terça-feira, 12 de maio de 2015

PLANO FORMAÇÃO GRÊMIO ESTUDANTIL DA EE PROF ISAAC SCHRAIBER 2015

Titulo: DEMOCRACIA: Aprender a ser, aprender a fazer - PLANO de FORMAÇÃO para o GREMIO ESTUDANTIL[1] 

“O voto universal é a aparência do governo popular. Os eleitos acabam por emancipar-se da dependência do povo, e a política torna-se ciência oculta que a população não entende.” (TRAGTENBERG, 1982)[2]

Instituição proponente: EE Prof. Isaac Schraiber –
Antonio Carlos de Oliveira – vice diretor – 03/04/15

Introdução/Justificativa:

O Brasil é uma REPUBLICA, “res-publica”, coisa pública, que tem sido sempre e cada vez menos, pública para ser privada. Como sociedade democrática de economia capitalista organiza sua forma de governo baseada na democracia representativa. O povo elege seus representantes para o legislativo e executivo. Os legisladores escrevem as leis e fiscalizam a aplicação das mesmas pelos que a executam, o executivo. Teoricamente, os eleitos representam o povo, os eleitores, assim sendo deveriam atender aos anseios e necessidades dos eleitores.

Os vários partidos que se sucedem nos governos das mais diferentes esferas municipais, estaduais e federal, tem agido no sentido de primeiro beneficiar a si mesmo, depois os investidores das suas campanhas, seus correligionários e se, mas esse “se” é um grande “se” mesmo, restar tempo, dinheiro e vontade política, seus eleitores, o povo. Para garantir suas benesses criam as mais diversas estratégias para se perpetuar no poder, garantir seus privilégios, a seus padrinhos e apadrinhados.

A escola é um “micro cosmos” que tendem a reproduzir o que acontece no “macro cosmos”, assim de forma semelhante ao que acontece com os adultos, os jovens também prometem mundos e fundos, para se elegerem, depois, rapidamente esquecem ou percebem que não podem cumprir suas promessas[3].

Como afirma Aráujo (2004, p.70):
“Não trabalhamos com o conceito de que devemos eleger para mandatos anuais nossos representantes de classe, ou de grêmios estudantis, ou os representantes docentes que participarão dos conselhos, etc. Por exemplo, numa forma de transposição perversa da política partidária para o espaço escolar, mais de uma vez presenciei eleições escolares em que crianças ofereciam vantagens (e coisas materiais) a seus colegas, se lhes dessem o voto para representante de classe. Não é esse tipo de formação que almejamos. Costumo fazer uma analogia de que nosso objetivo não é “o de formar pequenos politicos, que assumem a função de representar a sociedade, mas quando estão no exercicio de suas responsabilidades, representam apenas a si mesmos e a seus proprios interesses”.[4]


Assim faz-se necessário rever essa forma de Democracia Representativa investindo sempre e cada vez mais no máximo possível de DEMOCRACIA DIRETA. Deixando explicito que o eleito representa seus pares, o eleitor. O eleito precisa estar sempre em contato com o eleitor discutindo os itens a serem sugeridos na pauta, não decidindo sem consultar seus eleitores, a não ser que essa delegação já tenha sido previamente realizada.[5] Em caso de desrespeito ao desejo do eleitor, garantido sua plena defesa, o eleito poderá perder seu cargo e uma nova eleição ocorrerá.

Considerando tudo o que até aqui foi exposto observamos que o conceito “DEMOCRACIA” até pode ser ensinado, contudo a vivência DEMOCRÁTICA DIRETA é algo que precisa ser apreendido, quanto mais cedo se iniciar esse aprendizado e quanto mais profunda, crítica, diversificada for essa vivência, mais rica e, portanto, mais apreendida poderá ser.

Nesse sentido que além de sugerir um passo a passo concreto para organização do GREMIO ESTUDANTIL é necessário momentos de formação e acompanhamento.
A DEMOCRACIA DIRETA é algo que precisa ser vivenciado, o passo a passo norteará os porquês e como dessa organização. Os momentos de formação poderão ser utilizado para o auto conhecimento, fortalecimento do grupo e, dentro do possível preparação para alguns dos desafios que virão. O acompanhamento, por exemplo, mensal poderá servir para manter a coesão evitando a dispersão do grupo, discutir o cotidiano da escola, verificar e corrigir as dificuldades que o grupo vivencia.



LUTAR PARA SE ORGANIZAR, SE ORGANIZAR PARA LUTAR[6].
Um aparte farei um brevíssimo relato da experiência que vivi como participante do grêmio estudantil para destacar o quanto essa experiência foi importante, nossa ação foi de luta, embate, um passo significativo para ao aprendizado político, de organização na escola ou no bairro, enfim em geral. 
Em 1985 vindo do movimento punk, fui para o antigo 2º grau (atual ensino médio) na EE Orlando Silva, localizada no mesmo bairro onde resido, lá encontrei outros jovens com quem me associei para atuar no então Centro Cívico Escolar. Nessa época existia a figura do professor orientador do centro cívico que recebia 20 horas aulas mensais. Teríamos de nos reportar a ele para fazer o que desejássemos. Nossa primeira deliberação foi dispensa-lo de tal função.
Como não concordávamos com a denominação e a finalidades do Centro Cívico que foi criado na ditadura civil/militar em substituição aos grêmios estudantis, deliberamos, assim como em outras escolas, por criar a comissão “pró grêmio estudantil” e colocar nomes fictícios na ata do C.C. assim a direção não teria como nos identificar e não legitimaríamos essa forma de organização resquício da ditadura.
Durante os três anos do antigo 2º grau nos mobilizávamos com frequência, fizemos greves durante todo esse período por problemas de infraestrutura (telhado caindo, troca de iluminação com lâmpadas inadequadas, muro quebrado, etc), também por falta de transparência e de espaço para o dialogo com a direção, de democracia, e ainda por conta das dificuldades de ensino de alguns professores.
Deliberávamos a greve, mas íamos à escola e desenvolvíamos as mais diferentes atividades com jogos, musicas grupos de estudo, assim pretendíamos deixar claro que nossa ação não era simplesmente para matar aula.
Publicamos um boletim semestral, às vezes até bimestral do Grêmio intitulado “Aos gritos – para não dizer que não grite na escola”. O Professor de matemática, Pedro, trabalhava com manutenção de fotocopiadoras e reproduzia nosso boletim que era entregue um para cada aluno. Fizemos greve “contra” o Pedro que tinha muitas dificuldades didáticas, militante do PCdoB ainda assim foi uma das muitas figuras generosas que conheci como aluno.
Em mais de um exemplar tratamos a direção como “fascista, autoritária, reacionária” e apresentávamos nossos argumentos para justificar tais palavras e nossas propostas. Acredito que devido a nossa força para mobilização nunca sofremos individualmente ou coletivamente nenhum tipo de intimidação ou repressão.
Qualquer problema na escola e um de nós passava na sala dos outros e no intervalo rapidamente conversávamos e respondíamos de imediato, no máximo no dia seguinte fazíamos uma reunião do grêmio, consultávamos outros colegas de turma e assim construíamos nossas intervenções.
Percebemos ainda no 1º ano que quando questionávamos a direção de formas mais incisiva a resposta era “o Conselho de Escola ou a Associação de Pais e Mestres deliberou”, assim nos organizamos e a partir do 2º ano fomos ocupando espaço tanto no Conselho quanto na APM o que fez toda diferença ampliando nossa força de mobilização, agora falávamos também com pais, professores e funcionários e nossas deliberações tinham caráter legal o que imprimia mais legitimidade as nossas ações.
Tivemos situações em que contrários à postura da direção, muitas vezes nos finais de semana, íamos à casa dos pais dos alunos falar com eles, explicar a posição da direção e a nossa e convida-los para participar da reunião do Conselho ou da APM, a partir dessa atitude se não ganhávamos da direção empatávamos e a mesma tinha de negociar.
Conforme sugestão do professor Luiz Carlos de Historia, chegamos a organizar comissões de trabalho e uma dessas pretendíamos analisar os planos de ensino dos professores para dialogar com eles sobre os conteúdos e as estratégias de ensino. Pretendíamos porque nunca praticamos era um pouco além de nossa capacidade de organização, conhecimento e disponibilidade de tempo.
Certa feita a Professora Vilma de Física tentou por varias vezes explicar dilatação de sólidos, não conseguiu e na insistência da pergunta de um colega ela perdeu a paciência e o chamou de burro, ele a tratou por ignorante. Outro colega da sala que estudava no SENAI pediu licença foi à lousa e explicou, a maioria entendeu, a professora ficou quieta.
Após uma analise da situação sugerirmos fazer uma avaliação da escola. A direção e os professores concordaram. A reunião começou pelo aluno chamado de “burro” relatando o fato e a professora se desculpando, vários alunos comentaram as aulas e os professores nossas posturas. Foi mágico. Não era uma disputa era um momento de dialogo, de mutuo reconhecimento, de respeito. Todos saímos fortalecidos.
No 3º ano formamos um grupo de estudos que se reunia às vezes no sábado outras no domingo para se preparar para o vestibular. Também tínhamos consciência de nossa saída da escola e já começávamos a preparar o grupo que nos substituiria, estávamos com eles, éramos referencia como liderança, mas não éramos mais o grêmio, tentávamos trazê-los para a participação, integra-los, coloca-los a frente das discussões e ações.
Nessa época sabíamos que tínhamos um espaço dentro da escola e do bairro, com colaboração da diretora da escola “EE Andre Nunes Jr” usamos seu mimeografo a tinta para fazer um manifesto e panfletar na porta das escolas do entorno convidando outros jovens para se organizarem e participarem conosco. Só a nossa escola tinha o 2º grau no bairro, nas demais os alunos eram mais jovens, ainda assim foi uma importante experiência de dialogo e fortalecimento do grêmio.
Nessa época ficamos sabendo que pessoas do Conselho de Escola da EE Prof. Alfredo Aschar (bairro de São Matheus) estavam convidando pessoas dos outros conselhos de escolas da região para uma reunião. Em varias oportunidades discutimos os problemas específicos das escolas, os problemas dos bairros onde morávamos, muitos deles também comuns. Organizamos algumas ações conjuntas. Foi uma experiência breve, mas de um aprendizado importantíssimo.
No 1º ano fizemos uma tentativa frustrada de contato com jovens punks universitários da USP, do curso de historia, ligados ao movimento anarquista, não conseguimos, eles não nos compreenderam, achavam que queríamos criar uma instancia de mando, de direção na escola.
O apoio veio de um colega de bairro, também oriundo do movimento punk, estudante do curso de ciências sociais da Faculdade Fundação de Santo Andre, foi do centro Acadêmico deles que veio o modelo de estatutos que utilizamos[7].
Ao longo desses anos nosso maior contato foi com jovens da Convergência Socialista, um corrente trotskista que atuava dentro do PT.  Apoiei a iniciativa de convidar os militantes do PT no bairro para participar das reuniões do grêmio. Eles indicaram uma companheira e essa troca de experiência também foi super importante.
Talvez o contexto de ebulição política dos anos 1980, talvez porque a corrente Teologia de Libertação da Igreja Católica ter investido durante mais de uma década na organização das CEBS (comunidades eclesiais de base) e ter muita influência no bairro, talvez porque convivíamos com inúmeros sindicalistas organizados nas comissões de fabricas das montadoras do ABCD, talvez por sermos todos filhos de trabalhadores, moradores da periferia, jovens que muito cedo começaram a trabalhar, talvez porque assim como eu vim do movimento punk, muitos outros eram atuantes na Igreja católica progressista e depois no PT (núcleo do bairro), talvez porque muitos de nós já fossemos militantes políticos seja pelos movimentos culturais, sindical, talvez porque tivemos excelentes professores nessa época, enfim essa experiência com o Grêmio estudantil foi uma das mais significativas de minha vida, de um aprendizado incrível. O que li seja por necessidade da militância, por exigências acadêmicas, sugestão dos professores são ainda marcantes em minha formação. 
Para alunos de uma escola de periferia que não tinha nada, sequer tinha uma sala de leitura, não dispunha de nenhum equipamento de som ou TV, etc. Mesmo numa época em que praticamente não existia nenhum tipo de incentivo estatal e que nossas famílias tinham poucos recursos para nos ajudar, ainda assim a maioria dos colegas que concluíram o 3º ano fizeram algum tipo de curso universitário. Muitos hoje são professores.

Publico alvo: Todos os alunos da escola, especificamente os que formarem a COMISSÃO PRÓ GRÊMIO ESTUDANTIL e depois da eleição a Comissão Administrativa e demais participantes.

Objetivos:
  • Vivenciar situações de DEMOCRACIA DIRETA.
  • Realizar momentos de formação para os jovens interessados em participar do grêmio estudantil.
  • Criar momentos de acompanhamento e “monitoramento” do grêmio colaborando para que mantenham suas ações até o final do “mandato” e nova eleição.
  • Estimular o contato com outros grêmios e organizações estudantis.


Metas
Realizar momento de formação a cada mês ou bimestre.
Estimular maior entrosamento entre os jovens participantes verificando quantos se mantém do grupo original e quantos se aproximam desse grupo.
Trabalhar para estimular o florescimento de outras lideranças estudantis que deem continuidade ao processo no ano seguinte.
Mais engajamento, participação e envolvimento dos alunos no cotidiano escolar em todas as ações sugeridas pela escola e outras que o grêmio venha a criar.
Procurar estabelecer contato com outros jovens de outras escolas para estimular a formação de outros grêmios ou de organização coletiva de diferentes grêmios.


Atividades:


Organização (passo a passo):
Convite para comissão pró grêmio estudantil: Um responsável indicado pela escola passa nas salas de aula e convida de dois a três alunos de cada turma para participar de uma reunião, sendo que desse grupo sairão às pessoas que formarão a comissão pró grêmio.
No momento do convite solicitar que tragam caderno e caneta para anotar o que consideram relevante ou dúvidas, é necessário criar o hábito de organização para participar de reuniões. 
Sugerimos sempre que tentem formar um grêmio com pelo menos dois alunos de cada turma, assim terão mais abrangência e facilidade de mobilização. Esse grupo elege um 1º e 2º secretário e tesoureiro, bem como 1º e 2º secretário de atas. Por exemplo, 12 turmas em cada um dos três períodos, seriam 24 alunos, 6 desses compõem a comissão responsável pelo grêmio do período. Os demais poderão assumir outras responsabilidades de acordo com as comissões de trabalho que criarem. É desse núcleo de 6 eleitos por período que saem os membros da comissão administrativa que tem 10 membros com seis cargos, os mesmos citados anteriormente, todos os demais podem se organizar em quantas comissões de trabalho necessitarem.
Inicialmente, esse primeiro contato pode ser feito por período, até porque seria difícil já reunir muitos jovens dos três períodos (manhã, tarde e noite) de uma só vez. Segundo porque a base dessa proposta é a organização por período e depois para a escola.
Deixar pronto uma lista de presença com nome série, fone para contato e e-mail, depois solicitar que algum dos presentes digite e envie essa lista para os demais, assim já saberão quem são os interessados nessa fase inicial e tem como manter contato mesmo fora da escola.
Sugerir a criação de um blog, página no face book ou comunidade no watsap para facilitar a comunicação entre o grupo e para com os demais alunos da escola. Necessário criar uma comissão ou verificar quem será o responsável por essa fase.
Formação: Fazer uma rápida exposição sobre o que é um grêmio estudantil, seus objetivos e possibilidades em termos de mobilização para luta. Talvez propor uma dinâmica inicial perguntando “o que sabem ou entendem sobre grêmio estudantil” e a partir daí, aproveitando a fala deles, ir construindo uma argumentação demonstrativa que fundamente nossa percepção do que é e qual a importância do grêmio.
Estatutos: Temos os Estatutos (anexo 1) aprovados pelos participantes dos anos anteriores. Entregar uma cópia para cada representante de turma.
Formação: Fazer uma rápida exposição sobre o que são estatutos e para que servem, ou então, dividir os estatutos partes e sugerir que em dupla façam a leitura e expliquem o seu entendimento para os demais. Observamos que essa fase pode ser difícil pela falta de conhecimento do que são os estatutos, porem a dinâmica já pode ser um momento importante de entrosamento e troca de impressões. Cabe a quem mediar esse momento ter a sensibilidade para trazer as questões para discussão, para que eles cheguem as suas conclusões, não simplesmente dar as respostas.
Deixar claro que os Estatutos refletem um momento de organização e mobilização, que nas Disposições Gerais esta explícito que podem ser modificados sempre que houver necessidade, assim com o estudo e o tempo caso decidam podem modificar os estatutos.
Algumas questões básicas:
Perguntar se todos os presentes desejam participar, caso não, verificar se podem passar as informações para os demais colegas de sala e tentar trazer outros representantes dessa turma. Fazer nesse momento é importante, pois permite a pessoa ter tempo para pensar se deseja ou não participar.
Os alunos, especialmente do ensino fundamental, deverão trazer uma autorização assinada pelos responsáveis para poder participar.
Organização, próximos passos: Entregar uma cópia para cada representante de turma do documento “propostas para comissão pró grêmio organizar chapa e 1ºs passos” (ANEXO 2). Nele está explicitado de forma resumida a questão da explicação do grêmio e estatutos.
Também tem a sugestão de três tarefas básicas:
1ª tarefa: Verificar se todas as salas estão representadas no momento da reunião, caso falte alguma, deverão se organizar para entrar em contato com os colegas, verificar o motivo da ausência, tentar persuadi-los a participar e colocá-los a par de tudo que foi discutido.
2ª tarefa: fazer uma relação dos interessados em cada turma, sugiro que limitem o número de pessoas que poderá de fato participar em dois no máximo 3 por sala, afinal 4 alunos por sala já serão 48 no período, número importante, mas é uma pequena multidão o que torna difícil sua mobilização e a coordenação das reuniões.
3ª tarefa: fazer levantamento das propostas do período é importante sentar com eles para analisar essas propostas, algumas são interessantes e outras nem tanto. Exemplo: os participantes do grêmio propõem levar os alunos para uma atividade fora da escola, mas legalmente quem é o responsável? A Escola pode contribuir disponibilizando um profissional? Algum responsável da família de um desses jovens assume essa responsabilidade? Haverá um custo? Quem pagará? Quem receberá e registrará tudo? Fará o acerto com a empresa do ônibus? Comprará o lanche?
Existem propostas que são específicas de um período, porém existem outras que dizem respeito a dois ou mais passa então a ser importante fazer uma (ou mais) reunião com representantes dos 3 períodos para verificar entre as propostas e reivindicações as que são comuns e deverão ser encaminhadas pela COMISSÃO ADMINISTRATIVA do grêmio.
A organização estudantil assim como um “sindicato” se inicia pela constatação de problemas que mobilizam os interessados na sua resolução, ou seja, pela luta dos seus direitos. Para garantir assim como conquistar direitos é necessário organização e luta. Então a primeira pergunta é QUAL (IS) PROBLEMA (S)? Geralmente são: FALTA ESTRUTURA (problemas com o prédio, equipamentos, etc) FALTA DE DEMOCRACIA problema quanto às atitudes autoritárias dos profissionais da escola ou direção. QUALIDADE DE ENSINO. Aspectos da qualidade de ensino que precisam ser modificados. NO ENTORNO. Aspectos do entorno da escola ou outros do bairro que mobilizam o a comunidade escolar para a luta pela transformação.  ENTÃO QUAL (IS) PROBLEMA (S)? ONDE OCORREM? COM QUE FREQUÊNCIA? QUAIS SÃO OS ENVOLVIDOS? É DE NOSSA GOVERNABILIDADE? Temos condições de resolvê-los? Identificado o problema qual nosso PLANO DE AÇÃO? Quais nossos objetivos com esse plano? Quais ações desenvolveremos? Quais as diferentes estratégias mais indicadas para as ações com esse nosso público alvo? Como avaliaremos essas ações? Qual o cronograma para o desenvolvimento de todos esses passos? Como monitoraremos o passo a passo do processo? QUAIS O(S) FOCO(S)?
Não é uma tarefa, mas a sugestão que durante esse processo já devem prestar atenção nos colegas para irem decidindo quem tem mais perfil para ser o representante da comissão administrativa do período e desses quem fará parte da comissão administrativa geral da escola. Reafirmo que de acordo com as particularidades e problemas é como se tivéssemos três grêmio, um por cada período da escola.
Como mediador dessa situação sempre deixei claro:
Meu compromisso com os alunos sempre é de acompanhá-los até o momento da eleição, contudo, caso surja como momento de discussão críticas em relação aos profissionais da escola solicitarei licença para que o façam entre eles, e assim tentar evitar mal entendido que eu possa estar “usando” o grêmio para atingir algum profissional.
Explicar que assim que o grêmio esteja eleito eles assumem e o mediador designado pela escola fará o acompanhamento no sentido de:
Verificar quais dificuldades estão vivenciando na organização do grupo e colaborativamente ajudar a refletir sobre como para superá-las;
Informar quais propostas de ação estão em andamento na escola e quem é o responsável para que eles possam discutir e decidir se vão colaborar ou não;
Diagnosticar problemas nas turmas que eles representam e levar esses para discussão nos momentos de formação / organização coletivo dos professores ou das reuniões da equipe gestora da escola;
Ouvir sugestões de ações do grêmio para a escola ou ações no entorno, apresentar nos momentos coletivos e verificar o posicionamento dos profissionais da escola.
Nas escolas onde o grêmio não é tão combativo nossa percepção é que sem acompanhamento eles vão se afastando até se separarem e o grêmio cair no esquecimento, adotamos como prática fazer uma reunião por mês com os participantes de cada período para ao menos tentar mantê-los juntos e minimamente organizados.
Temos outros documentos trazido por alunos (anexo 3 e 4) sobre os passos para organização do grêmio, eleição e atas que disponibilizamos a título de informação e formação.
Outros momentos de formação
Os profissionais:
É inegável que existe resistência à organização do grêmio estudantil. Ainda que não seja explícita, implicitamente os profissionais da escola reclamam, criticam e tentam colocar uma série de restrições, muitas delas totalmente sem sentido.
Mesmo não sendo verdade “são os alunos que saem da sala o tempo todo”, “onde já se viu permitir que esse ou aquele participe, ele não quer nada”, “estão questionando o meu trabalho”, enfim todos acham importante desde que seja para que os alunos atuem da forma como esses profissionais acham que é o correto. É como dizer que é importante ser crítico, como muitos colocam em seus planos de trabalho, “formar cidadãos críticos”, essa criticidade é aceita desde que não seja direcionada a mim e ao meu trabalho. 
Para que diminua essas resistências, aumente a adesão e participação acredito ser importante que primeiro os profissionais tenham acesso aos mesmos documentos que os futuros participantes do grêmio, segundo que discutam a importância dessa organização para a escola e para a formação de jovens lideranças tanto na escola, como no bairro e na vida. Finalmente para que outros venham aderir a ideia de colaborar na orientação desses jovens, desde que não seja de forma prescritiva.
Os participantes do grêmio:
O ideal seria a formação começar pela sensibilização. Contudo devido a urgência do tempo (fevereiro/março - formação da comissão pro grêmio até a eleição) faz-se necessário, usar a organização da comissão e a discussão sobre os estatutos até a eleição como momentos iniciais dessa formação.
Depois realizaremos algumas oficinas, cujas sugestões são:
Sensibilização sobre o que é política e qual a sua importância para o avanço da Democracia Direta[8].Traremos em forma de cartão (anexo 5) algumas frases de uma série de pessoas proeminentes que lutaram, cada qual a sua maneira para transformar a sua realidade.
Eles serão orientados sobre os objetivos (discutir qual a importância da nossa participação na política, diferenciação entre POLITICA e política partidária). Depois se organização em duplas ou grupos, dependendo do tamanho do grupo inicial, a seguir receberão um cartão com a frase mencionada, vão ler, discutir e fazer uma síntese que apresentarão para os demais grupos, depois faremos um debate sobre os aspectos positivos e negativos da ação política.
O essencial será perceber que ação política, a participação política é muito mais, mas muito mais mesmo do que o ritual de simbolicamente colocar um voto em uma urna, ela é a forma própria de cada ser humano se fazer presente e responsável pela sua própria vida e a dos demais, sejam seus familiares, amigos e colegas ou não, estejam esses próximos ou não.
Entre as frases: (anexo 5)
  • O analfabeto político Brecht
  • Albert Einstein “ A vida é como jogar....”
  • B. Brecht “Nós vos pedimos....”
  • “No Caminho Com Mayakowsky”
  • M. L. King, “O que mais me assusta ..... e Nossa Geração .....”
  • M. L. King, “A maldade de uma minoria.... e Egoísmo social…. “
  • Bourk e Arnold
  • Houxle,  Batmam e Galeano
  • Provérbio Africano
  • Albert Einstein “Não basta ensinar...”
  • Provérbio chinês
  • “Era uma vez quatro pessoas...”
  • Você é muito importante (X da questão)
  • Nunca desista

Discussão dos textos: (anexo 6)
a)    Você sabe que um candidato é mentiroso e tenta enganá-lo quando” de Ronald[9] KUNTZ
b)    O VOTO E AS ILUSÕES – Mauricio Tragtenberg
c)    Chomsky e as 10 Estratégias de Manipulação Midiática
Com os textos pretendemos discutir a questão da representatividade pois verificamos que “o eleito se emancipa do eleitor, e esse acaba vendo a política como ciência oculta que não entende e por isso mesmo não tem interesse em participar”[10].
É nosso objetivo que os participantes entendam que é necessário cada um assumir a responsabilidade pelos seus atos, delegando o mínimo possível e quando necessitar fazê-lo tendo claro para quem, porque, por quanto tempo e quais mecanismos concretos de controle social sobre o eleito, o processo de destituição e defesa se for necessário.
Faremos esse momento de “Formação” com alunos interessados no grêmio e os representantes de turma.
Como teremos ao menos um encontro por mês ou no máximo a cada 40 dias, pretendemos discutir um texto a cada encontro.
Existem outras possibilidades de textos contudo não iremos relacioná-los.

Exibição de Filme:
Podres Poderes. Comedia. Duração 97 minutos. 1996. RioFilme. Marisa Orth, Antonio Fagundes, Sergio Mambert, Otavio Augusto (anexo )
O Objetivo é utilizar de diferentes recursos e estratégias para discutir a questão da POLITICA, assim o filme é outro desses recursos e com ele pretendo demonstrar essa visão mais comum e equivocada do entendimento da política.
Exibirei o filme, depois faremos uma roda para discutir os aspectos mais significativos que já tenho preparado em forma de um roteiro de discussão.
Até o momento da exibição procurarei fazer outras pesquisas para trazer outras possibilidades, ainda que não seja para assistirmos juntos, ao menos como indicação para eles.
Execução de músicas: (anexo 7)
Formar grupos de 04 pessoas. Enquanto trabalhamos ficamos ouvindo as músicas.

1)cada dupla recebe uma letra diferente, le e escreve o que entendeu, depois comenta para os demais.

2)a seguir fazemos uma grande roda de conversa e discutimos qual a diferença entre a política partidária tal qual estamos vivenciando e a nossa participação na politica cotidiana.

Comunidade Carente – Zeca pagodinho - 2003 - Acústico MTV- Universal
Inútil - Ultraje A Rigor
Luís Inácio (300 picaretas)  -  Mobral  -  Os Paralamas do Sucesso -  Composição: Herbert Vianna
Que País É Esse -  Legião Urbana - Composição: Renato Russo
Nossa Realidade em Forma de Protesto -  Barão Vermelho  -  Composição: Marília Carolina/Crisóstomo Pimentel
Desemprego  -  Desordem  -  Vossa Excelência    -   Titãs 
Insatisfação  -  Não Devemos Temer  -  Proletários  -  Subúrbio Operário  -  Vou Fazer Cocô - Eu não gosto do governo - Miseráveis Ovelhas  - Garotos Podres
Aos Donos da Minha Nação  -  Assombração de Barraco  -    É Ladrão Que Não Acaba Mais  -   
Vítimas da Sociedade -  Bezerra da Silva
Ei Presidente   -  Gog

REPRESENTANTES DE TURMA
Alguns profissionais insistem em interferir no processo de organização do grêmio estudantil tentando transformá-lo em algum tipo de extensão dos seus ideais de escola e aluno, todos estudiosos, comportados, nada ou pouco críticos, especialmente quando são com os profissionais da escola.
Isso é um desastroso engano pois os considerados “desajustados socialmente”, estariam excluídos. Talvez esses em condição diferente de aluno na sala de aula possam trazer contribuições importantes para a organização e mesmo para a escola, indiferente disso o grêmio é uma organização de estudantes e cabe a eles decidirem quem pode ou não participar.
Para somar com o grêmio, mas em condições de organização diferente sugerimos a organização dos alunos REPRESENTANTES DE TURMA, esses são eleitos pelos colegas de sala, 04 por exemplo, e desses 02 são selecionados pelos professores.
São uma espécie de monitores da sala, contudo não tem nenhuma função quanto ao aspecto disciplinar, pois essa é uma RESPONSABILIDADE do adulto profissional ali presente, eles são os parceiros dos professores e dos Professores Coordenadores nos encaminhamentos dos projetos e outras ações pedagógicas na sala de aula.
Até recentemente nos reuníamos uma vez por mês para avaliar a limpeza e organização das salas e outros espaços da escola, fazer um acompanhamento dos projetos e ações pedagógicas que a escola se propôs a realizar, corrigir as falhas se algum profissional deixar de fazer a sua parte nessas ações.
Eles junto com o grêmio são os que trazem as informações e avaliações sobre o que está acontecendo no cotidiano escolar, sendo que são para eles, num primeiro momento, que orientamos e prestamos contas das nossas ações bem como daquelas coletivamente deliberadas.
Para facilitar e orientar sua colaboração três dias antes da reunião entregamos a nossa sugestão de pauta que basicamente é: a)limpeza e organização da sala e outros espaços; b)relação com colegas de sala e escola; c)relação com profissionais da escola; d)avaliação ações (projetos e atividades); e)sugestões. Quanto a esse ultimo item solicitamos que nos entreguem com antecedência para podermos repassá-los para todas as turmas a fim de que todos possam ter um posicionamento sobre as sugestões.
Adotamos como regra tanto na reunião do Grêmio como dos Representantes solicitar que eles nos passem os contatos eletrônicos assim no momento que terminamos as sugestões de pauta bem como os relatórios e outros documentos enviamos para que todos (inclui professores, direção e demais profissionais) tenham acesso e possam estar preparados para a reunião.
Pretendemos ainda na primeira reunião fazer formação específica de sensibilização sobre a importância da participação deles e dos demais colegas que queiram colaborar.

Cronograma;

Durante a avaliação no final do ano letivo a atuação do grêmio deve fazer parte dos diferentes momentos e instrumentos de avaliação como diagnóstico do que aconteceu e preparação para novas intervenções, assim no início do ano seguinte é necessário trazer essa reflexão para discussão, análise e preparação de outras intervenções para o ano que se inicia.
Também é o momento oportuno para verificar quem será o encarregado de colaborar e acompanhar o grêmio durante o ano letivo que se inicia, considerando a proposta, organização por período, talvez seja necessário mais de um profissional, esses precisam estar em constante contato para dar uma orientação comum aos alunos dos diferentes períodos.


Período
Ação
Responsável
Final do ano letivo
Encerramento da avaliação do grêmio Participantes grêmio. Alunos da escola.
Profissionais
Alunos do grêmio, alunos da escola e profissionais
Início do ano letivo
Com a síntese da avaliação iniciar processo de organização da comissão pro grêmio
Um ou mais profissionais que assumam tal responsabilidade
Fev/març
Organização comissão, orientações, divulgação, eleição. Formação.
Um ou mais profissionais e alunos da comissão pro grêmio
Abril
Sensibilização
Um ou mais profissionais e alunos da comissão pro grêmio
Maio
Texto
Um ou mais profissionais e alunos da comissão pro grêmio
Junho
Filme
Um ou mais profissionais e alunos da comissão pro grêmio
Agosto
Musica
Um ou mais profissionais e alunos da comissão pro grêmio
Setembro
Texto
Um ou mais profissionais e alunos da comissão pro grêmio
Outubro
Texto
Um ou mais profissionais e alunos da comissão pro grêmio
Novembro
Inicio avaliação
Um ou mais profissionais e alunos da comissão pro grêmio
Dezembro
Termino avaliação e sugestões ano seguinte
Um ou mais profissionais e alunos da comissão pro grêmio


Avaliação e monitoramento;
Em toda reunião será passada uma lista de presença, pelos números já podemos ter um indício de como está a participação no grêmio.
Os registros das reuniões serão outro indício do que está sendo realizado.

Resultados esperados ou produtos envolvidos;
Melhorar a organização dos estudantes no grêmio estudantil.
Fortalecer lideranças estudantis.
Apoiar a intervenção dos alunos no cotidiano escolar.
Estimular que os alunos assumam o controle do grêmio e deem continuidade ao processo no ano seguinte.
Colaborar para colocar os jovens que participam do grêmio da escola em contato com outros grêmios, grupos de jovens, entidades estudantis, grupos e lideranças no bairro.

Custos do projeto:
Inicialmente os custos serão com reprodução de fotocópias, utilização de equipamentos de data show ou TV que a escola já dispõem.


Equipe técnica envolvida;
Um ou mais profissionais da escola, alunos da comissão pró grêmio estudantil.

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
Ana Beatriz Barbosa,  SILVA.  BULLYING – MENTES PERIGOSAS NAS ESCOLAS -, RJ, Objetiva , 2010
Apostila do curso básico de capacitação em mediação. Instituto Mediare: Rio de Janeiro, 1988.
ARANHA, Maria Lucia de Arruda. Ética e cidadania na sala de aula - Guia Pratico para professor. Moderna. SP. 2002
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DOLTO, Françoise. Quando os pais se separam. Jorge Zahar. RJ. 1991
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GUIMARÃES, Marcelo Rezende. Por uma cultura de paz. Disponível em: < http://www.educapaz.org.br/texto3.htm>.

ILANUD. Paz nas Escolas. Revista nº 18. ILANUD. SP. 2001

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ISA-ADRS e MEDIARE.Curso de mediação e resolução pacífica de conflitos em segurança pública.Brasília:Ministérios da Justiça,2007.

KINNEY, Jeff.  Diario de um banana. V&R. SP. 2010
OLIVEIRA, Maria Lucia de. A Rebeldia e as tramas da desobediência. UNESP. SP. 2010
SAVATER, Fernando. Ética para meu filho. Martins Fontes. SP. 1996
SAVIANI, Dermeval. Escola e democracia - nº 05. Autores associados. SP. 1997
SEIDEL, Daniel (Org.).Mediação de conflitos: a solução de muitos problemas pode estar em suas mãos.Brasília:Vida e Juventude,2007.
SOARES, Ricardo. Valentão. Moderna. SP. 1999

Projeto Escola de Mediadores, organizado pelos Institutos Viva Rio, Mediare e NOOS. Disponível em:
TRAIN, Alan. Ajudando a criança agressiva. Papirus. Campinas. 1997

Manual do Grêmio Estudantil - Alunos

www.alunos.diaadia.pr.gov.br/.../gremio_estudantil/manualgremio.pdf

Legislativo, assegurado o funcionamento dos Grêmios Estudantis pela Lei. 7398, como... O Grêmio Estudantil não tem caráter político-partidário,

Cartilha Grêmio Estudantil.indd - Secretaria de Estado de ...

https://www.educacao.mg.gov.br/.../%7B535D0CA0-5DA5-46EC-AA3B...

Através da Legislação:
-
Lei Federal 7.398, de 04/11/85;
Lei Complementar Nº 444, de 27 de dezembro de 1985 
-
Comunicado SE, de 26/09/86;
-
Comunicado CEI / COGSP, de 27/11/87;
-Publicação: "A organização do Grêmio Estudantil" da Secretaria de Estado da Educação, 1998. Pode ser encontrado na Secretaria da Educação, nas escolas estaduais e nas Diretorias de Ensino. -Vídeo: Grêmio Estudantil, da FDE: tel. (0xx11) 3158-4255.

Lei Complementar Nº 444, de 27 de dezembro de 1985 
Esta lei dispõe sobre o Estatuto do Magistério Paulista. Em seu artigo 95º, ela fala sobre o Conselho de Escola (sua composição, atuação, atribuições): § 1º – A composição a que se refere o “caput” obedecerá à seguinte proporcionalidade: I – 40% de docentes; II – 5% de especialistas em educação, excetuando-se o Diretor de Escola; III – 5% dos demais funcionários; IV – 25% dos pais de alunos; V – 25% de alunos.

Lei Nº 8.069, de 13 de julho de 1990 
O Estatuto da Criança e do Adolescente, no artigo 53º inciso IV, garante o direito dos estudantes de se organizar e participar de entidades estudantis.

Lei Nº 7.844, de 13 de maio de 1992 
Esta é a lei que regulamenta o direito à meia entrada para estudantes em eventos de ordem cultural.

Lei Nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 
Esta lei estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. A partir dela, estão garantidas a criação de pelo menos duas instituições, a Associação de Pais e Mestres e o Grêmio Estudantil, cabendo à Direção da Escola criar condições para que os alunos se organizem no Grêmio Estudantil. A lei determina ainda a participação de alunos no Conselho de Classe e Série.

ESCLARECE SOBRE A IMPLANTAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DOS GRÊMIOS ESTUDANTIS - Comunicado CEI / COGSP, de 27/11/87 -  

FILMES QUE DISPÕE SOBRE A CRIAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DOS GRÊMIOS

Filme Horas de Tensão - Parte 1 - Gremio estudantil da Escola Professor Jairo Grossi

Filme Horas de Tensão - Parte 2- Gremio estudantil da Escola Professor Jairo Grossi

Jornal Futura - A importância do Grêmio estudantil

Grêmio estudantil incentiva alunos a aprender e conviver melhor em escola


http://www.une.org.br/acesso

http://www.overmundo.com.br/overblog/gremio-estudantil-diferencas-e-atribuicoes

Textos:  (outras sugestões)

Assembleia escolar – Um caminho para a resolução de conflitos, Ulisses F. Araujo, Moderna, SP, 2004 (comentários A.C.O.)
GESTÃO DO CONFLITO ESCOLAR: da classificação dos conflitos aos modelos de mediação, Álvaro Chrispino (texto e comentários A.C.O.)
Adolescência e Rebeldia
Freud Explica – Antonio Carlos de Oliveira
Híp Hop como Utopia - Spensy Pimentel “IN” ANDRADE, Elaine Nunes de (Org) Rap e educação Rap é educação – Selo Negro,  SP 1999 (pp. 103 a 105)
A política do rebelde - tratado de resistência e insubmissão, pág.84, livro de Michel Onfray, editora Rocco.

ANEXO 1 ESTATUTOS
ESTATUTO DO GRÊMIO ESTUDANTIL DA EE PROF. ISAAC SCHRAIBER


CAPÍTULO I

Da Denominação, Sede, Fins e Duração


Art. 1º - O Grêmio Estudantil GEISAC é o Grêmio da EE. Prof. Isaac Schraiber, a Rua Álvaro do Prado, 165, Capital/SP, da Diretoria de Ensino Região Leste 3 fundado em 2005 com sede no próprio estabelecimento escolar e duração ilimitada.
Parágrafo único - As atividades do "Grêmio" reger-se-ão pelo presente Estatuto, aprovado em Assembléia Geral ou pelo Conselho de Representantes de Sala  convocada para esse fim.

Art. 2º - O Grêmio tem por objetivos:
I - congregar o corpo discente da Escola Estadual Prof. Isaac Schraiber:
II - defender os interesses individuais e coletivos dos alunos da Escola;
III - incentivar a cultura literária, artística e desportiva de seus membros,-
IV – aprovado pela Comissão Administrativa do Grêmio e Conselho de Representantes de Sala, promover a cooperação entre administradores, professores, funcionários e alunos, no trabalho escolar, buscando seu aprimoramento;
V - interessar o corpo discente pelas atividades escolares e associativas;
VI - realizar intercâmbio e colaboração de caráter cultural, educacional, cívico, desportivo e social com entidades congêneres;
VIl - aprovado pela Comissão Administrativa do Grêmio e Conselho de Representantes de Sala cooperar na organização de eventos promovidos pela Escola;
VIII - promover torneios, palestras, reuniões, excursões, festivais e outros eventos de caráter social e educativo;
IX - lutar pela democracia, pela independência e pelo respeito às liberdades fundamentais do homem, sem distinção de raça, cor, sexo, nacionalidade, convicção política ou religiosa;
X - representar os alunos nos fóruns internos de deliberação da Escola.

CAPÍTULO II
Dos Meios e Recursos

Art. 3º - Os meios e recursos para atender aos objetivos descritos no artigo anterior serão obtidos através de:
I - contribuição de seus membros;
II - contribuição de terceiros;
III - renda auferida em promoções da entidade.
Art. 4º - A Comissão Administrativa do Grêmio será responsável pelos bens patrimoniais da Entidade e responderá por eles perante a Assembléia Geral dos Estudantes ou Conselho de Representantes de Sala.

CAPÍTULO III
Da Administração e dos Sócios

Art. 5º - A administração do Grêmio ficará a cargo de uma Comissão Administrativa, composto por 9 (nove) membros, todos eles alunos regularmente matriculados e freqüentes na Escola, eleitos pela Assembléia Geral dos Estudantes por aclamação,  Voto Secreto em urna.
Art. 6º - Os Membros da Comissão Administrativa, escolherão entre si, o Primeiro  e Segundo Secretários, Primeiro e Segundo Tesoureiro.
Art. 7º - Serão considerados sócios todos os alunos regularmente matriculados e freqüentes na Unidade Escolar;
§ 1º - No caso de transferência, o aluno estará automaticamente excluído do quadro gremista.
§ 2º - aprovado pela Comissão Administrativa do grêmio e Conselho de Representantes de Sala as sanções disciplinares aplicadas pela Escola ao aluno estender-se-ão às suas atividades como gremista dentro do recinto escolar
Art. 8º - Serão direitos do Associado:
I - participar de todas as atividades do Grêmio;
II - votar e ser votado, observadas as disposições deste Estatuto;
III - participar das Comissões Auxiliares;
IV - encaminhar observações, sugestões e moções a Comissão Administrativa do Grêmio;
V - propor mudanças e alterações parciais ou completas ao presente Estatuto sempre que reunir 50% +1 de assinaturas dos Representes de Sala.
Art. 9º - São deveres do Associado:
I - conhecer e cumprir as normas deste Estatuto;
II - comparecer às reuniões;
III - colaborar com a Comissão Administrativa do Grêmio e dependendo da situação com professores e direção do estabelecimento;
IV - zelar pela disciplina e aplicação ao estudo;
V - integrar quando solicitado, as Comissões Auxiliares ou desempenhar-se de encargos que lhe forem atribuídos.
Art. 10 - Os sócios serão distribuídos em Comissões Auxiliares que ficarão encarregadas dos vários setores de atividades, numa harmoniosa divisão de tarefas, atendendo aos interesses e habilidades de seus membros.
Parágrafo único - Cada Comissão Auxiliar terá seu Secretario eleito pela própria Comissão, o qual fará a ligação desta com a Comissão Administrativa do Grêmio. Dependendo do caráter dessa comissão ele poderá ter representantes de um único período ou dos três períodos de estudantes da U.E.

Seção  I
Das Assembléias Gerais

Art. II -A Assembléia Geral dos Estudantes é o órgão máximo de deliberação da Entidade e compõe-se de todos os sócios do Grêmio.
Art. 12 -A Assembléia Geral reunir-se-á ordinariamente:
I - no dia 11 de agosto de cada ano, nas comemorações do Dia do Estudante;
II - mensalmente, conforme cronograma.
Parágrafo único - A convocação para as reuniões será feita através de edital do Secretario da Comissão Administrativa ou por 50% + 1 dos Representantes de Sala, divulgado com antecedência mínima de 48 (quarenta e oito) horas.
Art. 13 - A Assembléia Geral deliberará por maioria simples de votos, sendo obrigatório o quórum mínimo de 5% dos alunos da Escola para a sua instalação, realizada em 1ª convocação.
Parágrafo único - O cronograma anual das reuniões ordinárias da Assembléia Geral deverá ser homologado pelo Conselho de Escola e não poderá provocar prejuízo de aulas, salvo em caso de necessidade extrema quando o assunto será encaminhado e discutido com a direção e coordenação da escola para sua aprovação;
Art. 14 - Compete à Assembléia Geral:
I - aprovar e reformular o Estatuto do Grêmio,-
II - eleger a Comissão Administrativa do Grêmio;
III - discutir e votar as teses, recomendações, moções, adendos e propostas apresentados por qualquer um de seus membros;
VI - apreciar as atividades da Comissão Administrativa.

Seção II

Do Conselho de Representantes de Sala

Art. 15 - Compete ao Conselho de Representantes de Sala:
I - receber, considerar e aprovar os relatórios e a prestação de contas da Comissão Administrativa;
II - aprovar a constituição de Comissões Auxiliares, incluindo a Comissão Eleitoral;
III – Encaminhar junto aos colegas de sala todas as discussões sugeridas pela Comissão Administrativa ou outras que considerar pertinentes, desde que sejam antes discutidas, consideradas e aprovadas pela Comissão Administrativa. Ou por 50% + 1 dos seus membros, os Representantes de Sala.
IV – O Conselho de Representantes de Sala será eleito por seus pares em sala de aula.

Seção III
Da Comissão Administrativa do Grêmio

Art. 16 - Compete a Comissão Administrativa:
I - discutir e votar as propostas da Assembléia Geral e do Conselho de Representantes de Sala e do Primeiro Secretario;
II - zelar pelo cumprimento do Estatuto e deliberar sobre os casos omissos;
III - elaborar um Plano Anual de Trabalho;
IV - propor a designação das Comissões Auxiliares e acompanhar suas atividades,
V - reunir-se, ordinariamente, pelo menos 1 (uma) vez por quinzena.
Art. 17 - Compete ao Primeiro Secretario:
I - presidir às sessões da Comissão;
II - convocar e presidir às reuniões mensais da Assembléia Geral dos Estudantes;  da Reunião dos Representantes de Sala.
III - elaborar propostas de ações;
IV - movimentar, de comum acordo com os demais membros da Comissão Administrativa, os fundos do Grêmio;
V - visar as contas e relatórios apresentados pelo Tesoureiro;
VI - cumprir e fazer cumprir as disposições estatutárias;
VIl - representar o Grêmio na Escola e fora dela.
Art. 18 - Compete ao Segundo Secretario:
I - auxiliar o Primeiro Secretario no exercício de suas funções;
II - substituir-se ao Primeiro Secretario nos casos de ausência eventual ou impedimento temporário, bem como nos de vacância do cargo.
III Compete ao Segundo-secretário:
IV - lavrar atas das reuniões da Comissão Administrativa dos Representantes de Sala e da Assembléia Geral;
V - elaborar avisos, editais, relatórios,
VI - redigir e assinar, juntamente com o Primeiro Secretario, a correspondência oficial do Grêmio;
IV - manter em dia os arquivos da Entidade.
Art. 19 - Compete ao Segundo-secretário substituir-se ao Primeiro e auxilia-lo nos encargos.
Art. 20 - Compete ao Primeiro-tesoureiro:
I - ter sob seu controle direto todos os bens do Grêmio;
II - manter em dia a escrituração de todo o movimento financeiro do Grêmio;
III - assinar, juntamente com o Primeiro Secretario, os documentos e balancetes;
IV - escriturar o livro-caixa;
V - apresentar juntamente com o Primeiro Secretario, a prestação de contas a Comissão Administrativa, aos Representantes de Sala e à Assembléia Geral.
Art, 21 - Compete ao Segundo-tesoureiro substituir-se ao Primeiro e auxiliá-lo nos encargos.

CAPÍTULO IV
Das Eleições

Art. 22 – A Comissão Administrativa será, conforme o disposto no Art. 5º, eleito pela Assembléia Geral por aclamação, por voto secreto, dos Estudantes, sendo requisitos para inscrição de candidatos:
1 - ser brasileiro nato ou naturalizado;
II - estar regularmente matriculado na UE e freqüentando as aulas.
Art. 23 - O período de inscrição dos candidatos será contado a partir do primeiro dia letivo, indo até o 30º dia do primeiro bimestre; o período de propaganda irá do 30º ao 40º dia letivo subseqüentes.
Art. 24 -As eleições serão realizadas no 41º dia letivo do ano.
Art. 25 - A apuração dos votos ocorrerá no mesmo dia da realização da eleição, e a posse dos eleitos, no dia imediato ao da apuração.
Parágrafo único -A Mesa apuradora será presidida pelo Diretor da Unidade Escolar em exercício na época da realização da apuração ou por um Professor conforme indicação dos alunos e composta por uma Comissão Eleitoral constituída por 3 (três) professores indicado pelos Representantes de Sala e 3 (três) alunos eleitos pela Assembléia Geral dos Estudantes ou pelos Representantes de Sala.

CAPÍTULO  V
Disposições Gerais e Transitórias

Art. 26 - O presente Estatuto poderá ser modificado mediante proposta da maioria absoluta da Comissão Administrativa, por 50% + 01 dos alunos representantes de classe ou da Assembléia Geral.
Parágrafo único -As alterações serão discutidas pela Comissão Administrativa e aprovadas pela Assembléia Geral, através da maioria absoluta dos votos ou pelo Conselho de Representantes de Sala.
Art. 27 - O Grêmio constituído fora da data prevista no presente Estatuto terá caráter extemporâneo e deverá obedecer aos prazos contidos nos Arts. 24 a 26, sendo que todo o processo devera estar lavrado em ata no livro de atas do grêmio
Parágrafo único - O mandato caracterizado no artigo anterior terá sua vigência cessada no 42º dia letivo do ano seguinte, quando se dará posse ao novo Comissão Administrativa eleito, segundo as datas previstas no presente Estatuto.
Art. 28 - Serão considerados eleitos os candidatos ou chapas que conseguirem maior número de votos.
§ 1º - Em caso de empate, respeitado o número de 9 (nove) membros da Comissão Administrativa, haverá nova eleição no prazo de 1O (dez) dias letivos, concorrendo ao novo pleito somente os candidatos e chapas inscritos e que obtiveram o mesmo número de votos.
§ 2º - Em caso de fraude comprovada, a Mesa apuradora dará por anulado o referido pleito, marcando-se nova eleição no prazo de 10 (dez) dias letivos, concorrendo todos os candidatos anteriormente inscritos.
Art. 29 -A posse da Comissão Administrativa do Grêmio ocorrerá no dia imediato ao da apuração dos votos.
Art. 30 -A duração do mandato da Comissão Administrativa do Grêmio será de 1 (um) ano, iniciando-se no 42º dia letivo do ano escolar e indo até a posse da nova Comissão Administrativa eleita.
Art. 31 - Excepcionalmente, em caso de o Primeiro e o Segundo e o Tesoureiro terem menos de 18 (dezoito) anos de idade, a abertura e movimentação da conta bancária do Grêmio ficarão sob a responsabilidade de um pai de aluno, de um membro do Conselho de Escola ou da APM e/ou de um professor titular de cargo na Unidade Escolar indicado pelos alunos.
Art. 32 -Após a eleição da primeira Comissão Administrativa do Grêmio Estudantil, a Comissão Pró-Grêmio deverá encaminhar a Comissão Administrativa a ata das eleições e a cópia do Estatuto aprovado pela Assembléia Geral ou Conselho de Representantes de Sala sendo que os estatutos deverão ser encaminhados para o conhecimento do Conselho de Escola;
Art. 33 - Revogadas as disposições em contrário, este Estatuto entrará em vigor após sua aprovação pela Assembléia Geral do corpo discente ou dos Representantes de Sala da Unidade Escolar.

ANEXO 2 – PASSO A PASSO
PROPOSTAS PARA COMISSÃO PRO GREMIO ORGANIZAR CHAPA E 1ºS PASSOS
Propostas:
1)Convidar dois alunos por sala que estiverem interessados em participar do grêmio, posteriormente outros também poderão, mas esses são os que levarão as informações para os demais colegas nas salas.
2)Passar lista de presença com NOME, SERIE, FONE PARA CONTATO E ENDERÇO ELETRONICO. Posteriormente poderemos enviar os documentos referentes ao grêmio pela internet e a comissão pró grêmio poderá usar os telefones para estabelecer contatos.
3)Explicar rapidamente as finalidades do Grêmio estudantil: Organizar os alunos para lutar pelos seus direitos, conforme a legislação vigente e os seus estatutos.
4)Explicar o que são os ESTATUTOS e como funcionam (ler rapidamente alguns tópicos que podem ser mais difíceis de compreender).
5)Explicar como se da à organização do Grêmio estudantil.
a)Sobre a eleição:
*cada período forma um grupo de 12 ou 24 alunos (preferencialmente 2 representantes de cada sala), esses  serão os responsáveis pela ação do grêmio no período, eles indicam 03 ou 04 alunos (comissão representante pelo grêmio no período com 1º e 2 º secretários e tesoureiro e o secretário de atas) para participar de uma chapa (podem ou não ser os mesmo da comissão do período de preferência que sejam) que terá a mesma organização nos três períodos. Assim o período tem autonomia para realizar o que é específico e uma vez por mês fazem reunião dos 10 que compõem a comissão administrativa do grêmio e representam os vários períodos para avaliar o que esta sendo feito verificar o que é comum a todos, fazer propostas de encaminhamentos coletivos e informar sobre as iniciativas especificas de cada período.
*Nos estatutos aprovados não existe diretoria, ela dirige, mas sim comissão administrativa, a comissão não dirige, mas administra os interesses coletivos, também não existem todos aqueles cargos comuns em outros grêmios, do ponto de vista legal o grêmio precisa ter um representante que é o 1º ou 2º secretario e um responsável pelas finanças o 1º e 2º tesoureiro, porem ele também deixa claro que apesar desses cargos todos tem os mesmos direitos e deveres e para todos os demais participantes esses organizarão as comissões de trabalho que forem necessárias e as representarão perante o grêmio.
A outra possibilidade seria abrir o período de inscrições para a formação de chapas, que dificilmente conseguiriam ter representatividade nos três períodos e o grupo vencedor acabaria atuando em somente um, o que deixaria os demais sem trabalho de organização, com essa alternativa procuramos pelo menos para esse ano, nesse primeiro momento contornar esse problema, com mais experiência talvez eles consigam se organizar de forma mais adequada.
b)Verificar se todos os presentes estão de fato interessados em participar, esses já poderão ser a COMISSÃO PRÓ GREMIO, responsável pelos trabalhos até o momento da eleição quando é dissolvida. Um representante é o responsável e o outro seu suplente.
c)A comissão fica responsável por levar as informações para os colegas de sala e os ajuda a se organizarem nas discussões.
A PRIMEIRA TAREFA dessa comissão é verificar se todas as salas estão representadas, as que não estiverem precisam ser visitadas e os interessados convidados.
A SEGUNDA TAREFA e fazer uma relação dos interessados, sugiro que limitem o numero de pessoas que poderá de fato participar em dois ou três alunos por sala, afinal 4 alunos por sala já serão 48 no período é uma pequena multidão o que torna difícil sua mobilização e as reuniões.
TERCEIRA TAREFA fazer levantamento das propostas especificas do período, depois fazer reunião com representantes dos 3 períodos para verificar entre as propostas e reivindicações as que são comuns e deverão ser encaminhadas pela COMISSÃO ADMINSITRATIVA
A organização de uma organização estudantil assim como um  “sindicato” se inicia pela constatação de problemas que mobilizam os interessados na sua resolução, ou seja, pela luta dos seus direitos. Para garantir assim como conquistar direitos é necessário organização e luta. Então a primeira pergunta é QUAL (IS) PROBLEMA (S)? Geralmente são: FALTA ESTRUTURA (problemas com o prédio, equipamentos, etc) FALTA DE DEMOCRACIA problema quanto as atitudes autoritárias dos profissionais da escola ou direção. QUALIDADE DE ENSINO. Aspectos da qualidade de ensino que precisam ser modificados. NO ENTORNO. Aspectos do entorno da escola ou outros do bairro que mobilizam o a comunidade escolar para a luta pela transformação.  ENTÃO QUAL (IS) PROBLEMA (S)? ONDE OCORREM? COM QUE FREQUENCIA? QUAIS SÃO OS ENVOLVIDOS? É DE NOSSA GOVERNABILIDADE? Temos condições de resolve-los?. Identificado o problema qual nosso PLANO DE AÇÃO? Quais nossos objetivos com esse plano? Quais ações desenvolveremos? Quais as diferentes estratégias mais indicadas para as ações com esse nosso publico alvo? Como avaliaremos essas ações? Qual o cronograma para o desenvolvimento de todos esses passos? Como monitoraremos o passo a passo do processo? QUAIS O(s) FOCO(S)?
6)Marcar a data e horário da próxima reunião. ESCLARECIMENTOS IMPORTANTES: todas as reuniões realizadas dentro da escola e em horário de aula deverão ser solicitadas a direção e sugiro que só sejam concretizadas com o consentimento dessa, caso contrario que se faça em outro local em qualquer dia e horário. Também que comuniquem as professores quem vai sair da sala para participar, por quanto tempo, TODOS DEVEM ASSUMIR AS SUAS FALTAS DURANTE AS REUNIÕES.
7)Eleição durante o mês de  abril, posse logo a seguir.
8)definição da comissão eleitoral inclusive com indicação de alunos e professores ou direção.

ANEXO 3 – DEFINIÇAÕ GREMIO, ELEIÇÃO E ATA
O que é Grêmio Estudantil ?
Grêmio é uma entidade autônoma, organizada e dirigida exclusivamente pelos estudantes para a defesa e promoção de atividades dos alunos. O Grêmio e a união dos alunos, a favor de melhoras nas condições da escola ou instituição de ensino e a luta dos alunos contra as coisa erradas na escola e a voz do aluno na diretoria na secretaria ou no ministério da educação.
Os estudantes lutaram e conquistaram o Direito de organizar grêmios estudantis nas escolas ( lei n°. 7.398, de 4 de novembro de 1985).
Um grêmio organizado pode promover: campeonatos, festivais de música, cursos, jornais, excursões, debates, festas, teatro... e muito mais... É ele quem vai cobrar a direção das escolas e de outros órgãos a solução de problemas existentes e tudo que seja-a respeito dos alunos.
Você têm esse direito !

Você sabe qual a origem do Grêmio?
O Grêmio não surge n escola por acaso, por capricho ou brincadeira: ele surge sempre devido a necessidade que os estudantes sentem de construir um instrumento de luta, organização e reivindicação dos seus direitos. Em qualquer escola que apresente problemas que afetem o estudante, ali é um espaço para nascer um Grêmio. E essa consciência da necessidade de se organizar os estudantes vem tendo há muito tempo. A primeira vez que se ouviu falar em movimento estudantil no Brasil, foi no início deste século, quando os estudantes se uniram -se aos trabalhadores em solidariedade durante a greve geral de 1917. Na década de 60 os estudantes já se organizavam em Grêmios, e mesmo quando veio a ditadura militar (1964) eles não puderam ser sufocados. Pelo contrário, os Grêmios Estudantis foram um dos mais fortes instrumentos de luta contra a ditadura, e um dos principais responsáveis pela democratização do país na década de 80. Eles estiveram ativamente presentes nas lutas pela anistia aos presos políticos, pelas diretas já (1984) e pelo “Fora Collor” (1992), demonstrando com vigor a capacidade de mobilização e organização da classe estudantil brasileira. Essa mesma capacidade de luta foi o que pressionou o então presidente José Sarney a assinar a lei nº 7.398, em 05/11/1985, que voltava a garantir o direito dos estudantes se organizarem nas escolas do país. Não pensem nunca que tal lei foi um “presente” do Sarney aos estudantes: para que ela pudesse ser assinada foi preciso muita mobilização, passeata, ocupação de escolas e prédios públicos. Foi preciso ter sangue estudantil derramado, teve estudante assassinado e torturado, foi preciso muito suor, sangue e disposição de luta. Mas ela saiu e, por isso hoje ninguém pode proibir que os estudantes se unam, se organizem e lutem por seus direitos, porque isso nós não “ganhamos”: nós conquistamos!


Como organizar o seu Grêmio
      
1°. Passo
CONVERSANDO COM OS ESTUDANTES
        Você já está convencido de que a formação do grêmio é uma boa, então vamos começar a conversar com outros alunos sobre a importância do Grêmio Estudantil.

2°. Passo
A PRIMEIRA REUNIÃO
      Um grupo de alunos devem comunicar a direção da escola, de que está havendo um processo de formação de Grêmio e solicitar um local e horário apropriado pra discussão...

3°. Passo
COMISSÃO PRÓ-GRÊMIO
        Essa reunião deve tirar um grupo de 2 a 5 estudantes, que passa a se chamar: COMISSÃO PRÓ-GRÊMIO. A Comissão encaminhará o processo de construção do Grêmio:1° apresentando e aprovando em assembléia o estatuto, em seguida marcando a data da eleição e definindo suas regras (data de inscrição de chapas e da campanha de divulgação, etc). Cabe também à comissão informar à direção da escola sobre o andamento do processo de eleição e fazer as solicitações necessárias (exemplo: uma sala para a sede do Grêmio, lista de votantes etc).

4°. Passo
A CAMPANHA
        Para maior clareza dos alunos é interessante promover um debate onde a (s) chapas apresentem suas propostas de trabalho das chapas concorrentes.

5°. Passo
A ELEIÇÃO
        Tem direito a voto todos os alunos regularmente matriculados.
        Deverão também solicitar à secretaria da Escola a listagem dos nomes dos alunos votantes. No dia da eleição , ao receber a cédula cada aluno deve assinar a lista a frente de seu nome. Após a votação a comissão fará a apuração dos votos na presença de representantes de cada chapa e imediatamente divulgará os resultados e o nome da chapa vencedora.

6°. Passo
A POSSE DOS ELEITOS
        Depois da apuração e divulgação do resultado a Comissão Pró-Grêmio dever empossar a chapa vencedora, que agora será o GRÊMIO Estudantil da Unidade Escolar.

7°. Passo
OS COMPROMISSOS DNA PRÁTICA
        Eleita a Diretoria do Grêmio, ela passa a ter o compromisso de representar a opinião do estudante de forma clara e independente e colocar as propostas em prática. Prometeu tem que cumprir!

Estatuto do Grêmio Estudantil

    O Estatuto e o começo de tudo, antes de começar a formar sua chapa ou outra coisa leia o Estatuto direitinho, após forme uma comissão que irá ser chamada de comissão pro-grêmio, esta comissão terá o trabalho de discuti-lo e aprova-lo em Assembléia Geral com os estudantes esta comissão e formada por basicamente 3 estudantes dos 3 períodos, após passado em assembléia começará o processo de inscrição de chapas e logo após a Campanha Eleitoral que será organizada pela essa comissão, está comissão e pro-gremio não é o grêmio ela organiza o processo de grêmio na escola.
O estatuto não deixa de ser normas que vc coloca ao grêmio as funções de cada um,  vc vai ver o que cada um faz, qual a sua determinada função. Agora sem o Estatuto o grêmio não tem valor judicial, precisa dele para ser garantido por lei. Então é de muita importância !!!!!!

Modelos de Atas
 Após eleito o grêmio, a diretoria do grêmio, tem que lavrar ou editar uma ata de Posse do Grêmio Estudantil, e se quiser em Ata de Eleição ...... após  isso este documentado comprova a existência do grêmio estudantil dentro da unidade escola.
Tive a preocupação de colocar a disposição de todos um modelo de Ata de Posse e uma Ata de Reunião, pois logo após cada reunião do Grêmio Estudantil tem que ser escrita.
Obs: Na hora de escrever na ata lembre sempre que não pode deixar espaços em branco, tem que escrever  tudo por extenso sem números.

Modelo de Ata de Posse  
As ___ horas, do dia ___, do mês de ___________, do ano de ____________, tomou posse a comissão administrativa do
Grêmio Estudantil __________________________, da Escola ________________.
Integram esta diretoria os seguintes membros, nos respectivos cargos:
 __________________________, primeiro secretario; __________________________, segundo secretário;
__________________________, segundo tesoureiro; __________________________, segundo tesoureiro;
__________________________, primeiro secretario de atas; __________________________, segundo secretário de atas;
Comissão:__________________________, Responsáveis: ___________________,________________________________
Comissão:__________________________, Responsáveis: ___________________,________________________________
Comissão:__________________________, Responsáveis: ___________________,________________________________
 que terá sua sede no referido estabelecimento de ensino, com duração limitada pelos estatutos do Grêmio. 
Modelo de Ata de Reunião 
As ___ horas, do dia ____, do mês de ________, do ano de ______, reuniu-se a diretoria do Grêmio Estudantil ____________________, da Escola _____________________: Na pauta de reunião foi discutido que __________________ e ______________________, sendo aprovadas as seguintes propostas a serem encaminhadas: __________________________, ________________________ e __________________________ . A reunião o foi presidida por __________________________ (nome), _______________ (cargo) e por mim, ________________________ (nome), ___________________________ (cargo), que a secretariei.  Assinaturas:   
ANEXO 5 – SENSIBILIZAÇÃO
·        O analfabeto político
·        Albert Einstein “ A vida é como jogar....”
·        B. Brechte “Nós vos pedimos....”
  • No Caminho Com Mayakowsky =
  • M. L. King, “O que mais me assusta ..... e Nossa Geração
  • M. L. King, “A maldade de uma minoria.... e Egoísmo social…. “
  • Bourk e Arnold
  • Houxle,  Batmam e Galeano    
  • Provérbio Africano
  • Albert Einstein “Não basta ensinar...”   
  • Provérbio chinês
  • “Era uma vez quatro pessoas...”   
  • Você é muito importante (X da questão)  
  • Nunca desista

O Analfabeto Político
"O pior analfabeto
É o analfabeto político,
Ele não ouve, não fala,
Nem participa dos acontecimentos políticos.
Ele não sabe que o custo da vida,
O preço do feijão, do peixe, da farinha,
Do aluguel, do sapato e do remédio
Dependem das decisões políticas.

O analfabeto político
É tão burro que se orgulha
E estufa o peito dizendo
Que odeia a política.

Não sabe o imbecil que,
Da sua ignorância política
Nasce a prostituta, o menor abandonado,
E o pior de todos os bandidos,
Que é o político vigarista,
Pilantra, corrupto e lacaio
Das empresas nacionais e multinacionais."



Bertolt Brecht
"A vida é como jogar uma bola na parede:
Se for jogada uma bola azul, ela voltará azul;
Se for jogada uma bola verde, ela voltará verde;
Se a bola for jogada fraca, ela voltará fraca;
Se a bola for jogada com força, ela voltará com força.
Por isso, nunca "jogue uma bola na vida" de forma que você não esteja pronto a recebê-la.
"A vida não dá nem empresta; não se comove
nem se apieda. Tudo quanto ela faz é retribuir e transferir aquilo que nós lhe oferecemos"
Albert Einstein

"NÓS VOS PEDIMOS COM INSISTÊNCIA,
NÃO DIGAM NUNCA: ISSO É NATURAL!
DIANTE DOS ACONTECIMENTOS DE CADA DIA,
EM QUE CORRE SANGUE,
EM QUE O ARBITRÁRIO TEM FORÇA DE LEI. EM QUE A
HUMANIDADE SE DESUMANIZA,
NÃO DIGAM NUNCA: ISSO É NATURAL!
AFIM DE QUE NADA PASSE POR IMUTÁVEL!"
(Bertold Brecht)

"Na primeira noite eles se aproximam e colhem uma flor de nosso jardim

E não dizemos nada.
Na segunda noite, Já não se escondem: matam nosso cão, e não dizemos nada.
Até que um dia o mais frágil deles entra sozinho em
nossa casa, rouba-nos a lua e, conhecendo o nosso medo, arranca-nos a voz da garganta.
E porque não dissemos nada,
Já não podemos dizer nada."
(... em No Caminho Com Mayakowsky)


"O que mais me assusta não é a perversidade dos chamados maus, e sim a omissão dos chamados bons." (Martin Luther King Jr.)

"Nossa geração não lamenta tanto os crimes dos perversos,
quanto o estarrecedor silêncio dos bondosos."
(Martin Luther King Jr.)

“A maldade de uma minoria rica domina sobre toda a sociedade, graças ao comodismo de uma maioria honesta e boa, em termos individualistas, porém egoísta socialmente.” (Martin Luther King Jr.)

Egoísmo social é aquela atitude passiva da maioria da comunidade, a qual se limita apenas em receber os benefícios obtidos, graças à luta e ao risco da própria vida, por parte de uma minoria de idealistas, que milita a favor do progresso de todos." (M.L.K. Jr.)

O maior castigo para aqueles que não se interessam por política é que serão governados pelos que se interessam.

Arnold Toynbee – Historiador Inglês – 1889/1975


"Ninguém comete erro maior do que não fazer nada porque só pode fazer pouco"
 Eduard Bourke, pensador Irlandês revista "Solidaria Idade", 1999

Não são tanto as tragédias que definem nossas vidas, mas sim as escolhas que fazemos para lidar com elas. “Batman – Guerra ao Crime – 05/2000”


"Experiência não é o que aconteceu com você; mas o que você fez com o que lhe aconteceu."
(Aldous Huxley)

Somos o que fazemos, mas somos, principalmente, o que fazemos para mudar o que somos. (Eduardo Galeano)

Antes de começar o trabalho de mudar o mundo, dê três voltas dentro da sua casa. Provérbio chinês

Provérbio Africano: Até que os Leões tenham seus próprios historiadores, as histórias de caçadas continuarão glorificando o caçador.

“NÃO BASTA ENSINAR AO HOMEM UMA ESPECIALIDADE, PORQUE SE TORNARÁ ASSIM UMA MÁQUINA UTILIZÁVEL E NÃO UMA PERSONALIDADE. É NECESSÁRIO QUE ADQUIRA UM SENTIMENTO, UM SENSO PRÁTICO DAQUILO QUE VALE A PENA SER EMPREENDIDO, DAQUILO QUE É BELO, DO QUE É MORALMENTE CORRETO.”
                                                                                              ALBERT EINSTEIN

Era uma vez quatro pessoas que chamavam TODOMUNDO, ALGUÉM, QUALQUERUM e NINGUÉM.
Havia um importante trabalho a ser feito e TODOMUNDO acreditava que ALGUÉM iria executá-lo QUALQUERUM poderia fazê-lo, mas NINGUÉM o fez.
ALGUÉM ficou aborrecido com isso porque entendia que sua execução era responsabilidade de TODOMUNDO.  
TODOMUNDO pensou que QUALQUERUM poderia executá-lo,    
mas NINGUÉM imaginou que TODOMUNDO não o faria.
Final da história: TODOMUNDO culpou ALGUÉM quando NINGUÉM fez o que QUALQUERUM poderia ter feito.
         
VOCÊ É MUITO IMPORTANTE
Apxsar de nossa máquina dx xscrxvxr sxr um modxlo antigo, funciona bxm, com xxcxção dx uma txcla. Há 42 txclas qux funcionam bxm, mxnos uma, x isso faz uma grandx difxrxnça.
Txmos o cuidado para qux nossa xquipx não sxja como xssa máquina dx xscrxvxr x todos os sxus mxmbros trabalhxm como dxvxm.
Ninguxm txm o dirxito dx pxnsar: “AFINAL, SOU APXNAS UMA PXSSOA X, SXM DÚVIDA, NÃO FARÁ DIFXRXNÇA PARA O NOSSO GRUPO”.
Comprxxndxmos qux, para um grupo podxr progrxdir eficixntxmxntx, prxcisa da participação ativa de todos os sxus mxmbros.
Sxmprx qux vocx pxnsar qux não prxcisam dx vocx, lxmbrx-sx da nossa vxlha máquina dx xscrxvxr e diga a si próprio: “XU SOU UMA DAS TXCLAS IMPORTANTXS NAS NOSSAS ATIVIDADXS X MXUS SXRVIÇOS SÃO MUITO NXCXSSÁRIOS”.

ESTAMOS PRECISANDO DE VOCÊ


NUNCA DESISTA
Inicia uma corrida entre homens e mulheres.
Eles tinham que subir uma grande torre cheia de obstáculos.
No inicio desta torre havia uma multidão que gritava:
-          Eles não vão conseguir!!!  Eles não vão conseguir!!!
Com esse incentivo a cada obstáculo um desistia.
E a multidão continua berrando!!!
-          Desistam vocês não vão chegar ao topo.
E em pouco tempo mais de 50% dos competidores retornaram.
-          Cuidado, vão Ter que retornar, aquele ultimo obstáculo é o pior de todos. (clama a multidão)
Ao final da competição todos desistiram.
-          Epa!!!! Tem uma pessoa que conseguiu!!!
Então foram até lá de helicóptero para entrevista-lo.
-          Como você conseguiu vencer?
E o vencedor sorridente nada responde.
Perguntaram novamente?
-          Como você conseguiu vencer? Diga-nos.
O vencedor pegou uma caneta e escreveu na própria mão.
-          Sou surdo.

Não permita que as pessoas com o péssimo habito de serem negativas derrubem as melhores e mais sabias esperanças de seu coração,.

Bertolt Brecht.  INTERTEXTO. Primeiro levaram os negros. Mas não me importei com isso. Eu não era negro. Em seguida levaram alguns operários. Mas não me importei com isso. Eu também não era operário. Depois prenderam os miseráveis. Mas não me importei com isso. Porque eu não sou miserável. Depois agarraram uns desempregados. Mas como tenho meu emprego. Também não me importei. Agora estão me levando.
Mas já é tarde. Como eu não me importei com ninguém. Ninguém se importa comigo.


Etiene de La Boete: “Posso entender que um homem queira ser rei mas não que milhões aceitem passivamente ser súditos” Discurso da Servidão Voluntaria.

A verdadeira medida de um homem não se vê na forma como se comporta em momentos de conforto e conveniência, mas em como se mantém em tempos de controvérsia e desafio.
Martin Luther King

O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons.
Martin Luther King

Se soubesse que o mundo se desintegraria amanhã, ainda assim plantaria a minha macieira.O que me assusta não é a violência de poucos, mas a omissão de muitos.Temos aprendido a voar como os pássaros, a nadar como os peixes, mas não aprendemos a sensível arte de viver como irmãos.
Martin Luther King

É melhor tentar e falhar, que preocupar-se e ver a vida passar.
É melhor tentar, ainda que em vão que sentar-se, fazendo nada até o final.
Eu prefiro na chuva caminhar, que em dias frios em casa me esconder.
Prefiro ser feliz embora louco, que em conformidade viver
Martin Luther King


ANEXO 6

Você sabe que um candidato é mentiroso e tenta enganá-lo quando:
1-    Tem soluções para todos os problemas e, pior, tenta provar que há recursos e que é possível resolvê-los todos se for eleito;
2-    diz que vai realizar mais obras e prestar mais serviços (aumentar as despesas) e, ao mesmo tempo, afirma que vai reduzir impostos, ou mesmo que não vai aumentá-los;
3-    gasta mais tempo em criticar os adversários e as propostas deles do que na defesa de suas próprias idéias;
4-    estimula a inveja e a revolta dos eleitores, mostrando quanto é injusto “... tão poucos terem tanto, enquanto muitos têm tão pouco...”, principalmente quando afirma ao mesmo tempo que, se eleito, os que têm pouco terão chance de ter muito;
5-    é incapaz de responder objetivamente a uma pergunta clara e direta ou, ao ser questionado sobre um fato polêmico ou tema embaraçoso, finge que responde; divaga sem chegar á conclusão; ou muda de assunto e responde outra coisa, insultando a inteligência de quem pergunta e de quem assiste ao diálogo;
6-    tem a incrível capacidade de dizer, sempre, exatamente aquilo que você quer ouvir;
7-    não faz nenhum inimigo; não favorece nem contraria frontalmente os interesses de nenhum grupo ou segmento social a campanha;
8-    tenta mostrar que é “macho” e corajoso, afirmando que recebe ameaças de morte ou sofreu atentados “covardes”, principalmente se oferecer como prova tiros na parede da residência, do comitê ou do automóvel;
9-    ao ser alvo de boatos ou ser criticado por erro ou fato desabonador presente ou passado, em vez de esclarecê-lo, se esconde atrás da esposa e dos filhos, tentando fazer-se passar (junto com sua família) por vítima de calúnia e ataques maldosos e eleitoreiros;
10- se for um candidato situacionista, nega que a máquina administrativa trabalhe a seu favor (ou, se for ligado a sindicatos, nega que a máquina sindical esteja a seu serviço);
11- as fotografias que aparecem nos cartazes e outdoors de campanha mostram um candidato muito mais jovem do que o que aparece na TV e nos comícios;
12- já tendo ocupado cargos públicos ou eletivos, ele insiste em criticar e denegrir a classe política, como se não fizesse parte dela;
13- ele afirma que seu único compromisso é com o povo (ele sempre terá assumido compromissos com os aliados, apoiadores, cabos eleitorais etc.);
14- ele tenta parecer mais pobre do que expressa a sua declaração de bens;
15- sem coragem de atacar diretamente seu principal adversário, um candidato majoritário cede seu espaço para que seu vice, ou candidato proporcional “pau-mandado”, faça o trabalho “sujo”, veiculando a denúncia ou acusação, fingindo nada ter com o fato e insistindo na necessidade de manter alto o nível da campanha;
16- promete resolver problema fora de sua alçada (ex-vereador promete congelar o preço de bens alimentícios; deputado promete reduzir os juros bancários etc...).
Além do significado das palavras, é preciso compreender o significado das imagens, pois através delas o candidato também tenta influir na formação de sua imagem junto aos eleitores. Eis o que vai por trás de algumas delas:
a)    com criancinhas no colo ou afagando animais: boas índole, sensibilidade;
b)    abraçando pessoas de outras raças: ausência de discriminação ou de preconceito racial;
c)    trabalhando com pessoas idosas: valorização da força de trabalho e experiência dos idosos;
d)    candidato cercado de jovens: modernidade, capacidade de compreensão doa problemas e aspirações;
e)    candidato com esposa em eventos: companheirismo, valorização da esposa como pessoa ativa e atuante (eventualmente, demonstrar que boatos relativos a adultérios ou desvios de conduta sexual sã falsos);
f)     candidatos com esposa e filhos em casa: bom marido e pai, equilíbrio e harmonia familiar, apego aos valores tradicionais;
g)    candidato em templos religiosos: expressa respeito aos credos;
h)    apoio de padres, professores: atestado de boa conduta, aval à moral pessoal;
i)      candidato em mangas de camisa, suando e com cabelo desalinhado: dinamismo, ação, disposição para trabalhar, simplicidade;
j)      candidato de terno, com autoridade e personalidades: preparo para funções executivas, trânsito, influência;
k)    candidato em reunião de trabalho (sempre de pé ou em posição de destaque): demonstra que tem equipe, liderança, preparo, conhecimento superior, autoridade;
l)      apoio de intelectuais: cultura superior;
m)  confraternização com gente pobre ou operários: simplicidade, fácil acesso, ausência de arrogância, humildade;
n)    abraçando ou beijando mulheres feias: bondade, simpatia;
o)    com os pais: atestado de bom filho;
p)    com a família inteira: harmonia e união familiar;
q)    com artista, atores, cineastas, escritores, desportistas, etc.: aval de que dará atenção e estímulo ás atividades artísticas ou culturais e desportivas.
KUNTZ, Ronald
É especialista em marketing político.
Como não ser enganado nas eleições/ Gilberto Dimenstein/ Editora Ática/ 1994
O VOTO E AS ILUSÕES
O voto universal é a aparência do governo popular. Os eleitos acabam emancipar-se da dependência do povo, e a política torna-se ciência oculta que a população não entende.
Há uma grande ilusão popular que o governo representativo eleito pelo sufrágio “universal” – analfabetos que constituem 50% da população não votam – seja o governo do povo ou o povo do governo. O regime representativo tem uma história que é importante conhecer para avaliar o quadro eleitoral atual no País.
No século 12 as cidades libertaram-se do jugo do Senhor e “juraram” organizar-se autonomamente para defesa mútua, organização da produção e troca, durante quatro séculos são o refúgio do trabalho livre na Europa. Os comerciantes criam “conjurações” para defender-se nas cidades, independentes do Senhor, do Rei e da Igreja. Elas unem-se por um fórum,onde o povo é reunido pelo badalar dos sinos para discutir e resolver diretamente na praça seus problemas. O Senhor que inicialmente é chefe de um “bando” recebendo tributo e vendendo proteção tornou-se Rei. O “fórum”  expulsou-o e ele refugiou-se em uma nova cidade. Com as guerras vieram os exércitos permanentes, favoreceu-se a concentração de poder no Estado e as “comunas” urbanas decaíram e perderam sua autonomia. Nos séculos 14 e 15, formou o Rei o “Conselho de Nobreza” e o “Conselho do Clero” nascendo assim os parlamentos; com poder limitado: votação de créditos para guerra, dependiam de sua aprovação, diferente do poder ilimitados dos parlamentos atuais. Após  esmagamento das revoltas camponesas,com o auxilio dos comerciantes concentra-se o poder do Rei, os subsídios transformam-se em impostos, a burguesia alia-se ao Rei e os camponeses são reduzidos à servidão.
A burguesia para defender-se da desobediência do povo e da recusa a pagar impostos, na Revolução Francesa, cria a Assembléia Parlamentar, fazendo-se defensora do governo representativo, onde o povo elege seus “defensores”: é o governo por procuração. O maior dos preconceitos políticos radica na fé num governo representativo, por procuração. Sob a Monarquia ou República ele mostra apenas que o povo não se governa a si próprio. Ele é governado por representantes vinculados ao poder econômico dominante na sociedade, às “máquinas burocráticas” dos partidos políticos. No processo eleitoral o povo abdica de sua própria iniciativa colocando-a nas mãos de uma assembléia de “eleitos”. As Constituições tradicionalmente desrespeitadas, são refeitas para uso de todos. Mesmo aqueles que pretendem mudar o regime de propriedade não ousam tocar no regime representativo, procuram preservar custe o que custar o governo sob procuração. O Parlamento, torna-se instrumento e intrigas palacianas, enriquecimento pessoal e carreirismo político.
A liberdade real implica em não ser representado abandonando tudo aos eleitos, mas, procurar lutar socialmente por si mesmo através das coletividades organizadas a partir dos locais de trabalho.

Ação direta do povo

Muitos acham que o regime parlamentar nos deu as liberdades políticas, esquecendo que a liberdade de imprensa, reunião e associação foi arrancada no país matriz do Parlamento – Inglaterra – através da ação direta do povo. Os operários no século 19 conquistaram seu direito á greve através da ocupação das manufaturas. Derrubando as grades do Hyde Park londrino onde era proibida sua entrada, conquistaram seu direito à palavra na rua. Atribuir aos parlamentos o que é devido a ação popular é pensar que basta existir uma Constituição para que haja liberdade e direitos respeitados.
O regime representativo introduzido na Europa pela burguesia trouxe algumas vantagens ao povo, porém, o monárquico sob os senhores feudais também o fizera, nem por isso endeusaremos a Monarquia.
O regime representativo surgiu com a burguesia e com ela desaparecerá. Qualquer governo, seja constitucional ou não, tem tendência a alargar seu Poder sobre o trabalhador e pelo Parlamento tende a legislar sobre tudo e intervir em tudo que é de sua competência ou não.
O voto universal é a aparência do governo popular; cada deputado é eleito por certo número de eleitores; o corpo eleitoral na sua totalidade não é representado. O parlamentar para transformar um projeto em lei, tem que fazer concessões, transações, conchavos, onde as considerações clientelísticas e partidárias predominam. Os deputados, senadores ou governadores, longe do povo, acabam por aumentar seu poder, emancipando-se da dependência do povo, o de “todo poder saído do povo” mas que a ele não volta. A política torna-se ciência oculta que o povo não entende.
Os candidatos defendem ferreamente seus programas, fa-lo-ão após eleitos?
Nesse processo político a propaganda dos princípios é substituída pela propaganda das pessoas. O único interesse dos partidos é a vitória das candidaturas.
A ilusão eleitoral consiste em pensar que depositando ritualmente um voto numa urna, o povo detém, algum poder de decisão quando o candidato é escolhido via “compra da legenda” em dinheiro, indicação via comissão estadual ou federal, onde tem grande peso o “capital de relações sociais”.
A ilusão eleitoral, leva o povo á inércia, ao endormecimento, esperando que alguém lute por ele. No fundo, é uma escola de conformismo social, onde confunde-se mobilização popular real partindo dos próprios interessados em defenderem suas reivindicações, com, arregimentação de povo em comício onde alguém indicado fala por ele.

Administradores da crise

No quadro nacional observa-se a existência do PDS e PTB como situacionistas e PMDB, PT e PDT como oposicionistas.
O Partido Trabalhista Brasileiro criado por Vargas para conter o povo quando saía dos limites permissíveis estabelecidos pelo Poder, contou com forte apoio operário e forneceu a grande maioria dos “pelegos” sindicais e burocratas da Previdência Social, que infelicitam o País.
O PMDB tende a transformar-se quanto mais passa o tempo em PMDS. Isso é, em São Paulo, tenderá a definir os poderes de mando, nas mãos do “clã parental” do senador Montoro como apoio dos “quadros” do antigos Partido Democrata Cristão. Os “esquerdistas” do PMDB tenderão a se tornar marinheiros: irão ver navios.
Constituído como um conglomerado de tendências, essa grande “frente de aliança de classes” que é o PMDB só não implodirá após as eleições na medida em que seus governadores eleitos, tenderão nas mãos o poder de nomeação para milhares de cargos públicos.
O peso da classe média e da camada intelectual nesse processo político não é desprezível, assim, via partidária tenderão a ascender como “assessores do Rei” se constituindo em profissionais da dominação. Terão um discurso muito radical e uma prática muito medrosa.
Elegendo governadores em vários estados, o PMDB, nessa fase de crise do capitalismo mundial, elegerá os administradores da crise, que daqui a um ano ou pouco mais se verão na opção: reprimir o povo e continuar a testa do Estado ou não fazê-lo e ser deposto pelo poder federal por não ter “salvaguardado” a ordem.
O partido dos Trabalhadores que inicialmente constituiu uma esperança de valorização da auto-organização dos mesmos, ao eleger o caminho eleitoral e tende a formar, em cada trabalhador vereador, deputado ou senador, um ex-trabalhador.
Se não definir com clareza seu objetivo em termos de mudança estrutural, poderá ser cooptado pelo regime transformando-se em seu “braço esquerdo”.
A eleição de Mitterrand na França e de Gonzalez na Espanha mostram a tendência do capitalismo em crise, optar por solução “social-democrática” (reformar para não mudar). Isso, na França, tem levado Mitterrand a propor o congelamento de salário e realizar uma política de “austeridade”, na mesma linguagem que o ministro delfim Neto usa aqui há anos, e economistas do PMDB propõem como “solução alternativa” para a crise: racionalização. Esse conceito, pode significar para o trabalhador, a manutenção das condições terríveis de trabalho, superexploração da sua força de trabalho.
Vença quem vencer as eleições, nada muda no interior das fábricas, nos campos e nas oficinas. Nos escritórios nos bancos, nos hospitais.
As relações hierárquicas de dominação e exploração continuarão as mesmas, só que administradas por um governo que, em “nome do povo”, poderá pedir-me “sacrifícios” e, se for o caso, usar o aparelho repressivo do Estado como usaram-no todos que ocuparam o poder de Cabral até hoje.
Não há soluções mágicas ou milagrosas. Um bom ponto de partida é definir que só mediante a ação livre e direta de todos os assalariados, auto-organizados a partir de seus locais de trabalho, podem esperar ser ouvidos de seus locais de trabalho, podem esperar ser ouvidos e ter um lugar ao sol. No processo de suas lutas aprenderão a conhecer-se melhor e conhecer aqueles que em seu nome querem falar. Não há vida por procuração, cada um tem que viver a sua, assim como, não há luta por procuração, cada grupo humano tem que auto-organizar-se para travar a sua luta. A união dessas lutas será mais significativa que qualquer eleição. A solidariedade é o maior exemplo. O resto é literatura, e má.
Concluindo, a ilusão eleitoral faz parte da “ilusão do político” onde intelectuais e políticos tendem a crer como suas (independentes da base econômica) as metas que se propõem a si e aos outros.

Folhetim – 14/11/ 1982 - Professor Maurício Tragtenberg   autor de inúmeros livros e já falecido


Chomsky e as 10 Estratégias de Manipulação Midiática

O lingüista estadunidense Noam Chomsky elaborou a lista das “10 estratégias de manipulação” através da mídia:

1- A ESTRATÉGIA DA DISTRAÇÃO.

O elemento primordial do controle social é a estratégia da distração que consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e das mudanças decididas pelas elites políticas e econômicas, mediante a técnica do dilúvio ou inundações de contínuas distrações e de informações insignificantes. A estratégia da distração é igualmente indispensável para impedir ao público de interessar-se pelos conhecimentos essenciais, na área da ciência, da economia, da psicologia, da neurobiologia e da cibernética. “Manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por temas sem importância real. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado, sem nenhum tempo para pensar; de volta à granja como os outros animais (citação do texto 'Armas silenciosas para guerras tranqüilas')”.

2- CRIAR PROBLEMAS, DEPOIS OFERECER SOLUÇÕES.

Este método também é chamado “problema-reação-solução”. Cria-se um problema, uma “situação” prevista para causar certa reação no público, a fim de que este seja o mandante das medidas que se deseja fazer aceitar. Por exemplo: deixar que se desenvolva ou se intensifique a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de que o público seja o mandante de leis de segurança e políticas em prejuízo da liberdade. Ou também: criar uma crise econômica para fazer aceitar como um mal necessário o retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços públicos.

3- A ESTRATÉGIA DA GRADAÇÃO.

Para fazer com que se aceite uma medida inaceitável, basta aplicá-la gradativamente, a conta-gotas, por anos consecutivos. É dessa maneira que condições socioeconômicas radicalmente novas (neoliberalismo) foram impostas durante as décadas de 1980 e 1990: Estado mínimo, privatizações, precariedade, flexibilidade, desemprego em massa, salários que já não asseguram ingressos decentes, tantas mudanças que haveriam provocado uma revolução se tivessem sido aplicadas de uma só vez.

4- A ESTRATÉGIA DO DEFERIDO.

Outra maneira de se fazer aceitar uma decisão impopular é a de apresentá-la como sendo “dolorosa e necessária”, obtendo a aceitação pública, no momento, para uma aplicação futura. É mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um sacrifício imediato. Primeiro, porque o esforço não é empregado imediatamente. Em seguida, porque o público, a massa, tem sempre a tendência a esperar ingenuamente que “tudo irá melhorar amanhã” e que o sacrifício exigido poderá ser evitado. Isto dá mais tempo ao público para acostumar-se com a idéia de mudança e de aceitá-la com resignação quando chegue o momento.

5- DIRIGIR-SE AO PÚBLICO COMO CRIANÇAS DE BAIXA IDADE.

A maioria da publicidade dirigida ao grande público utiliza discurso, argumentos, personagens e entonação particularmente infantis, muitas vezes próximos à debilidade, como se o espectador fosse um menino de baixa idade ou um deficiente mental. Quanto mais se intente buscar enganar ao espectador, mais se tende a adotar um tom infantilizante. Por quê? “Se você se dirige a uma pessoa como se ela tivesse a idade de 12 anos ou menos, então, em razão da sugestão, ela tenderá, com certa probabilidade, a uma resposta ou reação também desprovida de um sentido crítico como a de uma pessoa de 12 anos ou menos de idade (ver “Armas silenciosas para guerras tranqüilas”)”.

6- UTILIZAR O ASPECTO EMOCIONAL MUITO MAIS DO QUE A REFLEXÃO.

Fazer uso do aspecto emocional é uma técnica clássica para causar um curto circuito na análise racional, e por fim ao sentido critico dos indivíduos. Além do mais, a utilização do registro emocional permite abrir a porta de acesso ao inconsciente para implantar ou enxertar idéias, desejos, medos e temores, compulsões, ou induzir comportamentos…

7- MANTER O PÚBLICO NA IGNORÂNCIA E NA MEDIOCRIDADE.

Fazer com que o público seja incapaz de compreender as tecnologias e os métodos utilizados para seu controle e sua escravidão. “A qualidade da educação dada às classes sociais inferiores deve ser a mais pobre e medíocre possível, de forma que a distância da ignorância que paira entre as classes inferiores às classes sociais superiores seja e permaneça impossível para o alcance das classes inferiores (ver ‘Armas silenciosas para guerras tranqüilas’)”.

8- ESTIMULAR O PÚBLICO A SER COMPLACENTE NA MEDIOCRIDADE.

Promover ao público a achar que é moda o fato de ser estúpido, vulgar e inculto…

9- REFORÇAR A REVOLTA PELA AUTOCULPABILIDADE.

Fazer o indivíduo acreditar que é somente ele o culpado pela sua própria desgraça, por causa da insuficiência de sua inteligência, de suas capacidades, ou de seus esforços. Assim, ao invés de rebelar-se contra o sistema econômico, o individuo se auto-desvalida e culpa-se, o que gera um estado depressivo do qual um dos seus efeitos é a inibição da sua ação. E, sem ação, não há revolução!

10- CONHECER MELHOR OS INDIVÍDUOS DO QUE ELES MESMOS SE CONHECEM.

No transcorrer dos últimos 50 anos, os avanços acelerados da ciência têm gerado crescente brecha entre os conhecimentos do público e aquelas possuídas e utilizadas pelas elites dominantes. Graças à biologia, à neurobiologia e à psicologia aplicada, o “sistema” tem desfrutado de um conhecimento avançado do ser humano, tanto de forma física como psicologicamente. O sistema tem conseguido conhecer melhor o indivíduo comum do que ele mesmo conhece a si mesmo. Isto significa que, na maioria dos casos, o sistema exerce um controle maior e um grande poder sobre os indivíduos do que os indivíduos a si mesmos.
Filme: Podres Poderes. Comedia. Duração 97 minutos. 1996. RioFilme. Marisa orth, Antonio Fagundes, Sergio Mambert, Otavio Augusto.
ANEXO 07
ATIVIDADE MUSICA E POLITICA

Formar grupos de 04 pessoas. Enquanto trabalhamos ficamos ouvindo as musicas.

1)cada dupla recebe uma letra diferente, le e escreve o que entendeu, depois comenta para os demais.

2)a seguir fazemos uma grande roda de conversa e discutimos qual a diferença entre a politica partidaria tal qual estamos viveco e a nossa participação na politica cotidiana.


Músicas (podem ser usadas as que considerarmos mais adequadas)
Comunidade Carente – Zeca pagodinho - 2003 - Acústico MTV - Ano – 2003 - Universal
Inútil - Ultraje A Rigor
Luís Inácio (300 picaretas)  -  Os Paralamas do Sucesso
Mobral  -  Os Paralamas do Sucesso -  Composição: Herbert Vianna
Que País É Esse -  Legião Urbana - Composição: Renato Russo
Nossa Realidade em Forma de Protesto -  Barão Vermelho  -  Composição: Marília Carolina/Crisóstomo Pimentel
Desemprego  -  Titãs  -  Composição: Renato Russo
Desordem  -  Titãs
Vossa Excelência    -   Titãs    -  Composição: P. Miklos, T. Bellotto, C.Gavin
Insatisfação  -  Garotos Podres
Não Devemos Temer  -  Garotos Podres
Proletários  -  Garotos Podres
Subúrbio Operário  -  Garotos Podres 
Vou Fazer Cocô - Garotos Podres

Eu não gosto do governo - Garotos Podres

Miseráveis Ovelhas  - Garotos Podres
Aos Donos da Minha Nação  -  Bezerra da Silva  -  Composição: Bezerra da Silva
Assombração de Barraco  -    Bezerra da Silva  - 
É Ladrão Que Não Acaba Mais  -    Bezerra da Silva  -  Composição: Bezerra da Silva
Vítimas da Sociedade -  Bezerra da Silva
Ei Presidente   -  Gog

Comunidade Carente – Zeca pagodinho - 2003 - Acústico MTV - Ano – 2003 - Universal
Eu moro numa comunidade carente  /  Lá ninguém liga pra gente  /  Nós vivemos muito mal  /  Mas esse ano, nós estamos reunidos  /  Se algum candidato atrevido  /  For fazer promessa, vai levar um pau  /  Vai levar um pau  /  Pra deixar de cão  /  E ser mais solidário  /  Nós somos carentes, não somos otários  /  Pra ouvir blá,  blá, blá  /  Em cada eleição  /  Nós já preparamos vara de marmelo  /  E arame farpado  /  Cipó-camarão para dar no safado  /  Que for pedir voto na jurisdição  /  É que a galera já não tem mais saco  /  Pra aturar pilantra
Estamos com eles até a garganta  /  Aguarde pra ver a nossa reação

Inútil - Ultraje A Rigor
A gente não sabemos escolher presidente /  A gente não sabemos tomar conta da gente  /  A gente não sabemos nem escovar os dente  /  Tem gringo pensando que nóis é indigente  /  Inútil!  /  A gente somos inútil!  /  Inútil!  /  A gente somos inútil!  /  Inútil!  /  A gente somos inútil!  /  Inútil!  /  A gente somos inútil!  /  A gente faz carro e não sabe guiar  /  A gente faz trilho e não tem trem prá botar  /  A gente faz filho e não consegue criar  /  A gente pede grana e não consegue pagar  /  Inútil!  /  A gente somos inútil!  /  Inútil!  /  A gente somos inútil!  /  Inútil!  /  A gente somos inútil!  /  Inútil!  /  A gente somos inútil!  /  A gente faz música e não consegue gravar  /  A gente escreve livro e não consegue publicar  /  A gente escreve peça e não consegue encenar  /  A gente joga bola e não consegue ganhar  /  Inútil!  /  A gente somos inútil!  /  Inútil!  /  A gente somos inútil!  /   Inútil!  /  A gente somos inútil!  /  Inútil!  /  A gente somos inútil!  / 

Luís Inácio (300 picaretas)  -  Os Paralamas do Sucesso
Luís Inácio falou, Luís Inácio avisou   /  São trezentos picaretas com anel de doutor   /  Luís Inácio falou, Luís Inácio avisou  /  Luís Inácio falou, Luís Inácio avisou  /  São trezentos picaretas com anel de doutor  /  Luís Inácio falou, Luís Inácio avisou  /  Eles ficaram ofendidos com a afirmação  /  Que reflete na verdade o sentimento da nação  /  É lobby, é conchavo, é propina e jeton  /  Variações do mesmo tema sem sair do tom  /  Brasília é uma ilha, eu falo porque eu sei  /  Uma cidade que fabrica sua própria lei  /  Aonde se vive mais ou menos como na Disneylândia  /  Se essa palhaçada fosse na Cinelândia  /  Ia juntar muita gente pra pegar na saída  /  Pra fazer justiça uma vez na vida  /  Eu me vali deste discurso panfletário   /  Mas a minha burrice faz aniversário  /  Ao permitir que num país como o Brasil  /  Ainda se obrigue a votar por qualquer trocado  /  Por um par se sapatos, um saco de farinha  /  A nossa imensa massa de iletrados  /  Parabéns, coronéis, vocês venceram outra vez  /  O congresso continua a serviço de vocês  /  Papai, quando eu crescer, eu quero ser anão  /  Pra roubar, renunciar, voltar na próxima eleição  /  Se eu fosse dizer nomes, a canção era pequena João Alves, Genebaldo, Humberto Lucena  /  De exemplo em exemplo aprendemos a lição  /  Ladrão que ajuda ladrão ainda recebe concessão  /  De rádio FM e de televisão  /  Rádio FM e televisão  /   Luís Inácio falou, Luís Inácio avisou  /  São trezentos picaretas com anel de doutor  /  Luís Inácio falou, Luís Inácio avisou   /  São trezentos picaretas com anel de doutor  /  Luís Inácio falou, Luís Inácio avisou  /  São trezentos picaretas com anel de doutor  /  Luís Inácio falou, Luís Inácio avisou  /  São trezentos picaretas com anel de doutor
  
Mobral  -  Os Paralamas do Sucesso -  Composição: Herbert Vianna
Do que adiantam?   Placas. Bulas, instruções...   /  Do que adiantam?   /  Letras impressas das canções...   /  Do que adiantam?   /  Gestos educados, convenções...   /  Do que adiantam?   /  Emendas , constituições   /  Se o teto da escola caiu   /  Se a parede da escola sumiu   /  Sem dente o professor sorriu   /  Calado recebeu dez mil  /  E depois assistiu na Tevê   /  Em cadeia para todo Brasil   /  O projeto, a tal salvação   /  Prestou atenção e no entanto não viu   /  A merenda, que é só o que atrai   /  A cadeia para qual o rico vai   /  Despachantes, guichês, hospitais   /  E os letreiros de frente pra trás   /  Aos olhos de quem   /  Só aprendeu o bê-á-bá   /  Pra tirar carteira de trabalho   /  E não entendeu Zé Ramalho cantar   /  Vida de gado   /  Povo   marcado   /  Povo feliz

Que País É Esse -  Legião Urbana - Composição: Renato Russo
Nas favelas, no senado  /  Sujeira pra todo lado  /  Ninguém respeita a Constituição  /  Mas todos acreditam no futuro da nação  /  Que país é esse  /  Que país é esse  /  No Amazonas, no Araguaia iá, iá,  /  Na Baixada Fluminense  /  Mato Grosso, nas Gerais  /  E no Nordeste tudo em paz  /  Só mesmo morto eu descanso  /  Mas o sangue anda solto  /  Manchando os papéis, documentos fiéis  /  Ao descanso do patrão  /  Que país é este  /  Que país é este  /  Que país é este  /  Que país é este  /  Terceiro mundo, se for  /  Piada no exterior  /  Mas o Brasil vai ficar rico  /  Vamos faturar um milhão  /  Quando vendemos todas as almas  /  Dos nossos   índios em um leilão  /  Que país é este  /  Que país é este  /  Que país é este  /  Que país é este

Nossa Realidade em Forma de Protesto -  Barão Vermelho  -  Composição: Marília Carolina/Crisóstomo Pimentel
Vejo na televisão vejo em revistas .....  /  Como estão os jovens hoje ....  /  Só vêem os nossos erros.....  /  Não vêem o que precisamos......  /  Eles só vêem e escutam o que querem acreditar ....  /  Não se importando se esta errado ou certo   /  Não se importando se é mentira ou verdade  /  Só olham pra nossos erros pras nossas desgraças ....  /  Não olham para o que necessitamos, pra isso eles fecham os  /  olhos   /  ligo a televisão só vejo jovens nas ruas passando fome ....  /  E eles prometendo e ñ cumprindo   /  Prometeram acabar com a fome, pelo menos diminuir nossos indices  /  ........  /  Cade ? que nada  /  Desviam o dinheiro e fica por isso mesmo......  /  E as escolas ?  /  Cade ? que nada   /  Já que estamos nesse assunto vamos falar mais um pouco..  /  E as familias brasileiras ....  /  De baixa renda lógico .....  /  Vejo mães tendo que mandar seus filhos irem pra casas de farinha  /  ,ou pra plantações .... Pra poder ajudar a por comida em cima da mesa...  /  Enquanto deveriam estar na escola ....Aprendendo ...  /  Pelo menos deveriam ter uma chance de tentar ser alguem  /  ........  /  Tentar ter um futuro .......  /  Cade ? que nada ainda estas nessa .....   /  Tento manter minha esperança viva .... Mas ela esta muito doente  /  ....  /  Não por quanto tempo ela vai resistir   /  refrão  /  Vejo na televisão vejo em revistas .....  /  Como estão os jovens hoje ....  /  Só vêem os nossos   erros.....  /  Não vêem o que precisamos......  /  Eles só vêem e escutam o que querem acreditar ....  /  Não se importando se esta errado ou certo    /  Não se importando se é mentira ou verdade.  /  Acredite em nós ....  /  Nos dê uma chance ...  /  Apenas uma ....  /  Refrão  /  Vejo na televisão vejo em revistas .....  /  Como estão os jovens hoje ....  /  Só vêem os nossos erros.....  /  Não vêem o que precisamos......  /  Eles só vêem e escutam o que querem acreditar ....  /  Não se importando se esta errado ou certo   /  Não se importando se é mentira ou verdade  /  É a nossa realidade ....  Infelizmente

Desemprego  -  Titãs  -  Composição: Renato Russo
Não sei se tenho medo   /  Não sei se tenho medo   /  Trabalho o tempo inteiro   /  Estou procurando emprego   /  E é mais um aumento   /  Não tenho mais dinheiro   /  Atraso o aluguel   /  Não compro alimento   /  Não sei se tenho medo   /  Não sei se tenho medo   /  Só este desespero   /  Esqueço quando bebo   /  Quem vai ter decidido   /  Quem vai dançar primeiro   /  E o pouco que recebo   /  É uma metade pelo meio   /  Não sei se tenho medo  /  Não sei se tenho medo   /  Só este desespero   /  Esqueço quando bebo   /  E é mais um   aumento   /  Não tenho mais dinheiro   /  Atraso o aluguel   /  Não compro alimento

Desordem  -  Titãs
Os presos fogem do presídio  /  Imagens na televisão  /  Mais uma briga de torcidas  /  Acaba tudo em confusão  /  A multidão enfurecida  /  Queimou os carros da polícia  /  Os presos fogem do controle  /  Mas que loucura esta nação  /  Não é tentar o suicídio  /  Querer andar na contramão?  /  Quem quer manter a ordem?  /  Quem quer criar desordem?  /  Quem quer manter a ordem?  /  Quem quer criar desordem?  /  Quem quer manter a ordem?  /   Quem quer criar desordem? /  Quem quer manter a ordem?  /  Quem quer criar desordem?  /   Não sei se existe mais justiça  /  Nem quando é pelas próprias mãos  /  População enlouquecida  /  Começa então o linchamento  /  Não sei se tudo vai arder  /  Como algum liquido inflamável  /  O que mais pode acontecer  /  Num país pobre miserável  /  E ainda pode se encontrar  /  Quem acredite no futuro  /   Quem quer manter a ordem?  /  Quem quer criar desordem?  /  Quem quer manter a ordem?  /  Quem quer criar desordem?  /  Quem quer manter a ordem?  /  Quem quer criar desordem?  /  Quem quer manter a ordem?  /  Quem quer criar desordem?  /  É seu dever manter a ordem  /  É seu dever de cidadão  /  Mas o que é criar desordem  /  Quem é que diz o que é ou não?  /  São sempre os mesmos governantes  /  Os mesmos que lucraram antes  /  Os sindicatos fazem greve  /  Porque ninguém é consultado  /  Pois tudo tem que virar óleo  /  Pra por na máquina do estado  /    Quem quer manter a ordem?  /  Quem quer criar   desordem?  /  Quem quer manter a ordem?   /  Quem quer criar desordem?  /  Quem quer manter a ordem?  /  Quem quer criar desordem?  /  Quem quer manter a ordem?  /  Quem quer criar desordem?

Vossa Excelência    -   Titãs    -  Composição: P. Miklos, T. Bellotto, C.Gavin
Estão nas mangas dos Senhores Ministros  /  Nas capas dos Senhores Magistrados  /  Nas golas dos Senhores Deputados  /  Nos fundilhos dos Senhores Vereadores  /  Nas perucas dos Senhores Senadores Senhores!  /  Senhores!  /  Senhores!  /  Minha Senhora!  /  Senhores!  /  Senhores!  /  Filha da Puta!  /  Bandido!  /  Corrupto!  /  Ladrão!  /  Sorrindo para a câmera  /  Sem saber que estamos vendo  /  Chorando que dá pena  /  Quando sabem que estão em cena  /  Sorrindo para as câmeras  /  Sem saber que são filmados  /  Um dia o sol ainda vai nascer  /  Quadrado  /  Isso não prova nada!  /  Sob pressão da opinião pública /  É que não haveremos de tomar nenhuma decisão!  /  Vamos esperar que tudo caia no esquecimento  /  Aí então...  /  Faça-se a justiça!  /  Vamos arrumar vossas acomodações, Excelência.  /  Filha da Puta! Senhores! Corrupto!  /  Senhores! Bandido! Senhores! Ladrão!

Insatisfação  -  Garotos Podres
Insatisfação 4x  /  Vivemos num mundo   /  De insatisfação  /  Ninguém esta contente  /  Com a inflação  /  Greves no ABC  /  Guerra no Oriente Médio  /  Os dias estão passando  /  E não descobrem o remédio  /  Greves passeatas  /  E tudo mais  /  Tudo isto esta acontecendo  /  Pela causa da paz  /  Mas por interesses pessoais  /  Pessoas estão se vendendo  /  Pensam em ganhar mais  /  Mas não sabem o que estão fazendo  /  Insatisfação 4x  /    Insatisfação é o que estou vivendo  /  Ligo a TV e só vejo pessoas morrendo  /   Insatisfação 4x  /   Insatisfação é o que estou vivendo  /  Ligo a TV e só vejo pessoas morrendo  /  Insatisfação 4x

Não Devemos Temer  -  Garotos Podres
Oi oi oi...  /  Não devemos temer  /  os que detêm o poder  /   Se eles são um  /  nós somos um milhão  /  Os esfolados precisam  /  de se unir  /  Para o sistema  /  destruir  /  Oi oi oi...   / 

Proletários  -  Garotos Podres
Já não acreditamos  /  Em nenhuma teoria  /  Falsas verdades  /  Da elite minoria  /  Arreiem todas bandeiras  /  Destruam todas as fronteiras  /  Todo proletário  /  Se libertar  /  Do Estado  /  Proletário  /  Deixamos os generais  /  Sem exércitos  /  Os patrões sem empregados  /  Os demagogos sem nossos votos  /  Os exploradores  /  Sem explorados  /  Proletário  /  Proletários  /  De todo mundo  /  Sobre as ruínas  /  Da hipocrisia  /  Marchem ombro a ombro  /  De cabeças erguidas  /  Proletário

Subúrbio Operário  -  Garotos Podres 
Nasceu num subúrbio operário,  /  de um país subdesenvolvido,  /  apenas parte da massa,  /  de uma   sociedade falida,  /  submisso a leis injustas  /  que o fazem calar.  /  Manipulam seu pensamento  /  e o impedem de pensar  /  Solitário em meio a multidão  /  sufocado pela fumaça  /  rodeado pelo concreto  /  Perdido no meio da massa  /  apenas caminhando  /  no compasso de seus passos  / seu grito de ódio  ecoa pelo espaço  /  Sem esperança de uma vida melhor  /  pois os parasitas, sugam o seu suor  /  Sem esperança de uma vida melhor  /  pois os parasitas, sugam o seu suor  /  Sobrevivendo das migalhas  /  que caem das mesas  /  os donos do papel,  /  os donos do papel!!!  /

Vou Fazer Cocô - Garotos Podres
Enquanto você   /     De paletó e gravata  /     Aparece na TV  /     diz coisas que não consigo entender!  /     O que que eu faço ?  /    - Vou fazer cocô!  /     O que que eu faço ?  /     - Vou fazer cocô!  /  Você vive prometendo  /  que tudo vai melhorar  /  mas cada vez mais  /  está pior a situação  /  Enquanto você promete  /  - Vou fazer cocô!  /  Enquanto você promete  /  - Vou fazer cocô!  /     Enquanto você  /     sobe no palanque para tentar enganar  /     todo mundo!  /     Enquanto você fala  /     Vou fazer cocô!  /     Enquanto você fala  /    - Vou fazer cocô!

 

Eu não gosto do governo - Garotos Podres

Eu não gosto do governo   /  Não confio no presidente  /  Eu não acredito na "Ordem e Progresso"  /  Lá,lá,lá,lá,lá,hei!  /  Lá,lá,lá,lá,lá!  /  Lá,lá,lá,lá,lá,lá,lá,lá,lá,lá,lá,lá!!  /  Façam bem podem me censurar  /  Pois não sou obrigado a gostar  / Confiar, acreditar em nada?
 
Miseráveis Ovelhas  - Garotos Podres
miseráveis ovelhas   /  de um imenso rebanho  /  onde os pastores  /  são os próprios chacais  /  se vossas mortes  /  lhe trouxer algum lucro  /  eles os matarão como animais  /  para eles trabalha  /  e lhes dá a vida  /  em troca eles lhes dão  /  a fome, a miséria e a escravidão  /  e quem são eles?  /  são os donos do sistema  /  donos de suas vidas  /  e de sua maldição

Aos Donos da Minha Nação  -  Bezerra da Silva  -  Composição: Bezerra da Silva
Eu vi um cruel da pesada chorando / No lamento que estou lhe falando /  Que assaltou um barraco na favela  /  E deu à vitima todos os seus pertences  /  Porque lá não tinha nem um pão pros filhos inocentes  /  Aí, eu cheguei a conclusão  /  Doeu demais a consciência do ladrão  /   Ele em seu desespero deu um bote errado  /  Assaltou um descamisado  /  Sem futuro e sem razão  /  Chorou diante daquela situação  /  De ver tanta criança morrendo de inalição  /  Muito mais humano  /  Do que esse político vilão  /  Que usa os favelados  /  Somente pra ganhar eleição  /  Com todo respeito   /  Aos donos da minha nação  /  Sou obrigado a elogiar   esse ladrão

Assombração de Barraco  -    Bezerra da Silva  - 
Eu já ando injuriado, ô xará  /  Meu salário defasado,  /  Meu povo todo esfomeado  /  E ainda é intimado a   votar  /  Vejo que essa previdência  /  Não tem competência pra ser social  /  O trabalhador adoece e morre na fila do hospital  /  Enquanto uma pá de aspone que dorme e come mamando na teta  /  E os pc's na mamata sempre fazendo mutreta  /  Roubando dinheiro do povo e mandando pra suíça na maior careta  /  Refrão  /  Isso é que é covardia que me arrepia e me faz chorar  /  É fraude por todos os lados e ninguém consegue grampear os  /  Culpados  /  É que na realidade a impunidade tá feia demais  /  E uma pá de cheque-fantasma assustando o planalto central  /  Assombração de barraco ou ladrão de gravata e não é marginal  /  Refrão

É Ladrão Que Não Acaba Mais  -    Bezerra da Silva  -  Composição: Bezerra da Silva
Quando Cabral aqui chegou  /  E semeou sua semente  /  Naturalmente começou  /  A lapidação do ambiente  /  Roubaram o ouro, roubaram o pau  /  Pra ficar legal, ainda tiraram o couro  /  Do povo dessa terra original  /  E só deixaram a má semente  /  Presente de Grego  /  Que logo se proliferou  /  E originou a nossa gente  /   [Refrão]  /  É ladrão que não acaba mais  /  Tem ladrão que não acaba mais  /  Você vê ladrão quando olha   /  pra frente  /  Você vê ladrão quando olha pra trás    /   E, a terra boa, mais o povo continua escravizado  /  Os direitos são os mesmos  /  Desde os séculos passados /  O marajá, ele só anda engravatado  /  Não trabalha, não faz nada  /  Mas ta sempre endinheirado  /  Se entrar no supermercado...Você é roubado  /  E se andar despreocupado...Você é roubado  /  E se pegar no ponto errado...Você é roubado  /  E também se votar pra deputado...Você é roubado  /  Certo! Tem sempre 171 armando fria  /  Tem ladrão lá no congresso, na fila da padaria  /  Ladrão que rouba de noite, ladrão que rouba de dia  /  Dentro da delegacia, ninguém entendia a maior confusão  /  O doutor delegado grampeou todo mundo  /  Porque o ladrão roubou outro ladrão  /  [Refrão]  /  É ladrão que não acaba mais  / Tem ladrão que não acaba mais  /  Você vê ladrão quando olha pra frente  /   Você vê ladrão quando olha pra trás

Vítimas da Sociedade -  Bezerra da Silva
Se vocês estão a fim de prender o ladrão  /  Podem voltar pelo mesmo caminho  /  O ladrão está escondido lá   embaixo  /  Atrás da gravata e do colarinho  /  O ladrão está escondido lá embaixo  /  Atrás da gravata e do colarinho  /   Só porque moro no morro  /  A minha miséria a vocês despertou  /  A verdade é que vivo com fome  /  Nunca roubei ninguém, sou um trabalhador  /  Se há um assalto à banco  /  Como não podem prender o poderoso chefão  /  Aí os jornais vêm logo dizendo que aqui no morro só mora ladrão  /  Se vocês estão a fim de prender o ladrão  /  Podem voltar pelo mesmo caminho  /  O ladrão está escondido lá embaixo  /  Atrás da gravata e do colarinho  /  O ladrão está escondido lá embaixo  /  Atrás da gravata e do colarinho  /  Falar a verdade é crime  /  Porém eu assumo o que vou dizer  / Como posso ser ladrão  /  Se eu não tenho nem o  que comer  /  Não tenho curso superior  / Nem o meu nome eu sei assinar  /  Onde foi se viu um pobre   favelado  /  Com passaporte pra poder roubar  /    /  Se vocês estão a fim de prender o ladrão  /  Podem voltar  pelo mesmo caminho  /  O ladrão está escondido lá embaixo  /  Atrás da gravata e do colarinho  /  O ladrão está escondido lá embaixo  /  Atrás da gravata e do colarinho  /    No morro ninguém tem mansão  /  Nem casa de campo pra veranear  /  Nem iate pra passeios marítimos  /  E nem avião particular  /  Somos vítimas de uma sociedade  /  Famigerada e cheia de malícias  /  No morro ninguém tem milhões de dólares  /  Depositados nos bancos da Suíça  /    Se vocês estão a fim de prender o ladrão  /  Podem voltar pelo mesmo caminho  /  O ladrão está escondido lá embaixo  /  Atrás da gravata e do colarinho  /  O ladrão está escondido lá embaixo  /  Atrás da gravata e do colarinho

Ei Presidente   -  Gog
Ei presidente li um dos seus livros   /  Um best seller do socialismo  /  Confusões relatos cinceros  /  Um defensor da foice e do martelo ham  /  Parecia só parecia  /  Deixou pra tras a rebeldia  /  Pra assumir de vez a bandeira da covardia  /  Não então vejamos  /  Mal fazem trinta anos que nos afastam da farda  /  Dos soldados dos companheiros mortos dos exilados  /  Dos exumados queimados vivos  /  Queima de arquivo  /  Dos cemitérios clandestinos  /  De um cidadão de nome ou destino  /  Dos atos institucionais  /  Do brasil nunca mais  /  Tortura e você se faz de esquecido  /  Nega a autoria dos seus livros  /  Se alia aos antigos inimigos por comodidade  /  Ato cometido na quebrada só  /  Pelos caguetas mais covardes  /  Agora é tarde pra você  /  O povo não quer mais te ver  /  Caiu na real  /  Depois do conto do real  /  Tem até alta patente querendo antecipar seu funeral  /  Reagir  /  É proibido proibir então ouvi ai  /  Terra seca falta d'agua  /  Talves por isso guardo tanta mágoa  /  Dia de missa deus nos ajude  /  E na fazenda ha dos amigos do   congresso tem açude  /  Construida com a verba municipio destinada  /  A dor o sofrimento juntos são uma   porrada  /  Civis já foram três do jetski  /  Ao vinho françes  /  Nossa diferença vai dar cor ao pensamento  /  Sociologo nogento  /  2x isso acontece porque o presidente  /  Não é gente não é gente da gente  /  Um senhor pediu um troco convidei pra sentar a mesa  /  Disso pago tudo menos alcool cigarro assim seja  /  Sentou contou  /  Como ingressou no vicio se emocionou  /  Deixou mulher filhos venho em busca de emprego digno    /  Levantando cedo e nada  /  Bateu de frente com a cachaça  /  Tem mais de ano que não manda carta  /  Dinheiro nem se fala  /  Horario eleitoral anuncia  /  Trabalho cidadania crescimento  /  Mortalidade em baixa eu não to vendo  /  Tem alto escalão e alta escala se vendendo  /  Ei presidente sua popularidade não parade cair  /  Sua acessoria diz que é fase  /  Inverta a situação com publicidade  /  Cria alternativas monta um disfarce  /  Será que da seu joão só conhece o faustão  /  Nunca ouviu falar de rap  /  Pegou a fila do ratinho pra produção sua estória era leve  /  Não comovia volte outro dia  /  Perto de casa tem o que o programa queria   /  Um velho com oitenta anos  /  Vivendo fora de seus planos  /  Sonhava com aposentadoria o fundo de garantia  /   Governo collor tudo retido  /  Menos da metade devolvido  /  Vive o pesadelo  /  Plaquinha compra ouro plaquinha de emprego  /  Ele é um dos que você em frente a todo mundo  /  Chamam de vagabundo me explica  /  Na inauguração da globo em são paulo  /  Você na primeira fila  / Heliopolis queimou de ponta a ponta  /  Não consolou nenhuma familia  /  Não se comovou com os prantos  /  E socorreu os bancos  /  Fhc ou thc pro meu povo o que é pior?  /  Sem você ano 2000 melhor  /  Entregou que com suor  /  Se construiu aqui  /  Aos grupos internacionais ao fmi  /  Não vou mentir omitir que  /  Você não é você  /  Você é simplesmente isso  /  É sujo é podre é lixo  /  E continua o bombardeio pela gravata  /  Viagens com dinheiro alheio  /  Terno emgomado pra agradar aos estrangeiros  /  Esposa ao lado filhos familia  /  Esquema escencial a sua quadrilha  /  Caviar champagne jantar de negocios  /  Os traidores da nação são quem são seus sócios  /  Aviso aos desavisados  /  Estamos bem organizados  /  2x isso acontece porque o presidente   /  Não é gente não é gente da gente




















[1] Outros planos foram escritos e todos estão disponíveis nos links (podem existir algumas diferenças pois com o tempo outras questões foram revistas modificadas ou acrescentadas) Plano de Formação das Professoras Coordenadoras Pedagógica
PLANO DE FORMAÇÃO DO CONSELHO DE ESCOLA

PLANO FORMAÇÃO GRÊMIO ESTUDANTIL DA EE PROF ISAAC SCHRAIBER 2015

http://eeprofessorisaacschraiber.blogspot.com.br/2015/05/plano-formacao-gremio-estudantil-da-ee.html
[2] Esse texto foi publicado originalmente em 14 de Novembro de 1982 no suplemento “Folhetim” do Jornal Folha de São Paulo.
[3] Como não ser enganado nas eleições/ Gilberto Dimenstein/ Editora Ática/ 1994
[4] ARAUJO, de Ulisses F. ASSEMBLÉIA ESCOLAR – Um caminho para a resolução de conflitos.  Moderna, SP, 2004
[5] Nesse caso o tempo do mandato é definido por lei, mas em outras situações esse tempo também precisa ser previamente combinado. Não deveria existir a possibilidade de reeleição.
[6] Se alguém tiver duvidas muitos dos personagens citados estão ainda hoje por aqui para darem seu depoimento.
[7] Refiro-me ao hoje Prof Dr. Edvaldo Vieira da Silva, amigo irmão com quem tenho o privilegio de mais de 30 anos de relacionamento. Nossas vidas se entrelaçam, muitas das coisas que escrevo são por ele influenciadas e revistas.
[8] Essa oficina já foi realizada na Ação Educativa em curso que ministrei na Cidade Tiradentes em 2000, no Centro de Defesa da Criança e do Adolescente Monica Paião Trevisan no Pq Santa madalena em 2001e na EE Pro Isaac Schraiber quando eu era professor de História.

[9] É especialista em marketing político. Publicado em Como não ser enganado nas eleições/ Gilberto Dimenstein/ Editora Ática/ 1994

[10] Folha de São Paulo - Folhetim – 14/11/ 1982 - Professor Maurício Tragtenberg. Autor de inúmeros livros e já falecido


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