensifique a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de que o público seja o mandante de leis de segurança e políticas em prejuízo da liberdade. Ou também: criar uma crise econômica para fazer aceitar como um mal necessário o retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços públicos.
3- A ESTRATÉGIA DA GRADAÇÃO.
Para fazer com que se aceite uma medida inaceitável, basta aplicá-la gradativamente, a conta-gotas, por anos consecutivos. É dessa maneira que condições socioeconômicas radicalmente novas (neoliberalismo) foram impostas durante as décadas de 1980 e 1990: Estado mínimo, privatizações, precariedade, flexibilidade, desemprego em massa, salários que já não asseguram ingressos decentes, tantas mudanças que haveriam provocado uma revolução se tivessem sido aplicadas de uma só vez.
4- A ESTRATÉGIA DO DEFERIDO.
Outra maneira de se fazer aceitar uma decisão impopular é a de apresentá-la como sendo “dolorosa e necessária”, obtendo a aceitação pública, no momento, para uma aplicação futura. É mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um sacrifício imediato. Primeiro, porque o esforço não é empregado imediatamente. Em seguida, porque o público, a massa, tem sempre a tendência a esperar ingenuamente que “tudo irá melhorar amanhã” e que o sacrifício exigido poderá ser evitado. Isto dá mais tempo ao público para acostumar-se com a idéia de mudança e de aceitá-la com resignação quando chegue o momento.
5- DIRIGIR-SE AO PÚBLICO COMO CRIANÇAS DE BAIXA IDADE.
A maioria da publicidade dirigida ao grande público utiliza discurso, argumentos, personagens e entonação particularmente infantis, muitas vezes próximos à debilidade, como se o espectador fosse um menino de baixa idade ou um deficiente mental. Quanto mais se intente buscar enganar ao espectador, mais se tende a adotar um tom infantilizante. Por quê? “Se você se dirige a uma pessoa como se ela tivesse a idade de 12 anos ou menos, então, em razão da sugestão, ela tenderá, com certa probabilidade, a uma resposta ou reação também desprovida de um sentido crítico como a de uma pessoa de 12 anos ou menos de idade (ver “Armas silenciosas para guerras tranqüilas”)”.
6- UTILIZAR O ASPECTO EMOCIONAL MUITO MAIS DO QUE A REFLEXÃO.
Fazer uso do aspecto emocional é uma técnica clássica para causar um curto circuito na análise racional, e por fim ao sentido critico dos indivíduos. Além do mais, a utilização do registro emocional permite abrir a porta de acesso ao inconsciente para implantar ou enxertar idéias, desejos, medos e temores, compulsões, ou induzir comportamentos…
7- MANTER O PÚBLICO NA IGNORÂNCIA E NA MEDIOCRIDADE.
Fazer com que o público seja incapaz de compreender as tecnologias e os métodos utilizados para seu controle e sua escravidão. “A qualidade da educação dada às classes sociais inferiores deve ser a mais pobre e medíocre possível, de forma que a distância da ignorância que paira entre as classes inferiores às classes sociais superiores seja e permaneça impossível para o alcance das classes inferiores (ver ‘Armas silenciosas para guerras tranqüilas’)”.
8- ESTIMULAR O PÚBLICO A SER COMPLACENTE NA MEDIOCRIDADE.
Promover ao público a achar que é moda o fato de ser estúpido, vulgar e inculto…
9- REFORÇAR A REVOLTA PELA AUTOCULPABILIDADE.
Fazer o indivíduo acreditar que é somente ele o culpado pela sua própria desgraça, por causa da insuficiência de sua inteligência, de suas capacidades, ou de seus esforços. Assim, ao invés de rebelar-se contra o sistema econômico, o individuo se auto-desvalida e culpa-se, o que gera um estado depressivo do qual um dos seus efeitos é a inibição da sua ação. E, sem ação, não há revolução!
10- CONHECER MELHOR OS INDIVÍDUOS DO QUE ELES MESMOS SE CONHECEM.
No transcorrer dos últimos 50 anos, os avanços acelerados da ciência têm gerado crescente brecha entre os conhecimentos do público e aquelas possuídas e utilizadas pelas elites dominantes. Graças à biologia, à neurobiologia e à psicologia aplicada, o “sistema” tem desfrutado de um conhecimento avançado do ser humano, tanto de forma física como psicologicamente. O sistema tem conseguido conhecer melhor o indivíduo comum do que ele mesmo conhece a si mesmo. Isto significa que, na maioria dos casos, o sistema exerce um controle maior e um grande poder sobre os indivíduos do que os indivíduos a si mesmos.
Filme: Podres Poderes. Comedia. Duração 97
minutos. 1996. RioFilme. Marisa orth, Antonio Fagundes, Sergio Mambert, Otavio
Augusto.
ANEXO 07
ATIVIDADE MUSICA E POLITICA
Formar grupos de 04 pessoas. Enquanto trabalhamos ficamos
ouvindo as musicas.
1)cada dupla recebe uma letra diferente, le e escreve o
que entendeu, depois comenta para os demais.
2)a seguir fazemos uma grande roda de conversa e
discutimos qual a diferença entre a politica partidaria tal qual estamos viveco
e a nossa participação na politica cotidiana.
Músicas (podem ser
usadas as que considerarmos mais adequadas)
Comunidade Carente – Zeca
pagodinho - 2003 - Acústico
MTV - Ano – 2003 - Universal
Inútil - Ultraje A Rigor
Inútil - Ultraje A Rigor
Luís Inácio (300 picaretas) - Os Paralamas do Sucesso
Mobral - Os
Paralamas do Sucesso - Composição:
Herbert Vianna
Que País É Esse - Legião Urbana - Composição: Renato Russo
Nossa Realidade em
Forma de Protesto - Barão
Vermelho - Composição: Marília Carolina/Crisóstomo
Pimentel
Desemprego
- Titãs -
Composição: Renato Russo
Desordem - Titãs
Vossa Excelência
- Titãs -
Composição: P. Miklos, T. Bellotto, C.Gavin
Insatisfação
- Garotos
Podres
Não Devemos Temer - Garotos Podres
Proletários
- Garotos
Podres
Subúrbio Operário
- Garotos
Podres
Vou Fazer Cocô - Garotos
Podres
Eu não gosto do governo - Garotos Podres
Miseráveis Ovelhas
- Garotos Podres
Aos Donos da Minha Nação - Bezerra
da Silva - Composição: Bezerra da Silva
Assombração de Barraco - Bezerra da Silva -
É Ladrão Que Não Acaba Mais - Bezerra
da Silva - Composição: Bezerra da Silva
Vítimas da Sociedade
- Bezerra
da Silva
Ei Presidente
- Gog
Comunidade Carente – Zeca pagodinho - 2003 - Acústico MTV - Ano – 2003 - Universal
Eu moro numa comunidade carente / Lá ninguém liga pra gente / Nós vivemos muito mal / Mas esse ano, nós estamos reunidos / Se algum candidato atrevido / For fazer promessa, vai levar um pau / Vai levar um pau / Pra deixar de cão / E ser mais solidário / Nós somos carentes, não somos otários / Pra ouvir blá, blá, blá / Em cada eleição / Nós já preparamos vara de marmelo / E arame farpado / Cipó-camarão para dar no safado / Que for pedir voto na jurisdição / É que a galera já não tem mais saco / Pra aturar pilantra
Estamos com eles até a garganta / Aguarde pra ver a nossa reação
Inútil - Ultraje A Rigor
A gente não sabemos escolher presidente / A gente não sabemos tomar conta da gente / A
gente não sabemos nem escovar os dente
/ Tem gringo pensando que nóis é
indigente / Inútil!
/ A gente somos inútil! /
Inútil! / A gente somos inútil! / Inútil! / A
gente somos inútil! / Inútil!
/ A gente somos inútil! / A
gente faz carro e não sabe guiar / A gente faz trilho e não tem trem prá
botar /
A gente faz filho e não consegue criar
/ A gente pede grana e não
consegue pagar / Inútil! / A
gente somos inútil! / Inútil!
/ A gente somos inútil! /
Inútil! / A gente somos inútil! /
Inútil! / A gente somos inútil! / A
gente faz música e não consegue gravar
/ A gente escreve livro e não
consegue publicar / A gente escreve peça e não consegue
encenar / A gente joga bola e não consegue ganhar /
Inútil! / A gente somos inútil! /
Inútil! / A gente somos inútil! /
Inútil! / A gente somos inútil! /
Inútil! / A gente somos inútil! /
Luís Inácio (300 picaretas) - Os Paralamas do Sucesso
Luís Inácio falou, Luís Inácio avisou / São
trezentos picaretas com anel de doutor
/ Luís Inácio falou, Luís Inácio
avisou /
Luís Inácio falou, Luís Inácio avisou
/ São trezentos picaretas com anel
de doutor / Luís Inácio falou, Luís Inácio avisou / Eles
ficaram ofendidos com a afirmação / Que reflete na verdade o sentimento da
nação /
É lobby, é conchavo, é propina e jeton
/ Variações do mesmo tema sem sair
do tom /
Brasília é uma ilha, eu falo porque eu sei / Uma
cidade que fabrica sua própria lei
/ Aonde se vive mais ou menos
como na Disneylândia / Se essa palhaçada fosse na Cinelândia / Ia
juntar muita gente pra pegar na saída
/ Pra fazer justiça uma vez na
vida /
Eu me vali deste discurso panfletário
/ Mas a minha burrice faz
aniversário / Ao permitir que num país como o Brasil /
Ainda se obrigue a votar por qualquer trocado / Por
um par se sapatos, um saco de farinha
/ A nossa imensa massa de
iletrados / Parabéns, coronéis, vocês venceram outra
vez /
O congresso continua a serviço de vocês
/ Papai, quando eu crescer, eu
quero ser anão / Pra roubar, renunciar, voltar na próxima
eleição / Se eu fosse dizer nomes, a canção era pequena
João Alves, Genebaldo, Humberto Lucena / De
exemplo em exemplo aprendemos a lição
/ Ladrão que ajuda ladrão ainda
recebe concessão / De rádio FM e de televisão /
Rádio FM e televisão / Luís Inácio falou, Luís Inácio avisou / São
trezentos picaretas com anel de doutor / Luís Inácio falou, Luís Inácio avisou / São
trezentos picaretas com anel de doutor
/ Luís Inácio falou, Luís Inácio
avisou /
São trezentos picaretas com anel de doutor / Luís
Inácio falou, Luís Inácio avisou / São trezentos picaretas com anel de doutor
Mobral - Os Paralamas do Sucesso -
Composição: Herbert Vianna
Do que adiantam?
Placas. Bulas, instruções...
/ Do que adiantam? /
Letras impressas das canções...
/ Do que adiantam? / Gestos
educados, convenções... / Do que adiantam? /
Emendas , constituições / Se o teto da escola caiu / Se
a parede da escola sumiu / Sem dente o professor sorriu /
Calado recebeu dez mil / E depois assistiu na Tevê / Em
cadeia para todo Brasil / O projeto, a tal salvação /
Prestou atenção e no entanto não viu
/ A merenda, que é só o que
atrai /
A cadeia para qual o rico vai
/ Despachantes, guichês,
hospitais / E os letreiros de frente pra trás / Aos
olhos de quem / Só aprendeu o bê-á-bá / Pra
tirar carteira de trabalho / E não entendeu Zé Ramalho cantar /
Vida de gado / Povo
marcado / Povo feliz
Que País É Esse - Legião Urbana - Composição: Renato Russo
Nas favelas, no senado
/ Sujeira pra todo lado /
Ninguém respeita a Constituição
/ Mas todos acreditam no futuro
da nação / Que país é esse / Que
país é esse / No Amazonas, no Araguaia iá, iá, / Na
Baixada Fluminense / Mato Grosso, nas Gerais / E no
Nordeste tudo em paz / Só mesmo morto eu descanso / Mas
o sangue anda solto / Manchando os papéis, documentos fiéis / Ao
descanso do patrão / Que país é este / Que
país é este / Que país é este / Que
país é este / Terceiro mundo, se for /
Piada no exterior / Mas o Brasil vai ficar rico /
Vamos faturar um milhão / Quando vendemos todas as almas / Dos
nossos índios em um leilão / Que
país é este / Que país é este / Que
país é este / Que país é este
Nossa Realidade em Forma de Protesto -
Barão Vermelho -
Composição: Marília Carolina/Crisóstomo Pimentel
Vejo na televisão vejo em revistas ..... / Como
estão os jovens hoje .... / Só vêem os nossos erros..... / Não
vêem o que precisamos...... / Eles só vêem e escutam o que querem acreditar
.... /
Não se importando se esta errado ou certo / Não
se importando se é mentira ou verdade
/ Só olham pra nossos erros pras
nossas desgraças .... / Não olham para o que necessitamos, pra isso
eles fecham os / olhos
/ ligo a televisão só vejo jovens
nas ruas passando fome .... / E eles prometendo e ñ cumprindo /
Prometeram acabar com a fome, pelo menos diminuir nossos indices /
........ / Cade ? que nada /
Desviam o dinheiro e fica por isso mesmo...... / E as
escolas ? / Cade ? que nada / Já
que estamos nesse assunto vamos falar mais um pouco.. / E as
familias brasileiras .... / De baixa renda lógico ..... / Vejo
mães tendo que mandar seus filhos irem pra casas de farinha / ,ou
pra plantações .... Pra poder ajudar a por comida em cima da mesa... /
Enquanto deveriam estar na escola ....Aprendendo ... / Pelo
menos deveriam ter uma chance de tentar ser alguem /
........ / Tentar ter um futuro ....... / Cade
? que nada ainda estas nessa .....
/ Tento manter minha esperança
viva .... Mas ela esta muito doente
/ .... / Não
por quanto tempo ela vai resistir
/ refrão / Vejo
na televisão vejo em revistas .....
/ Como estão os jovens hoje
.... /
Só vêem os nossos erros..... / Não
vêem o que precisamos...... / Eles só vêem e escutam o que querem acreditar
.... /
Não se importando se esta errado ou certo /
Não se importando se é mentira ou verdade. /
Acredite em nós .... / Nos dê uma chance ... /
Apenas uma .... / Refrão
/ Vejo na televisão vejo em
revistas ..... / Como estão os jovens hoje .... / Só
vêem os nossos erros..... / Não vêem o que precisamos...... / Eles
só vêem e escutam o que querem acreditar ....
/ Não se importando se esta errado
ou certo / Não se importando se é mentira ou
verdade / É a nossa realidade .... Infelizmente
Desemprego - Titãs - Composição: Renato Russo
Não sei se tenho medo
/ Não sei se tenho medo /
Trabalho o tempo inteiro / Estou procurando emprego / E é
mais um aumento / Não tenho mais dinheiro /
Atraso o aluguel / Não compro alimento / Não
sei se tenho medo / Não sei se tenho medo / Só
este desespero / Esqueço quando bebo /
Quem vai ter decidido / Quem vai dançar primeiro / E o
pouco que recebo / É uma metade pelo meio / Não
sei se tenho medo / Não sei se tenho medo / Só
este desespero / Esqueço quando bebo / E é
mais um aumento / Não
tenho mais dinheiro / Atraso o aluguel / Não
compro alimento
Desordem - Titãs
Os presos fogem do presídio /
Imagens na televisão / Mais uma briga de torcidas /
Acaba tudo em confusão / A multidão enfurecida /
Queimou os carros da polícia
/ Os presos fogem do
controle / Mas que loucura esta nação / Não
é tentar o suicídio / Querer andar na contramão? / Quem
quer manter a ordem? / Quem quer criar desordem? / Quem
quer manter a ordem? / Quem quer criar desordem? / Quem
quer manter a ordem? / Quem quer criar desordem? / Quem quer manter a ordem? / Quem
quer criar desordem? / Não sei se existe mais justiça / Nem
quando é pelas próprias mãos / População enlouquecida /
Começa então o linchamento / Não sei se tudo vai arder / Como
algum liquido inflamável / O que mais pode acontecer / Num
país pobre miserável / E ainda pode se encontrar / Quem
acredite no futuro / Quem quer manter a ordem? / Quem
quer criar desordem? / Quem quer manter a ordem? / Quem
quer criar desordem? / Quem quer manter a ordem? / Quem
quer criar desordem? / Quem quer manter a ordem? / Quem
quer criar desordem? / É seu dever manter a ordem / É
seu dever de cidadão / Mas o que é criar desordem / Quem
é que diz o que é ou não? / São sempre os mesmos governantes / Os
mesmos que lucraram antes / Os sindicatos fazem greve /
Porque ninguém é consultado
/ Pois tudo tem que virar
óleo /
Pra por na máquina do estado
/ Quem quer manter a ordem? / Quem
quer criar desordem? / Quem
quer manter a ordem? / Quem quer criar desordem? / Quem
quer manter a ordem? / Quem quer criar desordem? / Quem
quer manter a ordem? / Quem quer criar desordem?
Vossa Excelência - Titãs - Composição: P. Miklos, T. Bellotto, C.Gavin
Estão nas mangas dos Senhores Ministros / Nas
capas dos Senhores Magistrados / Nas golas dos Senhores Deputados / Nos
fundilhos dos Senhores Vereadores / Nas perucas dos Senhores Senadores Senhores! /
Senhores! / Senhores!
/ Minha Senhora! /
Senhores! / Senhores!
/ Filha da Puta! /
Bandido! / Corrupto!
/ Ladrão! /
Sorrindo para a câmera / Sem saber que estamos vendo /
Chorando que dá pena / Quando sabem que estão em cena /
Sorrindo para as câmeras / Sem saber que são filmados / Um
dia o sol ainda vai nascer / Quadrado
/ Isso não prova nada! / Sob
pressão da opinião pública / É que não
haveremos de tomar nenhuma decisão!
/ Vamos esperar que tudo caia no
esquecimento / Aí então...
/ Faça-se a justiça! /
Vamos arrumar vossas acomodações, Excelência. /
Filha da Puta! Senhores! Corrupto!
/ Senhores! Bandido! Senhores!
Ladrão!
Insatisfação - Garotos Podres
Insatisfação 4x
/ Vivemos num mundo / De
insatisfação / Ninguém esta contente / Com
a inflação / Greves no ABC
/ Guerra no Oriente Médio / Os dias
estão passando / E não descobrem o remédio /
Greves passeatas / E tudo mais
/ Tudo isto esta acontecendo / Pela
causa da paz / Mas por interesses pessoais /
Pessoas estão se vendendo / Pensam em ganhar mais / Mas
não sabem o que estão fazendo / Insatisfação 4x /
Insatisfação é o que estou vivendo
/ Ligo a TV e só vejo pessoas
morrendo / Insatisfação 4x /
Insatisfação é o que estou vivendo
/ Ligo a TV e só vejo pessoas
morrendo / Insatisfação 4x
Não Devemos Temer - Garotos Podres
Oi oi oi... / Não devemos temer / os
que detêm o poder / Se eles são um / nós
somos um milhão / Os esfolados precisam / de
se unir / Para o sistema /
destruir / Oi oi oi...
/
Proletários - Garotos Podres
Já não acreditamos
/ Em nenhuma teoria /
Falsas verdades / Da elite minoria /
Arreiem todas bandeiras / Destruam todas as fronteiras / Todo
proletário / Se libertar
/ Do Estado /
Proletário / Deixamos os generais / Sem
exércitos / Os patrões sem empregados / Os
demagogos sem nossos votos / Os exploradores / Sem
explorados / Proletário
/ Proletários / De
todo mundo / Sobre as ruínas / Da
hipocrisia / Marchem ombro a ombro / De
cabeças erguidas / Proletário
Subúrbio Operário - Garotos Podres
Nasceu num subúrbio operário, / de
um país subdesenvolvido, / apenas parte da massa, / de
uma sociedade falida, /
submisso a leis injustas / que o fazem calar. /
Manipulam seu pensamento / e o impedem de pensar /
Solitário em meio a multidão
/ sufocado pela fumaça /
rodeado pelo concreto / Perdido no meio da massa /
apenas caminhando / no compasso de seus passos / seu grito de ódio ecoa pelo espaço / Sem
esperança de uma vida melhor / pois os parasitas, sugam o seu suor / Sem
esperança de uma vida melhor / pois os parasitas, sugam o seu suor /
Sobrevivendo das migalhas / que caem das mesas / os
donos do papel, / os donos do papel!!! /
Vou Fazer Cocô -
Garotos Podres
Enquanto você / De paletó e gravata / Aparece na TV / diz coisas que não consigo entender! / O que que eu faço ? / - Vou fazer cocô! / O que que eu faço ? / - Vou fazer cocô! / Você vive prometendo / que tudo vai melhorar / mas cada vez mais / está pior a situação / Enquanto você promete / - Vou fazer cocô! / Enquanto você promete / - Vou fazer cocô! / Enquanto você / sobe no palanque para tentar enganar / todo mundo! / Enquanto você fala / Vou fazer cocô! / Enquanto você fala / - Vou fazer cocô!
Eu não gosto do governo - Garotos Podres
Eu não gosto do governo / Não confio no presidente / Eu não acredito na "Ordem e Progresso" / Lá,lá,lá,lá,lá,hei! / Lá,lá,lá,lá,lá! / Lá,lá,lá,lá,lá,lá,lá,lá,lá,lá,lá,lá!! / Façam bem podem me censurar / Pois não sou obrigado a gostar / Confiar, acreditar em nada?
Miseráveis Ovelhas - Garotos Podres
miseráveis ovelhas / de
um imenso rebanho / onde os pastores / são
os próprios chacais / se vossas mortes / lhe
trouxer algum lucro / eles os matarão como animais / para
eles trabalha / e lhes dá a vida / em
troca eles lhes dão / a fome, a miséria e a escravidão / e
quem são eles? / são os donos do sistema / donos
de suas vidas / e de sua maldição
Aos Donos da Minha
Nação -
Bezerra da Silva -
Composição: Bezerra da Silva
Eu vi um cruel da pesada chorando / No lamento que estou
lhe falando / Que assaltou um barraco na
favela /
E deu à vitima todos os seus pertences
/ Porque lá não tinha nem um pão
pros filhos inocentes / Aí, eu cheguei a conclusão / Doeu
demais a consciência do ladrão / Ele em seu desespero deu um bote errado /
Assaltou um descamisado / Sem futuro e sem razão /
Chorou diante daquela situação
/ De ver tanta criança morrendo
de inalição / Muito mais humano / Do
que esse político vilão / Que usa os favelados /
Somente pra ganhar eleição / Com todo respeito / Aos
donos da minha nação / Sou obrigado a elogiar esse ladrão
Assombração de
Barraco - Bezerra da Silva -
Eu já ando injuriado, ô xará / Meu
salário defasado, / Meu povo todo esfomeado / E
ainda é intimado a votar / Vejo
que essa previdência / Não tem competência pra ser social / O
trabalhador adoece e morre na fila do hospital
/ Enquanto uma pá de aspone que
dorme e come mamando na teta / E os pc's na mamata sempre fazendo
mutreta / Roubando dinheiro do povo e mandando pra
suíça na maior careta / Refrão
/ Isso é que é covardia que me arrepia
e me faz chorar / É fraude por todos os lados e ninguém
consegue grampear os / Culpados
/ É que na realidade a impunidade
tá feia demais / E uma pá de cheque-fantasma assustando o
planalto central / Assombração de barraco ou ladrão de gravata e
não é marginal / Refrão
É Ladrão Que Não Acaba
Mais -
Bezerra da Silva -
Composição: Bezerra da Silva
Quando Cabral aqui chegou
/ E semeou sua semente /
Naturalmente começou / A lapidação do ambiente /
Roubaram o ouro, roubaram o pau
/ Pra ficar legal, ainda tiraram
o couro / Do povo dessa terra original / E só
deixaram a má semente / Presente de Grego / Que
logo se proliferou / E originou a nossa gente /
[Refrão] / É ladrão que não acaba mais / Tem
ladrão que não acaba mais / Você vê ladrão quando olha / pra
frente /
Você vê ladrão quando olha pra trás
/ E, a terra boa, mais o povo
continua escravizado / Os direitos são os mesmos /
Desde os séculos passados / O
marajá, ele só anda engravatado / Não trabalha, não faz nada / Mas
ta sempre endinheirado / Se entrar no supermercado...Você é
roubado / E se andar despreocupado...Você é roubado / E se
pegar no ponto errado...Você é roubado
/ E também se votar pra
deputado...Você é roubado / Certo! Tem sempre 171 armando fria / Tem
ladrão lá no congresso, na fila da padaria
/ Ladrão que rouba de noite,
ladrão que rouba de dia / Dentro da delegacia, ninguém entendia a maior
confusão / O doutor delegado grampeou todo mundo /
Porque o ladrão roubou outro ladrão
/ [Refrão] / É
ladrão que não acaba mais / Tem ladrão
que não acaba mais / Você vê ladrão quando olha pra frente /
Você vê ladrão quando olha pra trás
Vítimas da Sociedade - Bezerra da Silva
Se vocês estão a fim de prender o ladrão /
Podem voltar pelo mesmo caminho /
O ladrão está escondido lá embaixo
/ Atrás da gravata e do colarinho / O
ladrão está escondido lá embaixo / Atrás da gravata e do colarinho / Só
porque moro no morro / A minha miséria a vocês despertou / A
verdade é que vivo com fome / Nunca roubei ninguém, sou um trabalhador / Se
há um assalto à banco / Como não podem prender o poderoso chefão / Aí
os jornais vêm logo dizendo que aqui no morro só mora ladrão / Se
vocês estão a fim de prender o ladrão
/ Podem voltar pelo mesmo caminho / O
ladrão está escondido lá embaixo / Atrás da gravata e do colarinho / O
ladrão está escondido lá embaixo / Atrás da gravata e do colarinho /
Falar a verdade é crime / Porém eu assumo o que vou dizer / Como posso ser ladrão / Se
eu não tenho nem o que comer / Não
tenho curso superior / Nem o meu nome eu
sei assinar / Onde foi se viu um pobre favelado
/ Com passaporte pra poder
roubar / / Se
vocês estão a fim de prender o ladrão
/ Podem voltar pelo mesmo caminho / O
ladrão está escondido lá embaixo / Atrás da gravata e do colarinho / O
ladrão está escondido lá embaixo / Atrás da gravata e do colarinho / No
morro ninguém tem mansão / Nem casa de campo pra veranear / Nem
iate pra passeios marítimos / E nem avião particular /
Somos vítimas de uma sociedade
/ Famigerada e cheia de malícias / No
morro ninguém tem milhões de dólares
/ Depositados nos bancos da Suíça / Se
vocês estão a fim de prender o ladrão
/ Podem voltar pelo mesmo caminho / O
ladrão está escondido lá embaixo / Atrás da gravata e do colarinho / O
ladrão está escondido lá embaixo / Atrás da gravata e do colarinho
Ei Presidente - Gog
Ei presidente li um dos seus livros / Um
best seller do socialismo / Confusões relatos cinceros / Um
defensor da foice e do martelo ham
/ Parecia só parecia /
Deixou pra tras a rebeldia / Pra assumir de vez a bandeira da
covardia / Não então vejamos / Mal
fazem trinta anos que nos afastam da farda
/ Dos soldados dos companheiros
mortos dos exilados / Dos exumados queimados vivos /
Queima de arquivo / Dos cemitérios clandestinos / De
um cidadão de nome ou destino / Dos atos institucionais / Do
brasil nunca mais / Tortura e você se faz de esquecido / Nega
a autoria dos seus livros / Se alia aos antigos inimigos por comodidade / Ato
cometido na quebrada só / Pelos caguetas mais covardes /
Agora é tarde pra você / O povo não quer mais te ver / Caiu
na real / Depois do conto do real / Tem
até alta patente querendo antecipar seu funeral
/ Reagir / É
proibido proibir então ouvi ai / Terra seca falta d'agua /
Talves por isso guardo tanta mágoa
/ Dia de missa deus nos
ajude /
E na fazenda ha dos amigos do
congresso tem açude / Construida com a verba municipio
destinada / A dor o sofrimento juntos são uma porrada
/ Civis já foram três do
jetski /
Ao vinho françes / Nossa diferença vai dar cor ao
pensamento / Sociologo nogento / 2x
isso acontece porque o presidente / Não é gente não é gente da gente / Um
senhor pediu um troco convidei pra sentar a mesa /
Disso pago tudo menos alcool cigarro assim seja /
Sentou contou / Como ingressou no vicio se emocionou /
Deixou mulher filhos venho em busca de emprego digno /
Levantando cedo e nada / Bateu de frente com a cachaça / Tem
mais de ano que não manda carta / Dinheiro nem se fala /
Horario eleitoral anuncia / Trabalho cidadania crescimento /
Mortalidade em baixa eu não to vendo
/ Tem alto escalão e alta escala
se vendendo / Ei presidente sua popularidade não parade
cair /
Sua acessoria diz que é fase
/ Inverta a situação com
publicidade / Cria alternativas monta um disfarce / Será
que da seu joão só conhece o faustão
/ Nunca ouviu falar de rap /
Pegou a fila do ratinho pra produção sua estória era leve / Não
comovia volte outro dia / Perto de casa tem o que o programa
queria / Um velho com oitenta anos /
Vivendo fora de seus planos
/ Sonhava com aposentadoria o
fundo de garantia / Governo collor tudo retido /
Menos da metade devolvido / Vive o pesadelo /
Plaquinha compra ouro plaquinha de emprego / Ele
é um dos que você em frente a todo mundo
/ Chamam de vagabundo me
explica / Na inauguração da globo em são paulo / Você
na primeira fila / Heliopolis queimou de
ponta a ponta / Não consolou nenhuma familia / Não
se comovou com os prantos / E socorreu os bancos / Fhc
ou thc pro meu povo o que é pior? / Sem você ano 2000 melhor /
Entregou que com suor / Se construiu aqui / Aos
grupos internacionais ao fmi / Não vou mentir omitir que / Você
não é você / Você é simplesmente isso / É
sujo é podre é lixo / E continua o bombardeio pela gravata /
Viagens com dinheiro alheio
/ Terno emgomado pra agradar aos
estrangeiros / Esposa ao lado filhos familia /
Esquema escencial a sua quadrilha
/ Caviar champagne jantar de
negocios / Os traidores da nação são quem são seus
sócios /
Aviso aos desavisados / Estamos bem organizados / 2x
isso acontece porque o presidente
/ Não é gente não é gente da
gente
[1] Outros
planos foram escritos e todos estão disponíveis nos links (podem existir
algumas diferenças pois com o tempo outras questões foram revistas modificadas
ou acrescentadas) Plano de Formação das Professoras Coordenadoras Pedagógica
PLANO DE
FORMAÇÃO DO CONSELHO DE ESCOLA
PLANO FORMAÇÃO GRÊMIO ESTUDANTIL DA EE PROF ISAAC SCHRAIBER 2015
http://eeprofessorisaacschraiber.blogspot.com.br/2015/05/plano-formacao-gremio-estudantil-da-ee.html
[2] Esse texto foi
publicado originalmente em 14 de Novembro de 1982 no suplemento “Folhetim” do
Jornal Folha de São Paulo.
[3] Como não ser enganado
nas eleições/ Gilberto Dimenstein/ Editora Ática/ 1994
[4] ARAUJO, de Ulisses F. ASSEMBLÉIA ESCOLAR – Um
caminho para a resolução de conflitos.
Moderna, SP, 2004
[5] Nesse caso o tempo do mandato é definido por lei, mas
em outras situações esse tempo também precisa ser previamente combinado.
Não deveria existir a possibilidade de reeleição.
[6]
Se
alguém tiver duvidas muitos dos personagens citados estão ainda hoje por aqui
para darem seu depoimento.
[7]
Refiro-me ao hoje Prof Dr. Edvaldo Vieira da Silva, amigo irmão com quem tenho
o privilegio de mais de 30 anos de relacionamento. Nossas vidas se entrelaçam,
muitas das coisas que escrevo são por ele influenciadas e revistas.
[8]
Essa oficina já foi realizada na Ação Educativa em curso que ministrei na
Cidade Tiradentes em 2000, no Centro de Defesa da Criança e do Adolescente
Monica Paião Trevisan no Pq Santa madalena em 2001e na EE Pro Isaac Schraiber
quando eu era professor de História.
[9]
É especialista em marketing político.
Publicado em Como não ser enganado nas eleições/ Gilberto Dimenstein/
Editora Ática/ 1994
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